segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Resenha - 84° Oscar de 2012

                                                              Por: André Camargos
                                                     

Uma vez ao ano a impressa convencional tem um olhar voltado para o cinema quando acontece a festa do Oscar no Kodak Theatre ou esqueci com a empresa de fotografia falida não vai mais utilizar o nome da empresa não sei o porque. Porém o que vemos são as pessoas falando nossa como o Oscar foi maravilhoso mas nesses últimos anos a impressa especializada em cinema vem massacrando a cerimonia o motivo seu conservadorismo  barato premiando filmes de guerra, confrontos de raças, filmes com criança por ai vai, não é atoa que o Oscar está perdendo seu prestigio como tinha antes.
Vamos começar a falar agora especificamente sobre a cerimonia da 84° festa do Oscar que foi realizado agora em 2012 .Toda cerimonia começa pelo tapete vermelho onde as atrizes com vestidos de estilistas famosos desenham e a emprestam para divulgar seu nome e também as joias são emprestadas e tudo misturado com repórteres com pergunta fúteis tentando ser divertidos e engraçados mais na verdade são um saco.  Porem nesse ano de 2012 o inesperado aconteceu o comediante e ator Sacha Baron Cohen (Borat , Bruno) que na semana antes do Oscar divulgou que seria vetado a participar da cerimonia ai lançou um video no youtube vestido do seu novo personagem o ditador Aladeen questionando sobre liberdade com o video conseguiu que a academia voltasse atras com o veto, ele apareceu no tapete vermelho vestido do ditador com duas modelos e com uma caixa de cinzas com um adesivo no pote com a foto do ditador Norte Coreano Kim Jong-il o repórter do tapete vermelho ao aborda e fazer as perguntas Sacha derramou as cinzas no repórter a coisa mais legal que aconteceu antes da cerimonia.
 
Terminando o tapete vermelho começou a cerimonia que foi apresentado pelo quebra galho Billy Cristal , quebra galho porque a cerimonia iria ser apresentado por Edie Murphy e dirigido por Brat Ratner (o bom diretor de aluguel) pois no final do ano passado Ratner foi tirado do cargo para dirigir a cerimonia depois dos escândalos no fim do ano passado o diretor começou a falar de suas orgias com atrizes em um programa de entrevista sensacionalista americano, Murphy sentiu as dores de seu amigo e saiu também ai Billy Cristal que já tinha feito varias apresentações de Oscar foi a solução para poder substituir Murphy pois faltavam pouco tempo para a cerimonia.

Vamos para a apresentação começou com uma vinheta com sátiras do comediante Billy Cristal participando dos filmes digitalmente colocado em cenas em que os filmes que concorria a melhor filme uma vinheta totalmente sem graça com exceção da hora que o comediante esta dentro do filme "a invenção de Hugo Cabret" onde um dos irmãos Lumiere está projetando um filme na parede o comediante está com um óculos 3D e do nada aparece Tom Cruise com o personagem de "missão impossível" do nada erra o andar que deveria entrar pela parede de vidro do edifício. Quando Billy Cristal entrou no palco só confirmou o que a noite prometia homenagens aos filmes musicais anos 50 e ao cinema mudo , então Cristal começou um musical mais uma sátiras sem graças dos participantes da plateia a unica hora que teve graça foi na hora que no musical falava de Scorcesese o diretor participou de uma forma que foi engraçado.

Depois das partes sem graça e chata começou as premiações técnicas onde "A invenção de Hugo Cabret" começou a ganhar todos como o previsto  ganhou como melhor fotografia e melhor direção de arte , com melhor figurino "O Artista" ganhou seu primeiro Oscar da noite que pra mim Hugo Cabret iria ganhar pois não foi uma super surpresa depois foi hora da categoria de melhor maquiagem foi para "A dama de ferro", melhor filme estrangeiro que foi para "A separação", melhor atriz coadjuvante para "Octavia Spencer"   melhor montagem que foi uma surpresa que foi para "Millennium os homens que não amavam as mulheres" que tinha as fichas apostadas em Hugo Cabret, "a invenção de Hugo Cabret" ganhou mais dois prêmios  com melhor edição de som , melhor mixagem de som, o ponto forte da cerimonia veio com uma linda apresentação do Cirque du Soleil é impressionante como o circo tem uma alta qualidade em suas apresentações, continuando com a cerimonia veio a maior surpresa da noite com melhor documentário com "Undefeated" ,  o documentário mostra um time de futebol americano com dificuldades, Rango consolidou o favoritismo como melhor animação, Cristopher Plumer com o papel de um cara que na terceira idade assume que é homossexual e sofre por causa de um câncer terminal ganhou por melhor ator, o ultimo Oscar de A invenção de Hugo Cabret veio na categoria de melhor efeitos visuais.

O artista ganhou como trilha sonora original, a melhor canção original ficou para "Os Muppets"  derrotando a canção de Carlinhos Brown por "Rio". O ausente Woody Allen ganhou como melhor roteiro original por "A meia-noite em Paris", os descendentes ganhou como melhor roteiro adaptado, veio as categorias de melhores curtas os documentários , animação e live action  foram os vencedores "Saving Face", "The Fantastic Flying Books of Mr.Morris Lessmore" e "The Shore" o que foi esquisito foi a categoria de melhor diretor ser divulgado muito cedo com Michel Hazanavicius "O Artista " levando a estatueta. O melhor ator ficou mesmo com o francês Jean Dujardin de "O Artista", Melhor atriz ficou mesmo com a exagerada de felicidade Meryl  Streep que quando subiu no palco  parecia que nunca tinha levado nenhum premio na carreira, como esperado "O Artista" levou de melhor filme.
A cerimonia que durou mais ou menos tres horas, foi uma correria com o povo que recebia o prêmio com francês Michel Hazanavicius pedindo "por favor tenho mais alguns agradecimentos" sinceramente porque não cortou as piadas sem graça de Cristal  e deu mais tempo respeitando os artistas que ali foram premiados. Pontos fortes da cerimonia foi Robert Downey Jr divertindo com uma câmera anunciando o melhor documentário, Will Ferrel e Zach Galifianakis chegando cada um com um par de prato pra poder anunciar o vencedor de melhor canção.
Para o Oscar querer aumentar a audiencia vai ter que mudar muitas coisas como por exemplo um anfitrião  mais carismático como quando o canadense Hugh Jackman apresentou  o Oscar de 2009 e mudar seu jeito de escolher as obras que concorreram as estatuetas que mude esse lance de a politica vencer a obra , uma sugestão para um bom anfitrião Sacha Baron Cohen . Dou nota seis porque a apresentação do Cirque du Soleil foi muito bom. 



Nota da cerimonia : 6,0

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Gerações que mudaram o cinema parte 2 - A era do som e cores



                                                                          Por : André Camargos 




A era do Som

O cinema por um tempo era a maior fonte de enteterimento das pessoas ,pais iam passear com filhos ,rapazes afim de conquistar as moças levavam para ver um filme.O cinema era uma questão de status poder ir ao cinema.
Para tornar os filmes mais interessantes em 1926 a Warner Brothers produziu o primeiro filme que com  som. A gravação contava com um Vitaphone (gravação de som sobre o disco).O filme "the jazz singer" foi o primeiro filme com som lançado em 1927.Como as salas de cinemas da época não estavam preparada para projeção com som ele foi lançado em pequenas cidades do Estados Unidos em um formado mudo. O disco sicronizado dos irmãos Warner logo foi substituito por outros sistemas como Movietone (Fox) , Deforest Phonofilm e Photphone ambos da RCA um sistema que utiliza o som do próprio filme , pois os discos que eram sicronizados exigia de um infra-estrutura das salas que o tornava não tão viável.

No começo da década de trinta o cinema ja era dominado pelo som em 1929 "O Beijo"  foi um filme produzido pela MGM  foi o ultimo filme da era muda do cinema hollywoodiana com , sem falar dos dois classicos de Chaplin "Luzes  da cidade" e "Tempos Modernos"
O primeiro filme falado da Inglaterra é "Blackmail" do mestre do suspense Alfred Hitchock , que foi um mestre em criar climas a partir do som e sombras (tecnica explorada no expressionismo alemão).






A União Soviética lançou um filme que foi o marco para o cinema verdade , onde se filmava o cotidiano o filme se chama "o homem com a câmera"






No Brasil não tem registro qual foi a real o primeiro filme sonoro ,muitos consideram Paulo Benditte o percursor dos filmes com som nacional mais os filmes de Benditte forma 50 curtas-metragens.O primeiro longa metragem produzido por aqui foi em 1929 filmado em São Paulo "Acabaram Otarios" de Luis de Barros com ajuda de Benditte.O sistema de som exigia uma aparelhagem que no Brasil não tinham como adquirir , você pode perceber os problemas de audio dos filmes nacionais presentes ate em filmes  da década de 70 onde sicronização de audio e video são muitos decadentes .
A melhor coisa que apareceu com o cinema com som foram a apareção de cinema de generos os Biblicos com os "Dez madamentos" , "Reis dos Reis" , "Cleópatra", os de gangster "little caesar" e "the enemy public" , os de ficção cientifica "Dracula" (Bella lugosa) , Frankestein (Boris Karlof), as comedias pastelões e o uso do duplo sentido como "os três patetas" " o Godo e o magro" e a comedia anarquica e com linguagens sexuais "She done him wrong".

A era das Cores 

Em 1932 começaram as primeiras produções com cores foi em "Flores e Árvores" uma animção de Walt Disney ,como o curta de de Disney é uma animação e não em live-action então varios teoricos não considera com como o primeiro filme colorido e sim "Beck Sharp" de 1935.


Engana-se quem pensa que com a utilização de cores o cinema com películas preto em branco resistiu firme até 1975 , vários cineastra preferiam a película preto em branco até como forma de estetica .
Com pequenas cenas em cor no Brasil estreia o "Destinos em Apuros" o filme tinha no projeto ser colorido pois a precariedade dos equipamentos fez com o americano tecnico em fotografia H.B Corel desistisse do projeto  , a primeira produção totalmente a cores no Brasil é o fime "Macunaima".



As cores no cinema veio para embelezar as obras com belas fotografias e cores mais para a epóca não foi uma revolução tão importante como a do som. 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Resenha: Motoqueiro Fantasma: O Espírito de Vingança

 Por: Douglas Ribeiro
Nota: 7
Existem duas formas de fazer uma leitura sobre o filme novo do personagem flamejante da Marvel. A primeira é aquela de critico chato, afinal o filme é uma grande baboseira.

A segunda é: O filme é uma bela e bem vinda besteira divertida. Claro que sem um pingo de roteiro, diálogos infames e emoções genéricas, mas absurdamente rock’n roll, divertido e insano. Os críticos que desceram a lenha no filme simplesmente não entendem nada sobre o personagem (dos quadrinhos) ou sobre o que é ir ao cinema pela diversão e só, sem se preocupar com mais nada. Afinal vindo dos irmãos Mark Neveldine e Brian Taylor ninguém em sã consciência esperava algo diferente de uma grande baboseira absurda e enlouquecida. Assim como em seus filmes anteriores os “sofisticadamente trash’s” Adrenalina 1 e 2 e a ficção cientifica obscena e explosiva Gamer o filme novo do personagem Marvel tem uma edição caótica, muitas explosões, insanidades, momentos de vergonha alheia e imaturidade como nunca visto em filme de super heróis. A história tenta seguir um padrão de clichê de filmes de quadrinho e de filmes sobre demônio (quase a mesma coisa do trash Fúria Sobre Rodas também com Nicolas Cage), mas mão pesada e fora de controle dos diretores cria um filme tão sem noção que nós faz pensar sobre o que realmente é bom ou ruim. O filme pega o espírito, sem trocadilho, do personagem cavernoso de uma forma nunca vista no cinema. O personagem se move e age como um demônio incontrolável dançando, rindo, falando frases de efeito como “Bicho morto na estrada” (ao matar um personagem), cuspindo fogo, girando no ar em uma das cenas mais “que merda essa?” do filme e claro mijando fogo como se fosse um lança chamas. Nessa cena do xixi de fogo fica claro o espírito anárquico dos diretores, dar para imaginar os diretores falando: “Nicolas faz como se tivesse fazendo xixi e seu “peru” fosse um lança chamas, fazendo careta e barulho com a boca. Bem astro do rock!” e depois todos rindo: “Isso, mesmo espetacular! Kkkkkk!” 
 
Nicolas Cage vai do canastrão vergonhoso a momentos de loucura que parecem saídos de Vicio Frenético (outro momento que se nota que a mão dos diretores que devem ter dito: “A Nicolas faz o que quiser! Fica doido, se solta não importa se ficar sem sentido.”). Nesses momentos poucos e nos momentos onde surge de fato a figura do motoqueiro transformado o filme funciona da forma desejada “saindo do clichê proposto pelo roteiro” tudo é muito hardcore com guitarras explodindo no ultimo volume, as imagens e atitudes parecem realmente saídas de um filme de terror B no melhor estilo humor com comédia algo meio Uma noite alucinante (me lembrou os devaneios de Sam Raimi com Ash colocando uma serra elétrica no pulso) misturado com clipe de banda metal. 
O único pesar que fico olhando o filme por esse ótica é censura 12 anos. Afinal o estúdio não podia arriscar perder seu publico principal: os adolescentes, mas mesmo assim parece não ter dado tão certo uma vez que esse nicho de publico não parece ter gostado tanto da transgressão e desvirtuação de valores do longa, afinal esse publico parece hoje mais interessado em “vampiros com alma de fadas no estilos Crepúsculo” do que em um “demônio metaleiro surtado mijando fogo”. 
Moral da história, talvez sem intervenção do estúdio tivéssemos um filme melhor, mas não há como não se contentar com que foi entregue. Afinal como nos outros filmes dos diretores esse é um “ótimo péssimo filme”, “trash sofisticado”. Mas vamos falar a verdade o primeiro filme não tinha história nenhuma também, as atuações eram infames a diferença é que nesse o personagem é realmente um demônio (motoqueiro fantasma de verdade) e o filme é de fato rock n’ roll e sem noção. Logo temos um filme n vezes superiores o primeiro, mas inferior do que personagem pode render.

Mas vale torcer por uma versão do diretor censura 18 anos com prostitutas flamejantes e monjes de 3 cabeça como queriam os diretores, se é que eles chegaram a filmar tais tipo coisa. Ou pelo menos torcer pela adaptação do clássico dos games do super nintendo Twister Metal que os diretores vão dirigir em seguida, alguém imagina um diretor melhor para adaptar esse loucura? Não, né mas que seja censura 18 e que os diretores não estejam atados pelo estúdio. Por que pode ser a primeira adaptação de gamer a dar certo, afinal ninguém faz vídeo cinema com estética e espírito de game como os irmãos Mark Neveldine e Brian Taylor.

Obs: Talvez antes eles façam Adrenalina 3 (é sério) segundo eles agora caçando Bin Laden (não é brincadeira).

Trailer:

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Retrospectiva: Melhores álbuns nacionais de 2011

Por: Douglas Ribeiro

Seguindo as listas trago agora os melhores álbuns nacionais de 2011. E mais algumas menções honrosas.

15. Fabio Góes – Destino Vestido de Noiva

A primeira a vista não me encantei com a obra de Fabio Góes. Mas depois de um tempo com uma olhada mais sincera e com calma notei que segundo do álbum desse artista é uma perola de sensibilidade e inteligência singular no meio dessa chuva de sucessos descartáveis que infesta o mercado fonográfico Brasileiro. O álbum cheio de arranjos complexos, um pé no pop e pós-rock sem deixar de lado um pé na MPB. Um álbum que fica mais gostoso a cada audição, letras poéticas e cheias amargura. Belíssimo!

14. Chico Buarque – Chico
Chico é Chico (e ponto final). Chico Buarque é de longe o maior compositor do Brasil. Esse álbum do Chico instrumentalmente não trás nada de novo, tudo é tão sóbrio que quase soa mais do mesmo. Por isso não acho álbum tão espetacular quanto falam por aí, mas habilidade com as palavras de Chico é inegável e é o bastante para ficar entre os finalistas de qualquer lista do mundo. Nesse álbum ele canta a solidão, memórias, religião, amor e conflito de idades como ninguém conseguiria. Moral da história o disco é instrumentalmente elegante e compete sem grandes novidades, mas como compositor Chico Buarque se mostra ainda mais corajoso e sem medo de errar. Afinal quem se não Chico Buarque é capaz de cantar “hoje pensei ter religião/de uma ovelha talvez fazer sacrifício/por uma estatua ter adoração/amar uma mulher sem orifício” quando se tratando de religião sem suar absurdo?

13. Karina Buhr – Longe de Onde

Karina Buhr tinha cara de ser mais uma dessas interpretes que com repertórios com musicas de MPB. Quando peguei para ouvir fiquei meio assim, mas seu trabalho é muito mais ancorado num rock torto que faz um belo contraste com a voz doce e de sotaque carregado. O álbum passeia pelo surf music, loopings eletrônicos, hard rock e saxofones.  As letras são cheias de sarcasmo, cinismo e contradições. Por exemplo: o single “Carapalavra”: “despertador, apaga a dor, vai embora – fica!”; “Não Me Ame Tanto”: “Não Me Ame Tanto/Tenho alguns problemas com amor demais”; “Cadáver”: “se a dúvida é produto da sua escravidão/mantenha então/sua sanidade indefesa do seu estômago”. “Porque o tempo vai passando e suas qualidades vão sumindo”; E assim segue um álbum com sonoridade estridente, incomum, mas coerente.

12. Bixiga 70 – Bixiga 70
Bixiga 70 é um álbum instrumental que passeia com inteligência por sons que vão do Jazz, música latina, pop que parecem ser uma mistura enlouquecida de Hermeto Pascal com trilhas sonoras de filmes da década de 70. A Banda tem 10 integrantes vindos cada um de diferentes projetos e de uma cena paulistana daí a grande gama de referencias. Um álbum com clima nostálgico, mas super atual e sofisticado. Vale a pena correr atrás!
11. Nuda - Amarénenhuma
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Nuda é nova cara do rock de Pernambuco. A banda nesse álbum passeia entre guitarras estridentes e a calmaria num piscar de olhos. A banda se distancia de qualquer movimento regionalista ou da febre “pós-hermanica” criando um som autentico e próprio. As letras são muitas vezes criticas, pode ser de protesto, mesmo quando é cantado o amor ou uma ode ao samba soa forte e estridente (Com solos de guitarras fritados em alguns momentos, hifs de rock’n roll e hard rock, sonoridade regionalistas samba, frevo e etc). Tudo muito bem orquestrado e espetacularmente executado. Uma boa pedida para quem quer encontrar algo de novo de verdade. De uma conferida na maresia e suavidade (com refrões e sonoridade bem regionalista e empolgante) de “O mar é nenhuma” e “Prece da Ponta da faca”; e nas guitarras cheias de energia de “Ode aos ratos”, releitura rock de Chico Buarque e “Samba de Palheta” rock n’ roll de primeira. E muito mais. Um grande achado de 2011!

10. Agridoce – Agridoce
Nunca pensei que gostaria de um disco da Pitty. Nunca fui fã da banda dela, tudo me soava um “rock’n rollzinho” de terceira e de modinha. As letras me pareciam lições de morais que todo mundo já sabe e revoltas sem causas. Mas não é que a moça tem talento nesse projeto paralelo com novo guitarrista (Martin) da banda dela. Ela criou uma pequena perola do folk nacional tendo como inspiração Leonard Cohen, Nick Drake e Jeff Buckley. O disco tem melodias suaves e deliciosas que casam muito bem com letras muitas vezes amargas. Uma vez vi alguém definir o álbum como: ‘músicas doces para pes¬soas amar¬gas’. Assino em baixo. Belíssimo álbum! Da até para da um voto de confiança para moça e ficar de olho no seu próximo projeto. Largue de preconceitos e se arrisque. Muito bom.

9. Marcelo Camelo – O Toque Dela

Os discos do Marcelo Camelo solo me lembram uma espécie de Los Hermanos pela metade, uma vez que os discos da banda se dividiam entre a canções mais suavez com Camelo no vocal e algumas mais rock’s ou pelo menos estridentes com a voz de bêbado do Amarante. A minha percepção em relação ao primeiro álbum do Camelo era essa: um ótimo álbum, sensível e inteligente, mas sentia falta do lado mais agressivo do Amarante. Agora nesse segundo álbum a sensação parece quase à mesma, mas tudo soa mais familiar. Toque Dela é álbum reflete um compositor e um cantor mais seguro e maduro. Talvez reflexo da sua vida pessoal já que nesse disco Camelo troca as velhas dores de amor por canções, ainda sim sensíveis e com tom melancólico, mas que falam sobre a tentativa de entender e debater amor já consumado. Instrumentalmente o álbum é sofiscado e singular. Obs:  o disco tem também ótimas participações especiais Kassin, Marcelo Jeneci e Mallu. Marcelo Camelo finalmente vem se consolidando como uma grande artista solo, capaz de ter uma carreira independente de qualquer comparação com sua consagrada ex-banda.

8. Tiê - A coruja e o coração


Tiê ficou conhecida com belo álbum de estréia em 2009 considerados por muitos uns dos melhores daquele ano. O primeiro álbum era construído com canções sobre amores frustrados o que combinava muito bem com sua voz singela e os arranjos de violão melancólicos. Mas antes que pudessem lhe elegerem a nova rainha indie ela resolveu aparecer com “A coruja e coração”. Nesse segundo álbum ela foge de qualquer rotulo e se mostra um interprete antenada capaz navegar por diferentes estilos e ainda sim manter a unidade criando um álbum único. “Na Varanda de Liz” que abre disco é suave bela como poucas musicas. Já “Só sei dançar com você” tirada do álbum de Tulipa Ruiz (talvez daí comparação) tudo soa campestre com acordeom belíssimo tocado por Marcelo Jeneci e um banjo. Já “Perto e Distante” é bem delicada e com participação Jorge Drexler. O folk indie só volta com “Pra alegrar o meu dia”, “For you and me” e “Hide and seek”, com participação de Hélio Flanders (Vanguart). E por aí vai viajando entre ritmos e canções até a inusitada versão flamencada do sucesso novelesco bregapop “Você não vale nada” da malfadado grupo Calcinha Preta. Com essa musica cantora prova que com os arranjos e voz certa é possível fazer uma musica tida brega suar sofisticada e divertida, ainda que continue brega (mas ser brega nem sempre ruim). Pois, Tiê conseguiu um dos melhores resultado do ano entre as diversas interpretes que se arriscaram em 2011(vide: Mallu, Pitty, Gadu, Karina Bhur, etc).

7. Transmissor – Nacional
Na lista dos melhores discos internacionais já havia dito que 2011 foi o ano do folk. Isso se repete até no cenário nacional por exemplo “Agridoce”, algumas partes de “A Coruja e o coração” da Tiê. Nesse segundo álbum da banda mineira Transmissor o grupo consegue criar um registro consistente e uniforme como poucos misturando folk, pop e principalmente influencias em grandes doses de Clube da esquina. Da primeira faixa a ultima o disco é sem duvida um dos resultados mais espetaculares do ano. Que vai do lirismo sensível de musicas como “Bonina” (refrões mais deliciosos da musica nacional desde fim do Clube da esquina) e a canções mais leves como “Traz o sol pro meu lado da rua”. Transmissor um nome para ficar de olho no cenário nacional.

6. Pélico – Que isso fique entre nós

Pélico fez o álbum mais divertido do ano. Isso é indiscutível! Navegando entre indie pop e bregarock que de fazer inveja a Reginaldo Rossi e Odair José. Resultado são 16 faixas inesquecíveis que conseguem ser sentimentais e criativas como poucas nos últimos anos. Talvez reflexo da sua vida pessoal, pois havia sido expulso de casa pela mulher. Resultado 16 desabafos “intimistas” e ao mesmo tempo escancarados, cheios de humor e solidão. Uma pequena obra prima do novo “brega rock nacional”. Brilhante!

5. Quarto Negro- Desconhecidos

Quarto Negro no álbum "Desconhecidos" conseguiu o que outras bandas levam uma vida toda para conseguir. Um registro maduro, de uma veia pop única sem se encaixar em nenhum cenário ou gênero, letras carregadas de poesia que vão de Vinicius de Moraes a Hemingway. A banda foi a Barcelona fez intercâmbio cultural e fechou parceria com distribuidora de lá. Contrataram produtor, assessoria e até mesmo agência de mídias sociais para garantir que seu trabalho seria exposto corretamente. E todo esse cuidado se refletiu em um álbum quase impecável. Instrumentais requintados (longos, de vez enquanto viajados e suando como rock progressivo), refrões com uma pegada pop que fariam inveja a grande parte dos músicos atuais. Uma das melhor coisa do cenário pop rock’n nacional em anos.

4. Marya Bravo – De pai para filha

Marya Bravo em “De pai para filha” fez o álbum mais rock’n roll do ano. O disco é uma homenagem ao seu pai Zé Rodrix. Por isso o disco é um achado com canções hipongas “de bicho grilo” como anos não se viam. Então fugindo do MPB ou canções habituais cantadas pelas interpretes comuns, Marya Bravo trouxe de volta ao cenário nacional, clássicos como “Casa no Campo” e “Mestre Jonas”. Rock’n roll’s setentista como “Eu vou Comprar esse disco” e “Hey Man”. Tudo bem! As letras podem parecer empoeiradas, hippies e até fracas. Mas o resultado que fica é nostálgico e empolgante. Instrumental impecável e vocal de qualidade inquestionável faz embalagem e resultado final ficar ainda melhor. O álbum mais subestimado do ano.


3. Cícero – Canções de Apartamento
Não há duvidas que “Canções de Apartamento” é o álbum mais importante dentro cenário independente, pelo menos na esteira das bandas que tentam pegar o lugar deixado por Los Hermanos. O disco é composto por 10 canções carregadas de melancolia, com instrumental belíssimo e versos brilhantemente encaixados. Cícero pode parecer apenas melhor opção para fãs carentes dos Hermanos matarem a saudade, mas o álbum é muito autentico e próprio. Na verdade é um álbum bastante pessoal, claro que cheio referencias como: os próprios Los Hermanos, Caetano, Hadiohead, Tom Jobim e Chico Buarque (mas sem chupar descaradamente nenhuma). Som único e original. Música orgânica e de verdade como a tempo não se via.

2. Lenine – Chão

Lenine é demasiadamente subestimado. E esse álbum Chão é uma perola rara dentro da musica brasileira. A idéia aqui é criar todos os arranjos e músicas a partir de um som do cotidiano. E Usar esses elementos corriqueiros como ponto central das composições, como marcação rítmica. O que poderia parecer um artifício estilístico vazio aqui se torna um recurso orgânico e natural. Para se ter uma idéia aqui invés de bateria se tem passos no chão, coração batendo, apito de chaleira, o canto de cigarra ou serra elétrica. E todos esses elementos se encaixam de forma única com as letras que são um caso a parte (exemplo em “Envergo mais não quebro” se tem o som da serra elétrica como matriz). Indo da MPB acústica “Amor é pra quem ama” particular do seu estilo ao rock soturno e pesado como em “Seres Estranhos”. Um disco muito além do experimentalismo pelo experimentalismo, um a álbum completo, imaginativo e saboroso. Um disco para se ouvir com a alma!

1. Criolo – O Nó da orelha

O Bloco do Eu sozinho do Los Hermanos é considerado um dos melhores álbuns de uma geração por causa da sua qualidade, as misturas de estilos e pela capacidade de cada musica ser estilisticamente única e ainda conseguir ser um álbum consistente e coerente. Algo parecido acontece com Criolo em “O Nó na Orelha”. Criolo é uma figura conhecida do rap nacional, mas aqui ele abandona qualquer vicio do estilo e cria um álbum brilhante que vai do samba de raiz, musica latina, reggae, jazz, o próprio rap até o brega descarado sem medo errar. Tudo isso com letras ricas e espetaculares que pegam emprestado a força e radicalismo do rap e se misturam a influencias a literatura (vide: numa brincadeira irônica e inteligentíssima sobre o submundo das muambas em Bogotá existe referencias a Manuel Bandeira: “Vai ser melhor que Passaguarda/ agradar até o rei”), influencias também ao cotidiano, a pintura (Frida Kahlo, Di Cavalcanti), a turma da mônica (Linha de Frente – “Nó da sua orelha ainda dói em mim/ cebolinha mandou avisar/ quando “fleguesa” chegar”,“Na turma da mônica do asfalto/Cascão é rei do morro/ a chapa esquenta fácil”),  a prórpria música, as ruas, a acontecimentos históricos e muito mais. Não é atoa que Criolo é artista mais falado do ano, todos elogios se justificam. Nunca se viu um rap com tantas sofisticação e ousadia. Sem deixar de ser critico e inconveniente paras a grandes massa Criolo trouxe um dos melhores discos da história musical brasileira com inteligência e sofisticação que daria inveja a Caetano, Chico e qualquer outro grande MPB. 

Obs: Melhor música do ano é sem duvida nenhuma “Não existe amor em SP” seguida de pertinho pela já citada “Bogotá”, “Linha de Frente”. Mas no fim das contas o álbum inteiro é impecável! 

Menções honrosas: Malu – Pitanga – entre tantas cantoras talentosas que deram as caras em 2011, Mallu estava entre elas e trouxe seu segundo álbum “Pitanga”. Agora se mostrando muito influenciada pelo seu amado Marcelo Camelo. O álbum tem sonoridades suaves e sofisticadas, os dois pés na MPB soando quase como um disco que completa “O toque dela” álbum do Camelo. O resultado é somente satisfatório apesar de parecer mais madura pela qualidade inquestionável da obra mais abrasileirada e bem acabada, ainda me soa um pouco genérica como se ela não tivesse encontrado a sua musicalidade própria e seguido a do seu parceiro. Não é ruim, mas podia ser mais.

Wado – Samba 808 – Para muitos Wado é um gênio. Para mim ele bacana, mas se excede quanto a letras abstratas demais, apesar de ter um ritmo invejável. Com esse álbum cheio de participações especiais é ótimo e diferente. Vale uma confira sem compromissos.

A Banda mais bonita da cidade – Pensei não citar aqui nas menções honrosas, mas vamos ser verdadeiros e sem idéias preconcebidas os caras tiveram a manha que compor uma das mais doces e grudentas (no bom sentido) de 2011 a batida “Oração” (digam o que quiser por mais batida e enjoativa que a musica tenha se tornado pelo excesso de exposição, ele continua sendo uma bela canção simples, harmoniosa e bacana como deve ser uma boa canção pop). Mas não se engane o álbum em si é cheio de musicas melancólicas e carregadas metáforas fortes. Enfim o álbum é ótimo com muitas coisas boas, mas tem também muita coisa que soa pretensiosa e genérica. Vale apena conferir sem preconceito e torcer para que a banda se encontre verdadeiramente e se torne realmente autentica, por que ainda me soa meio: “mamãe quero ser novo Los Hermanos”.

 Quer ver as outras listas entre na categoria: Listas e confira: Melhores séries de 2011 (divida em 3 partes), Os Piores e Melhores momentos da TV aberta em 2011 e Melhores álbuns internacionais de 2011. Os piores álbuns de 2011 na lista feita pelo parceiro do blog Marcelo e muito mais.  Até a próxima com as listas dos melhores e piores filmes.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

VAI PRO LIXO! Os Piores Discos de 2011...


Por Marcelo Lopes Vieira*



Bom, no embalo da lista feita pelo Douglas dos melhores discos de 2011, eu também fiz a minha lista nos comentários da postagem dele (que pode ser acessada aqui) e que se repete no fim desta postagem com apenas uma pequena alteração. Porém, como nós temos a tendencia de esquecer aquilo que não gostamos, com certeza você não deve se lembrar dos discos que ouviu e não gostou nem um pouco. É igual aos shows. Ninguém comenta dos shows ruins que já foi, só relembra daqueles em que tudo foi mágico. Pra rememorar tudo aquilo que não foi assim tão grandioso no  mercado fonográfico vou fazer a minha lista de piores álbuns do ano, mas com certos critérios. Você não irá encontrar aqui discos de bandas ou artistas que eu não goste de nada. Pois seria muito fácil bombardear Born This Way da tenebrosa Lady Gaga, sendo que não gosto do trabalho dela. Seria incoerente de minha parte, pois acredito que nunca teria condições de criar algo que chegasse a ser mediano. Se acha que algum lançamento foi esquecido comente e me lembre, mas a minha lista neste momento é a descrita abaixo.

OS PIORES DISCOS DE 2011

1. Metallica & Lou Reed: Lulu. Este álbum era largamente aguardado pela parceria inusitada entre o Metallica, ícone máximo do metal americano e uma das últimas grandes bandas do rock e Lou Reed, cantor americano com álbuns de sucesso (vide Transformer, Berlin e New York) e ex-membro de uma das bandas mais originais e influentes do rock produzido nas terras do Tio Sam, o Velvet Underground. Criaram um disco difícil de ouvir. Onde várias audições serão necessárias para compreender a mistura de rock avant-gard de Lou Reed com a fúria metaleira do Metallica saturada por muito spoken word. Não é Metallica, não é Lou Reed. Já achei bom, e com mais audições este álbum se tornou péssimo. Nada que se compare ao que estes dois ícones do rock já fizeram eu suas carreiras

2. Red Hot Chilli Peppers: I'm With You: As características da banda foram mantidas neste álbum como fica evidente na faixa Factory Of Faith, um dos destaques do álbum. Brendan's Death Song é uma bela canção, intimista e mais emocional, mas sem brilho, como todo o álbum que parece burocrático e feito pra cumprir contrato. Repetiram a fórmula de outros álbuns e parece até uma colagem de outras canções. Pode-se ouvir um pedaço de Danny California aqui, By The Way acolá, uma passagem que você já ouviu em Blood Sugar Sex Magik e um clima que foi anunciado no noticiário musical na época de lançamento do grande Californication. Os fãs podem até discordar de mim, mas pela segunda vez a banda mostra que apesar de Frusciante não ser um grande guitarrista, faz muita falta na banda. Josh Klinghoffer  não se saiu bem e aqui conseguiu ser apagado e sem inspiração.

3. Nickelback: Here And Now. Não, o álbum não é ruim e está mais próximo do grande Silver Side Up que o álbum anterior Dark Horse. Mas o Nickelback pode mais do que isso, muito mais. Por este motivo e pelas canções pasteurizadas e sem feeling do álbum eles figuram aqui. Talvez seja o melhor disco da lista e cria expectativa para o próximo álbum. Um pouco mais de sentimento nas músicas e teremos um grande álbum do Nickelback novamente.




4. Blink 182: Neighboorhood. Senhores com mais de trinta anos tocando o mesmo som que faziam com dezesseis é legal para bandas punk de verdade do fim dos anos 70, para as bandas dos anos 80 é até cômico, mas nesse caso é trágico. O som continua o mesmo, sem traços de potencial para ao menos um single. Só podemos apontar que o som está um pouco mais pesado e a banda tenta fazer um cover de si mesmo. Passe longe!




5. Jane's Addiction: The Last Escape Artist. A irregularidade de seus apenas quatro álbuns é bem conhecida no mundo do rock e a banda seria uma versão rock alternativo do Roxy Music. Este álbum, vem com sonoridade densa e carregada apesar da forte carga de overdubs no vocal de Perry Farrel e certa carga eletrônica em algumas músicas, mas a qualidade não é homogênea em todo o disco com momentos mais pop aqui e ali fazendo a mistura de muitas diferenças não dar certo. Destaques para Underground, End To Lies, Twisted Tales e a melhor faixa do álbum Splash A Little Water On It, mas falta muita inspiração.


6. Limp Bizkit: Gold Cobra. Fred Durst já não é mais o mesmo do início dos anos 2000. Mas, aquela banda já não existe mais, as canções estão sem estrutura, com o vocal e as guitarras em direções diferentes. Muitas faixas são dispensáveis como Bring It Back e outras que são apenas uma sombra de grandes músicas antigas do grupo, mas pergunto novamente: qual banda em sã consciência coloca uma faixa como Loser em um disco? 


7. Morbid AngelIllud Divinum Insanus. A maior banda de Death Metal do mundo lança um disco controverso e com inserções de batidas eletrônicas. Logo no lançamento o álbum  causou polêmica dentre os fãs. O álbum é equilibrado. De um lado da balança temos batidas industriais e eletrônicas, do outro lado, músicas com a tradicional violência, mas sem brilho. Em ambas as partes desta balança as músicas são burocráticas e sem a inspiração que se espera de uma banda tão clássica. Depois deste álbum o reinado do Morbid Angel no mundo Death Metal esta ameaçado pelos brasileiros do Krisiun que de influencidos passarão a influenciadores dos pais do metal da morte. 


8. Hammerfall: InfectIrregularidade. Esta é a palavra que define a recente fase do Hammerfall. Uma banda que fazia um Heavy Metal de dar orgulho aos headbangers. Após as saídas do guitarrista Stefan Elmgreen e do baixista Magnus Rosen a engrenagem da banda emperrou e se tornaram uma banda abaixo da média. Músicas repetitivas e chatas com letras até certo ponto infantis tornam as músicas de difícil audição.





9.  Superheavy: Superheavy. A maior decepção do ano! Um super time, formado por grandes nomes da música pop mundial se uniram em torno do nome que pode ser traduzido como peso-pesado e que tomaram um nocaute após um cruzado de direita da falta de inspiração. O conceito de pop multicultural não deu certo. Parece que queriam dar uma lição de antropologia cultural em forma de música. Virou piada! Uma pena, pois se tivesse tentado compor um disco de pop para as massas poderiam estar na lista de melhores do ano com certeza.



10. Gal Costa: Recanto. Admiro o artista com anos de carreira sólida e que tenta se inovar e sair do status quo de sua zona de conforto. Mas tudo tem um limite, e na música o limite é o bom gosto. Com certeza, 2011 não foi um bom ano para parcerias e não foi diferente na maior parceria da música brasileira no ano passado. Gal Costa interpretou músicas de Caetano Veloso numa roupagem dubstep que não deu liga. Tem até pancadão (Miami Maculelê) no álbum que claramente não se preocupa em ter beleza, mas ser inivador. Caetano Veloso já provou várias vezes estar à frente de seu tempo, mas desta vez deu um passo tão grande que pouca gente entendeu.


Minha Lista de Melhores do Ano

1. Adele: 21 ---> Melhor do ano disparado!

2. The Decemberists: The King Is Dead --->Country e um tempero de The Smiths resulta numa espécie de Harvest de Neil Young dos tempos modernos.

3. Machine Head: Unto The Locust ----> Thrash Metal old school. 

4. Dionne Broomfield: Good For The Soul ---> Amy Winehouse se foi, mas treinou bem sua sucessora.

5. The Roots: Undun ---> Parece contraditório, mas o Hip Hop mostra ter muita classe neste disco.

6. Krisiun: The Great Execution ---> O melhor álbum de Death Metal em anos.

7. Florence + The Machine: Ceremonials ---> O álbum que rivaliza com 21 de Adele. 

8. Foo Fighters: Wasting Light ---> Dave Ghrol mostra que Cobain estava enganado ao subestimá-lo no Nirvana. 

9. Edguy: The Age Of Joker ---> Saudades de quando o Heavy Metal era pra ser divertido e com alma? Então este é o álbum!

10. Ghost: Opus Eponymous  ---> Heavy Metal malvado e obscuro como o Black Sabbath já fez um dia.

11. Chickenfoot: III ---> Mostrando para as novas gerações que o rock n' roll é festa e diversão!

12. Nightwish: Imaginaerum ---> Após ouvir este álbum só pude pensar: Que é mesmo Tarja Turunen? 

13. The Devil's Blood : The Thousandfold Epicentre ---> Hard Rock Setentista e psicodelia sessentista num tema lírico que lembra que o rock pode ser malvado!

14. Cake: Showroom Of Compassion ---> Não existe um disco ruim na discografia deste grupo e aqui não é diferente, belo álbum e maturidade nas composições.

15. Tom Waits: Bad As Me ----> Já foi dito todo o necessário sobre este álbum no post acima, só me arrisco a dizer que Waits é o Frank Zappa da nova geração!


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Resenha: A Invenção de Hugo Cabret



Por: Douglas Ribeiro
Nota: 8,5

Sinópse: Ambientado na Paris da década de 1930, o filme mostra um órfão que vive nas ruas próximas à estação de trem e é envolvido em um mistério que envolve seu falecido pai e um robô.
Ficha técnica:
Diretor: Martin Scorsese
Elenco: Ben Kingsley, Sacha Baron Cohen, Asa Butterfield, Chloë Grace Moretz, Ray Winstone, Emily Mortimer, Christopher Lee, Helen McCrory, Michael Stuhlbarg, Frances de la Tour
Produção: Johnny Depp, Tim Headington, Graham King, Martin Scorsese
Roteiro: John Logan
Fotografia: Robert Richardson
Trilha Sonora: Howard Shore
Duração: 126 min.
Ano: 2011
País: EUA
Gênero: Aventura
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Estúdio: GK Films
Classificação: Livre

O que dizer de Martin Scorsese (Taxi Driver, Touro Indomavel, Bons Companheiros, Infiltrados e muito mais) o diretor é um dos únicos dos grandes cineastas a ter uma carreira irretocável, sem qualquer deslize. O pior de Scorsese é ápice de muitos cineastas.

A Invenção de Hugo Cabret é estréia do veterano no mundo do cinema “infanto juvenil” (pelo menos em teoria) e no cinema 3D. Na verdade o filme como diz o próprio diretor é sua homenagem particular a arte do cinema, o filme é carregado de nostalgia, mensagens e citações que somente os verdadeiros cinéfilos vão entender. Para isso o diretor e seu companheiro o designer de produção Dante Ferretti recriam uma Paris mágica cheia de cores e beleza única. 

A tecnicamente o filme é de uma perfeição gritante em todos os aspectos: cenários, efeitos especiais, figurinos, atuações, edição, fotografia e direção. Tudo de uma sofisticação notável. Embora alguns dizerem que execução excede a essência devo advertir que embora isso pareça ser um pouco verdade pelo filme ser um pouco “formulaico” demais. Mas como seu colega de gênero (no caso homenagem ao cinema) e concorrente de Oscar: apesar do roteiro seguir uma formula, que parecer ser clichê e sem novidade, isso ocorre devido a homenagem pretendida. Enfim o pode distanciar um pouco o publico pois o filme é um filme sobre cinema, para quem gosta de cinema (principalmente para quem se preocupa com arte). E para mim incontestável que o filme funciona maravilhosamente tanto tecnicamente e emocionalmente pelo menos para aqueles que são amantes de cinema e principalmente para aqueles que já ouviram falar sobre o primórdios dessa arte (vide: D. W. Griffith, Georges Méliès, Buster Keaton, Chaplin e companhia).

É certo que muitos personagens secundários não empolgam tanto, algumas situações pareçam datadas de mais e manjadas, algumas resoluções sejam óbvias. Mas como já citei acima todos esses personagens e situações são clichês propositalmente numa forma de remeter ao cinema inocente e sensível da época em que se quer homenagear (assim como em O Artista que também é previsível nesse sentido). Não vou julgar atuações separadamente afinal estão todos bem. Mas tenho deixar claro que assim como a surpresa (o segredo) do filme, ver uma obra como essa do mestre Scorsese pagando tributo às origens do cinema é privilégio e tanto. 

Existe muito mais quero dizer, mas não quero delongar mais. Só quero por fim deixar claro que o filme justifica suas 11 indicações com méritos afinal como já cansou de dizer aqui na resenha tecnicamente o filme é genial. Uma bela homenagem ao cinema e “ponto final”.  

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Retrospectiva: 15 melhores álbuns internacionais de 2011

Por: Douglas Ribeiro

To andando meio sem tempo, mas agora resolvi continuar minha série de lista com os melhores de 2011 começada nas lista das melhores séries (divida em 3 partes), melhores e piores momentos da TV aberta. Nesse post trago uma lista com melhores albuns de 2011. Espero que gostem até proxima lista, com os melhores albuns nacionais de 2011.
15. The Strokes – Agles

  A quem considere Agles uma das grandes decepções de 2011. Mas isso tem ao fato de ser um disco dos Strokes, se fosse de qualquer outra banda nova o disco seria dito como um achado ou uma perola. Então apesar de expectativa muito alta, que fala contra a banda, tida por muitos como a mais importante dessa geração o álbum é super divertido, irregular sim, mas divertido. Só pelo o primeiro single o álbum já vale muito à pena: "Under Cover of Darkness" (de longe uma das melhores músicas já feitas pela banda). Num quadro geral em relação a carreira dos caras o disco pode parecer menor, mas se encaixa muito bem dentro da discografia da banda. Onde cada álbum mostra uma nova faceta da banda sem perder o estilo característico guitarras suando como teclados, sons dançantes, um pé no punk, referencias da décadas 80/70 (Lou Reed, Television) e etc. Excelente álbum!

14. James Blake – James Blake
James Blake é basicamente uma calmaria após a tempestade no mundo da música eletrônica e experimental. James Blake reúne um monte de referencias e cria álbum com pegada eletrônica (algo meio Thom Yorke), batidas minimalistas, Jazz e pouquinho de música clássica. O som é sofisticado beirando o experimental. Ouça com calma, não venha com discussões filosóficas ou tente enquadrar o artista num rotulo, apenas ouça sem pressa. Senão gostar de primeira é válido dar uma segunda chance, afinal o álbum funciona bem e merece estar entre os melhores do ano.

13. Foo Fighters – Wasting Light
Cara! Nunca fui muito fã do Foo Fighters, mas tenho que dar o braço a torcer ao novo álbum da banda que é realmente muito gostoso de ouvir. A proposta musical da banda continua a mesma, mas por algum motivo as composições desse álbum tem a capacidade deixar o ouvinte ligado do inicio ou fim. Talvez seja carência por álbuns como esse: divertido, bem executado, cheio de energia e fora dos padrões que tomou a indústria musical hoje (zilhões de bandas parecida tentando ser novo Strokes, outros tentando reviver os anos 80 e etc). Muito bom! Afinal, o álbum soa como um disco de 15 anos atrás só que lançado agora.

12. Beirut - The Rip Tide

A principal coisa desse álbum da banda Beirut é a simplicidade aparente, nele tudo soa tão simples e sensível, mas na verdade cada musica é sofisticada e harmoniosamente bem estruturadas. Enfim sem mais de longas Rip Tide usa referências a musicas Balcãs e do novo México misturado com pop melancólico comum da banda sem acabar suando caricato. Os arranjos e a sonoridade particular da banda tornam o disco agradável e sentimental. Moral da história Beirute é uma das bandas mais criativas e interessantes (substimada) da música atual.

11. The Vaccines – What Did You Expect From The Vaccines?
O fato é que The Vacines não trás nada de novo, remete ao som rock’n roll das décadas de 70/80 com suas guitarras sujas, a formula de fazer musicas simples e divertidas. Em fim a estréia do The Vacines é irresistível, com energia de uma banda de estréia e maturidade de uma banda madura. The Vaccines estréia em um disco de acordes simples, um vocal bacana e refrões certeiros. Tudo suando despretensioso onde único intuito com único intuito entreter publico carente de um bom rock’n roll de garagem.

10. Arctic Monkeys – Suck it and See
Esse álbum do Arctic Monkeys mostra a evolução da banda que parecia ser mais uma versão dos Strokes “com mais cafeina”, com baixos enlouquecidos e musicas rápidas. Em Suck it and See mostra que a banda não tem medo de envelhecer e amadurecer. E com isso revela que banda é capaz de criar um som mais autentico, próprio e sem a mesma pressa. Se você não gosta dos primeiros álbuns de uma chance a esse, pois nele tudo parece mais consistente e coeso.

9. Radiohead – The King Of Limbs
The king Of Limbs não é um álbum facil, é preciso uma audição com calma para compreender a genialidade do álbum. Esse álbum se distancia do estilo Ok computer, The bends e etc pela falta de guitarras. Pode parece mais com os experimentalismos flertados com jazz e musica eletrônica como Kid A e companhia. Mas o álbum é diferente de todos da banda com sonoridade mais estranha, artística e intimista (vide as cordas delicamente colocadas em algumas musicas). Tudo tão incrementado e incomum, mas ainda sim pop, criativo e belíssimo!

8. Fleet Foxes – Helplessness Blues
 Fleet Foxes no seu segundo álbum criou uma perola do Folk moderno com vocais harmonicamente bem incrementados (que lembram Beach Boys), acordes e sonoridades bem estruturados e criativos. Enfim Helplessness Blues podia ser muito bem um grande álbum da década 60/70, mas foi lançado em 2011. Fleet Foxes – Helplessness Blues é um dos grandes achados do ano! 

7. My Morning Jacket – Circuital
Circuital é um sexto álbum da banda My Morning Jacket. Nesse álbum a banda parece ter atingido um ápice criativo criando um som psicodélico flertando com rock’n roll e agora com som eletrônico. Tudo no disco soa bem esquematizado e redondo passando pelo rock’n roll (com que nostálgico) até as sonoridades mais mecânicas dos dias de hoje. Álbum espetacular!
  
6. Stephen Malkmus and the Jicks - Mirror Traffic

Mirror Traffic é quinto álbum do Stephen Malkmus and the Jicks tem 15 faixas que vão do pop torto como “Tigergs” e “Senator”; Lindas baladas como “No One Is”; até sons esquizofrênicos como “Spazz”. Moral da história um dos discos mais coeso e criativo do dito Indie rock moderno. Em minha opinião este álbum por si só é mais consistente que toda discografia da cultuada banda Pavement inteira (que as vezes tinhas seus momentos genialidade, mas era muito irregular) e Stephen Malkmus é um dos guitarristas mais subestimados de sua geração. Espetacular!

5. Adele – 21
Um dos melhores álbuns do ano. O surgimento de uma grande diva da musica. Nem super exposição na mídia, a repetição das musicas na radio a TV diminuiu o valor dessa perola chamada 21. Enfim Adele criou um disco belíssimo com canções de apelo universal, e ainda sim conseguiu com que tudo suasse muito sincero e orgânico. Uma voz privilegiada, musicas grudentas no melhor sentido, um álbum muito emocional. Tudo certo quase beirando a perfeição! Desde já um álbum clássico!

4. Tom Waits – Bad As Me
Sem comodismo Tom Waits ressurge depois de sete anos sem lançar um disco com essa jóia chamada Bad As Me: abusando do Jazz e do Blues, participações especialíssimas como Keith Richards, Flea e Lês Claypool e uma voz rouca (absurdamente incomum, beirando a “canastrice” dizem alguns). Enfim criando um álbum para entrar na história da cultura pop. Diferente e de sonoramente empolgante existe apenas uma expressão palavra para definir esse álbum “muito Foda!”, não precisou mais de uma faixa para saber que esse álbum deviria estar nessa lista. 

3. The Black Keys – El Camino
Se o álbum Brothers da banda The Black Keys já era considerado genial, com esse El Camino fica claro que The Black Keys é uma das melhores bandas da atualidade. O álbum tem uma energia e estilo rock’n roll autentico e certeiro. Não há como contestar que El Caminho é álbum mais dançante e bacana do ano(vide Lonely), mesmo que as letras e muitas das suas canções sejam na verdade sobre histórias tristes. O álbum vai muito bem do punk rock, R & B, soul e etc. Decididamente esse foi ano do Black Keys e pronto.
2. Bon Iver – Bon Iver
2011 foi o ano do Folk. Só para citar alguns My Morning Jacket e Fleet Foxes. Mas o melhor álbum do ano de Folk veio de Justin vernon que no seu segundo álbum conseguiu criar um dos mais doces e inimista discos da história da música.
Bom Iver – Bom Iver é álbum cheio de auto-confiança e experimentalismo saindo do som Folk tradicional “voz e violão” e adicionando também xilfones, metais, vários efeitos e pequenos detalhes que são impossíveis de perceber na primeira audição. Moral da história Bom Iver, que me soa talvez por causa das sonoridade e timbre de voz um álbum irmão do espetacular disco lançado pelo artista Jónsi em 2010, é álbum de folk autentico e brilhante do ano (talvez da década). Uma pequena obra prima!


1. Wilco – The Whole Love
Wilco já tem 18 anos de estrada e 8 álbuns. E sem qualquer sombra de duvida é uma das 5 bandas mais importantes de sua geração. Nesse tempo a banda: surgiu com espírito Folk aflorado; Logo em seguida em tempos de depressão e enxaquecas de seu vocalista mergulhou em álbuns considerados históricos com som psicodélico e experimentais (musicas de quase 10 minutos); Quando os problemas ficaram para trás surgiu uma perola e um dos melhores álbuns da década Sky Blue Sky com pega pop e com ar rock’n roll e Folk remetendo a Lynyrd Skynyrd; Em 2009 lançou “Álbum” um disco que tinha um pouco de tudo da banda com sonoridades pop, rock’n roll e experimental inegavelmente o melhor disco daquele ano.
Mas foi agora em 2011 com The Whole Love que a banda parece ter encontrado a formula perfeita, usando toda a sua experiência e talento, para criar um dos mais coesos e perfeitos do ano (e da história da música). Imperdível! Melhor álbum de 2011 sem qualquer discussão! Uma vez li que: “O Wilco já esteve jovem, velho, ferido, consolado, perdido, encontrado”. Se ainda não conhece a banda meus pêsames você tem esse e mais 7 espetaculares álbuns para comprar ou fazer download.

Menções honrosas: R.E.M. – Collapse into now – Esse álbum é prova que R.E.M se mantém relevante e que ainda sabe criar um álbum cheio de energia. Um viva ao grande R.E.M uma das maiores bandas da história! 
Yuck – Yuck para muitos foram à banda de 2011. Enfim nesse segundo projeto a banda surge de vez com as suas guitarras sujas, vocais gritados, baixo forte, melodias grudentas e letras dignas de roteiros de filmes B. Vale a pena uma conferida!
Noel Gallagher – o ex-OASIS lança um álbum pop de grande repercussão e que funciona muito bem. Não é nenhuma obra prima, mas é pop de qualidade.

Faltou algum comente aqui em baixo. Até a próxima lista com melhores álbuns nacionais de 2011. Quer ver as outras listas citadas acima clique na categoria listas e confira...