sexta-feira, 5 de abril de 2013

Tributo Raimundos: Rumo ao Roda Viva


Eu tinha aposentado esse blog, afinal estou terminando uma versão nova dele. Mas não deu esperar até finallizar outro site, tive que abrir espaço aqui para postar essa perola. Ainda mais porque a primeira faixa do disco é de uma banda (o grupo Tortisse que faz uma versão pesada e muito inventiva da classica musica a "A mais pedida") vinda do interior de Minas , mais própriamente dito de Patrocinio minha cidade natal.
Então não tinha como não abrir esse espaço aqui, afinal o resultado é louvavel e projeto como todo é muito corajoso e inteligente.

Enfim no dia primeiro de abril, o famoso dia da mentira, 15 bandas independentes cada uma de um canto país se juntaram para lançar um album tributo a uma das maiores bandas do rock nacional, os desbocados Raimundos. O resultado foi um album cheio de identidade e energia o  Tributo Raimundos – Rumo ao Roda Viva disco que pode ser baixado gratuitamente através do Disco completo

O disco uma bela celebração ao bom e velho rock'n roll onde cada banda com seu estilo todo particular, sua técnica, sua experiencia e seu jeito manda ver e mostra que tem muita gente de talentosa por aí no nosso Brasil. Um viva ao velho Rock 'n roll sem meias palavras e muito barulho!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Resenha: O Hobbit: Uma Jornada Inesperada


Nota: 8

Diretor: Peter Jackson

Elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Bill Nighy, James Nesbitt, Adam Brown, Richard Armitage, Aidan Turner, Rob Kazinsky, Graham McTavish, Elijah Wood, Andy Serkis , Christopher Lee, Ian Holm, Orlando Bloom, John Callen, Stephen Hunter, Peter Hambleton, Cate Blanchett, Hugo Weaving, Andy Serkis, Doug Jones, Saoirse Ronan, Billy Connolly.

Sinopse: Segue a aventura do personagem-título Bilbo Bolseiro, que enfrenta uma jornada épica para retomar o Reino de Erebor, terra dos anões que foi conquistada há muito tempo pelo dragão Smaug. Levado à empreitada pelo mago Gandalf, o Cinzento, Bilbo encontra-se junto a um grupo de treze anões liderados pelo lendário guerreiro Thorin Escudo-de-Carvalho. Essa aventura irá leva-los a lugares selvagens, passando por terras traiçoeiras repletas de Goblins e Orcs, Wargs mortais e Aranhas Gigantes, Transmorfos e Magos.





500 palavras: Depois de muito se falar e anos de produção finalmente foi lançado O Hobbit. O caminho até chegar no cinema foi um parto (problemas de direitos, o estúdio faliu, o talentoso Guilherme Del Toro trabalhou por meses na produções até que finalmente a direção voltou para as mãos de Peter Jackson, que havia dirigido os outros 3 filmes baseados no Tolkien a trilogia Senhor dos Anéis), tanto que esse filme só saiu praticamente 10 anos depois da trilogia original. Vi o filme num aspecto comum (nem 3D ou 48fps que talvez eu veja apenas por curiosidade) mas mesmo assim o resultado foi muito positivo.


O filme, assim como obra de qual se baseia, tem um tom bem mais leve do que visto anteriormente no Senhor dos Anéis. Outra característica clara desse novo filme do cineasta Peter Jackson é que esse longa tem um ritmo bem mais detalhado e lento (talvez por ser uma adaptação de um livro pouco mais de 300 paginas, feito em 3 filmes de quase 3 horas). É como assistir uma versão estendida direta no cinema, tem gente dizendo que esse tempo todo de filme e dividir em 3 filmes torna tudo muito massante e cansativo (e em certo ponto é verdade por que isso causa pequenos problemas de narrativa que se torna repetitiva). Enfim se dividir em 3 parte for pura ganancia ou apego do diretor a suas imagens estou me lixando contanto que mantenham a mesma qualidade e cuidado com a produção e narrativa.


Se publico normal vai gostar ou não, não me importa também por que se publico ta indo ver um filme dos mesmo autor, produtores e diretor do Senhor dos Anéis deviam está preparados para um filme grande e sem final (por terá continuações claro).

O fato de termos o mesma equipe da trilogia original faz com que filme seja uma extensão dos Senhor dos Aneis cheia de nostalgia, aventura, emoção e humor (ponto forte do filme). O único problema é exatamente esse respeito exagerado, o uso de trilhas emocionais e grandiosas em praticamente em todos os momentos até quando não é necessário torna o filme presunçoso e clichê. Enfim se você fã da saga vai sair do cinema muito feliz, senão talvez decepcione por que aqui tudo é mais simples, cheio de humor, colorido e lento (devido adaptação super fiel incluindo aí algumas canções). Mas para quem gosta de cinema e entende que estamos vendo uma adaptação literária fiel vai se divertir, em um filme com pequenos problemas narrativos e de ritmo, mas muito bem acabado e bemfeito500.   

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Achados e Perdidos: A guerra está declarada


“A guerra está declarada” é um belo drama dirigido pela atriz e diretora Valérie Donzelli. O filme a conta a história de um jovem casal Juliette e Roméo que se conhecem em uma festa e logo começam um relacionamento. Não demora muito eles tem o seu primeiro filho e com ele vem também uma série de alegrias e complicações. A coisa piora quando o filho deles ao completar 18 meses é diagnosticado com raro tumor no cérebro.

O impressionante como a diretora consegue fugir de todos clichês do género, ainda fazer do filme uma obra cheia de cores e energia (até mesmo alegre e otimista, apesar do peso do tema proposto). Nesse ponto o filme se distancia de qualquer outro melodrama americanizado e se torna um filme realmente emocionante, com ótimos diálogos, personagens criveis e carismáticos. 




O longa é uma pérola que passou meio despercebido no Brasil, mas que merece (e muito) a atenção de todos aqueles que gostam de bom cinema.

Obs: O longa foi o filme selecionado como representante da França para tentar vaga no Oscar de 2012. Assista!




quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Resenha: O homem da máfia


 Nota: 8,5


Diretor: Andrew Dominik

Elenco: Brad Pitt, Scoot McNairy, Ben Mendelsohn, James Gandolfini, Richard Jenkins, Vincent Curatola, Ray Liotta
               
Sinopse: 'O Homem da Máfia' é baseado no livro homônimo de George Higgins, e acompanha Jackie Cogan (Pitt), um detetive contratado para investigar um assalto a um jogo de pôquer de altas cifras que acontecia sob a proteção da máfia. Jackie terá que desarmar todas as armadilhas colocadas em seu caminho numa corrida contra o tempo para solucionar esse mistério.


500 palavras: É incrível como alguns críticos tem desfigurado completamente o sentido verdadeiro do filme, através de analises que nada condizem com realidade, numa busca em vão por metáforas inexistentes que só existem na cabeça destes (única e exclusivamente para alimentar ego). Logo se algum critico lhe dizer que “Homem da mafia” é exclusivamente um filme sobre recessão econômica, e este basear toda sua resenha só sobre esse tema e resolver comparar este filme com outros filmes excepcionais sobre esse tema como “Margin Call” ou “Trabalho interno” saiba que este está falando besteira e fazendo comparações totalmente sem nexo algum.

Pois é claro que o filme tem como plano de fundo, e faz alusões claríssimas, ao tema da recessão econômica (vide: a cena do assalto na casa aposta onde os criminosos tem que entregar seu dinheiro para os assaltantes enquanto, de fundo na tv, se ouve um discursos sobre os cidadãos que estão perdendo suas economias.) e a eleição que levaria Obama a presidência. Logo essas interções de discursos faz do filme uma obra diretamente liga a esses temas.


Mas o fato é que o filme tem outro foco principal que é o submundo habitado por  pessoas medíocres, gananciosas e frias que caminham no fio da navalha. Esse é tema central do filme, por isso ele  se aproxima muito mais de de qualquer filme dos irmão Coen, Tarantino ou Guy Ritcher do que qualquer outro filme citado acima. No máximo o filme aqui mostra que até esses seres que vivem a margem da sociedade são atingidos ou influenciam na politica americana. Logo o resultado é um filme de gangster com ecos de politicos e não vice-versa.

Enfim o longa tem ritmo muito lento, o que com toda certeza vai desagradar 99% do publico. Mas quem já conhecia o trabalho do cineasta Andrew Dominik (Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Redford) já esperava por isso, e desde já dou graças a Deus por ele não ter abrido a mão do seu estilo particular de filmar e narrar (invés de fazer como muitos simplesmente plagiar outros filmes de gangsters famosos). Dominik dirige o filme com um apuro técnico absurdo e dominio total do seu elenco. Ele cria um clima e estética nosense de pesadelo. Só excede mesmo nos longos diálogos e no ritmo em alguns momentos (vide: a cena do cara chapado é de apuro técnico espetacular, mas se torna cansativo com passar o tempo).

Devido pequenos excessos Dominik não constrói uma obra prima completa, mas passa muito perto disso.

obs: O desfecho é muito satisfatório; O diálogo final no bar é de arrepiar (lembra “A Ultima Noite” do Spike Lee); as cenas de violência de são demasiadamente fortes e plasticamente incríveis (vide: o espancamento, assassinato na chuva e as demais mortes500.
);

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Resenha: Os Penetras


Nota: 7

Diretor: Andrucha Waddington

Elenco: Marcelo Adnet, Eduardo Sterblitch, Andrea Beltrão, Stepan Nercessian, Mariana Ximenes, Luis Gustavo, Luiz Carlos Miele, Susana Vieira, Babu Santana, Kate Lyra, Juliana Schalch e Gugu Madeira.

Sinopse: A dois dias do réveillon, o apaixonado Beto (EduardoSterblitch) vai ao Rio de Janeiro tentar reatar com Laura (Mariana Ximenes) e,desprezado, tenta o suicídio. Quem o salva da morte é o vigarista Marco Polo(Marcelo Adnet), que promete ajudar o seu novo e excêntrico amigo a reatar coma amada. Junto a seu comparsa Nelson (Stepan Nercessian), eles usam todos os truques possíveis para invadir as festas da alta sociedade carioca, mas nemsempre as coisas saem como o planejado.



500 palavras: As criticas dos jornalistas sobre o filme “Os Penetras” só mostram a total falta de sintonia entre esses profissionais e o grande publico. Tem muita gente apedrejando o filme, mas o fato é que como uma comédia rasgada o longa atinge seu principal objetivo fazer rir. Claro que o filme tem muitos problemas, mas isso vai ser analisado a baixo.

Tem dois pontos de vista para se analisar o filme:

1.    É o pior e mais decepcionante filme do ótimo cineasta Andrucha Waddington (Eu, Tu eles e Lupe).

2.    Dado a qualidade ínfima das comédias nacionais que tem levado o publico no cinema hoje em dia, estamos diante de uma ótima surpresa.

Prefiro o segundo ponto de vista, mas nem por isso se deve deixar de apontar os inúmeros problemas do filme. O principal problema é o roteiro que é muito preguiçoso: todas as situações de trapaça do filme são demasiadamente clichês (a cena do restaurante é o cumulo da falta de originalidade), o filme tem vários personagens que não acrescentam em nada na trama (Susana Vieira, apática ao extremo, por exemplo: a única justificativa para a sua personagem é uma piada requentada do “American Pie” que nem funciona), falta de coerência narrativa (por que personagem de Eduardo Sterblitch que anda cheio de dinheiro pega um onibus?), tramas que não levam a lugar nenhum (Andrea Beltrão tem uma ótima cena no filme, mas logo sua personagem é deixada de lado pelo roteiro), as motivações dos personagens não parecem nem de longe convincentes (vide: a paixão entre Adnet e Ximenes; a amizade entre os protagonistas);
O segundo grande problema é que o excelente comediante Marcelo Adnet não convence nem um pouco como ator. Talvez se tivessem trocado o comediante por outro ator (Selton Mello, Wagner Moura, Lazaro Ramos ou qualquer outro) que conseguisse trazer mais veracidade ao personagem o resultado poderia ser muito melhor. Isso ajudaria bastante, pois por mais clichê e apático que personagem seja, com um ator mais carismático e mais talentoso muitos desses problemas de roteiro poderiam passar despercebidos.  Uma boa ideia seria ser simplesmente tirar o Adnet e passar função deste para o personagem do ator Stepan Nercessian, o que obrigaria o filme tomar outros rumos quem sabe poderiam explorar uma relação paterna entre os personagens de Nercessian e do Sterblitch.

Mas apesar dessa penca de problemas o filme consegue fazer rir, diga de passagem que única e exclusivamente nas cenas onde tem como foco o personagem Eduardo Sterblitch (Cesar Polvilho do programa “Pânico na Band!”). Ele rouba a cena fazendo um personagem idiotizado, mas bem mais humano, divertido e carismático que seu companheiro de cena. Sterblitch se mostra a maior força do filme com seus diálogos incoerentemente hilários e abusando de expressões faciais ingraçadissimas.

E no final o resultado é uma comédia divertida, cheia de problemas, mas com uma qualidade produção e direção técnica muito acima da media para esse tipo de filme no Brasil500.