Nota: 8,5
Diretor: Andrew Dominik
Elenco: Brad Pitt, Scoot McNairy, Ben Mendelsohn, James Gandolfini, Richard Jenkins, Vincent Curatola, Ray Liotta
Sinopse: 'O Homem da Máfia' é baseado no livro homônimo de George Higgins,
e acompanha Jackie Cogan (Pitt), um detetive contratado para investigar
um assalto a um jogo de pôquer de altas cifras que acontecia sob a
proteção da máfia. Jackie terá que desarmar todas as armadilhas
colocadas em seu caminho numa corrida contra o tempo para solucionar
esse mistério.
500 palavras: É
incrível como alguns críticos tem desfigurado completamente o sentido
verdadeiro do filme, através de analises que nada condizem com
realidade, numa busca em vão por metáforas inexistentes que só existem
na cabeça destes (única e exclusivamente para alimentar ego). Logo se
algum critico lhe dizer que “Homem da mafia” é exclusivamente um filme
sobre recessão econômica, e este basear toda sua resenha só sobre esse
tema e resolver comparar este filme com outros filmes excepcionais sobre
esse tema como “Margin Call” ou “Trabalho interno” saiba que este está
falando besteira e fazendo comparações totalmente sem nexo algum.
Pois
é claro que o filme tem como plano de fundo, e faz alusões claríssimas,
ao tema da recessão econômica (vide: a cena do assalto na casa aposta
onde os criminosos tem que entregar seu dinheiro para os assaltantes
enquanto, de fundo na tv, se ouve um discursos sobre os cidadãos que
estão perdendo suas economias.) e a eleição que levaria Obama a
presidência. Logo essas interções de discursos faz do filme uma obra
diretamente liga a esses temas.
Mas
o fato é que o filme tem outro foco principal que é o submundo habitado
por pessoas medíocres, gananciosas e frias que caminham no fio da
navalha. Esse é tema central do filme, por isso ele se aproxima muito
mais de de qualquer filme dos irmão Coen, Tarantino ou Guy Ritcher do
que qualquer outro filme citado acima. No máximo o filme aqui mostra que
até esses seres que vivem a margem da sociedade são atingidos ou
influenciam na politica americana. Logo o resultado é um filme de
gangster com ecos de politicos e não vice-versa.
Enfim
o longa tem ritmo muito lento, o que com toda certeza vai desagradar
99% do publico. Mas quem já conhecia o trabalho do cineasta Andrew
Dominik (Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Redford) já
esperava por isso, e desde já dou graças a Deus por ele não ter abrido a
mão do seu estilo particular de filmar e narrar (invés de fazer como
muitos simplesmente plagiar outros filmes de gangsters famosos). Dominik
dirige o filme com um apuro técnico absurdo e dominio total do seu
elenco. Ele cria um clima e estética nosense de pesadelo. Só excede
mesmo nos longos diálogos e no ritmo em alguns momentos (vide: a cena do
cara chapado é de apuro técnico espetacular, mas se torna cansativo com
passar o tempo).
Devido pequenos excessos Dominik não constrói uma obra prima completa, mas passa muito perto disso.
obs:
O desfecho é muito satisfatório; O diálogo final no bar é de arrepiar
(lembra “A Ultima Noite” do Spike Lee); as cenas de violência de são
demasiadamente fortes e plasticamente incríveis (vide: o espancamento, assassinato
na chuva e as demais mortes500.
);