terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Resenha: O Hobbit: Uma Jornada Inesperada


Nota: 8

Diretor: Peter Jackson

Elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Bill Nighy, James Nesbitt, Adam Brown, Richard Armitage, Aidan Turner, Rob Kazinsky, Graham McTavish, Elijah Wood, Andy Serkis , Christopher Lee, Ian Holm, Orlando Bloom, John Callen, Stephen Hunter, Peter Hambleton, Cate Blanchett, Hugo Weaving, Andy Serkis, Doug Jones, Saoirse Ronan, Billy Connolly.

Sinopse: Segue a aventura do personagem-título Bilbo Bolseiro, que enfrenta uma jornada épica para retomar o Reino de Erebor, terra dos anões que foi conquistada há muito tempo pelo dragão Smaug. Levado à empreitada pelo mago Gandalf, o Cinzento, Bilbo encontra-se junto a um grupo de treze anões liderados pelo lendário guerreiro Thorin Escudo-de-Carvalho. Essa aventura irá leva-los a lugares selvagens, passando por terras traiçoeiras repletas de Goblins e Orcs, Wargs mortais e Aranhas Gigantes, Transmorfos e Magos.





500 palavras: Depois de muito se falar e anos de produção finalmente foi lançado O Hobbit. O caminho até chegar no cinema foi um parto (problemas de direitos, o estúdio faliu, o talentoso Guilherme Del Toro trabalhou por meses na produções até que finalmente a direção voltou para as mãos de Peter Jackson, que havia dirigido os outros 3 filmes baseados no Tolkien a trilogia Senhor dos Anéis), tanto que esse filme só saiu praticamente 10 anos depois da trilogia original. Vi o filme num aspecto comum (nem 3D ou 48fps que talvez eu veja apenas por curiosidade) mas mesmo assim o resultado foi muito positivo.


O filme, assim como obra de qual se baseia, tem um tom bem mais leve do que visto anteriormente no Senhor dos Anéis. Outra característica clara desse novo filme do cineasta Peter Jackson é que esse longa tem um ritmo bem mais detalhado e lento (talvez por ser uma adaptação de um livro pouco mais de 300 paginas, feito em 3 filmes de quase 3 horas). É como assistir uma versão estendida direta no cinema, tem gente dizendo que esse tempo todo de filme e dividir em 3 filmes torna tudo muito massante e cansativo (e em certo ponto é verdade por que isso causa pequenos problemas de narrativa que se torna repetitiva). Enfim se dividir em 3 parte for pura ganancia ou apego do diretor a suas imagens estou me lixando contanto que mantenham a mesma qualidade e cuidado com a produção e narrativa.


Se publico normal vai gostar ou não, não me importa também por que se publico ta indo ver um filme dos mesmo autor, produtores e diretor do Senhor dos Anéis deviam está preparados para um filme grande e sem final (por terá continuações claro).

O fato de termos o mesma equipe da trilogia original faz com que filme seja uma extensão dos Senhor dos Aneis cheia de nostalgia, aventura, emoção e humor (ponto forte do filme). O único problema é exatamente esse respeito exagerado, o uso de trilhas emocionais e grandiosas em praticamente em todos os momentos até quando não é necessário torna o filme presunçoso e clichê. Enfim se você fã da saga vai sair do cinema muito feliz, senão talvez decepcione por que aqui tudo é mais simples, cheio de humor, colorido e lento (devido adaptação super fiel incluindo aí algumas canções). Mas para quem gosta de cinema e entende que estamos vendo uma adaptação literária fiel vai se divertir, em um filme com pequenos problemas narrativos e de ritmo, mas muito bem acabado e bemfeito500.   

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Achados e Perdidos: A guerra está declarada


“A guerra está declarada” é um belo drama dirigido pela atriz e diretora Valérie Donzelli. O filme a conta a história de um jovem casal Juliette e Roméo que se conhecem em uma festa e logo começam um relacionamento. Não demora muito eles tem o seu primeiro filho e com ele vem também uma série de alegrias e complicações. A coisa piora quando o filho deles ao completar 18 meses é diagnosticado com raro tumor no cérebro.

O impressionante como a diretora consegue fugir de todos clichês do género, ainda fazer do filme uma obra cheia de cores e energia (até mesmo alegre e otimista, apesar do peso do tema proposto). Nesse ponto o filme se distancia de qualquer outro melodrama americanizado e se torna um filme realmente emocionante, com ótimos diálogos, personagens criveis e carismáticos. 




O longa é uma pérola que passou meio despercebido no Brasil, mas que merece (e muito) a atenção de todos aqueles que gostam de bom cinema.

Obs: O longa foi o filme selecionado como representante da França para tentar vaga no Oscar de 2012. Assista!




quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Resenha: O homem da máfia


 Nota: 8,5


Diretor: Andrew Dominik

Elenco: Brad Pitt, Scoot McNairy, Ben Mendelsohn, James Gandolfini, Richard Jenkins, Vincent Curatola, Ray Liotta
               
Sinopse: 'O Homem da Máfia' é baseado no livro homônimo de George Higgins, e acompanha Jackie Cogan (Pitt), um detetive contratado para investigar um assalto a um jogo de pôquer de altas cifras que acontecia sob a proteção da máfia. Jackie terá que desarmar todas as armadilhas colocadas em seu caminho numa corrida contra o tempo para solucionar esse mistério.


500 palavras: É incrível como alguns críticos tem desfigurado completamente o sentido verdadeiro do filme, através de analises que nada condizem com realidade, numa busca em vão por metáforas inexistentes que só existem na cabeça destes (única e exclusivamente para alimentar ego). Logo se algum critico lhe dizer que “Homem da mafia” é exclusivamente um filme sobre recessão econômica, e este basear toda sua resenha só sobre esse tema e resolver comparar este filme com outros filmes excepcionais sobre esse tema como “Margin Call” ou “Trabalho interno” saiba que este está falando besteira e fazendo comparações totalmente sem nexo algum.

Pois é claro que o filme tem como plano de fundo, e faz alusões claríssimas, ao tema da recessão econômica (vide: a cena do assalto na casa aposta onde os criminosos tem que entregar seu dinheiro para os assaltantes enquanto, de fundo na tv, se ouve um discursos sobre os cidadãos que estão perdendo suas economias.) e a eleição que levaria Obama a presidência. Logo essas interções de discursos faz do filme uma obra diretamente liga a esses temas.


Mas o fato é que o filme tem outro foco principal que é o submundo habitado por  pessoas medíocres, gananciosas e frias que caminham no fio da navalha. Esse é tema central do filme, por isso ele  se aproxima muito mais de de qualquer filme dos irmão Coen, Tarantino ou Guy Ritcher do que qualquer outro filme citado acima. No máximo o filme aqui mostra que até esses seres que vivem a margem da sociedade são atingidos ou influenciam na politica americana. Logo o resultado é um filme de gangster com ecos de politicos e não vice-versa.

Enfim o longa tem ritmo muito lento, o que com toda certeza vai desagradar 99% do publico. Mas quem já conhecia o trabalho do cineasta Andrew Dominik (Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Redford) já esperava por isso, e desde já dou graças a Deus por ele não ter abrido a mão do seu estilo particular de filmar e narrar (invés de fazer como muitos simplesmente plagiar outros filmes de gangsters famosos). Dominik dirige o filme com um apuro técnico absurdo e dominio total do seu elenco. Ele cria um clima e estética nosense de pesadelo. Só excede mesmo nos longos diálogos e no ritmo em alguns momentos (vide: a cena do cara chapado é de apuro técnico espetacular, mas se torna cansativo com passar o tempo).

Devido pequenos excessos Dominik não constrói uma obra prima completa, mas passa muito perto disso.

obs: O desfecho é muito satisfatório; O diálogo final no bar é de arrepiar (lembra “A Ultima Noite” do Spike Lee); as cenas de violência de são demasiadamente fortes e plasticamente incríveis (vide: o espancamento, assassinato na chuva e as demais mortes500.
);

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Resenha: Os Penetras


Nota: 7

Diretor: Andrucha Waddington

Elenco: Marcelo Adnet, Eduardo Sterblitch, Andrea Beltrão, Stepan Nercessian, Mariana Ximenes, Luis Gustavo, Luiz Carlos Miele, Susana Vieira, Babu Santana, Kate Lyra, Juliana Schalch e Gugu Madeira.

Sinopse: A dois dias do réveillon, o apaixonado Beto (EduardoSterblitch) vai ao Rio de Janeiro tentar reatar com Laura (Mariana Ximenes) e,desprezado, tenta o suicídio. Quem o salva da morte é o vigarista Marco Polo(Marcelo Adnet), que promete ajudar o seu novo e excêntrico amigo a reatar coma amada. Junto a seu comparsa Nelson (Stepan Nercessian), eles usam todos os truques possíveis para invadir as festas da alta sociedade carioca, mas nemsempre as coisas saem como o planejado.



500 palavras: As criticas dos jornalistas sobre o filme “Os Penetras” só mostram a total falta de sintonia entre esses profissionais e o grande publico. Tem muita gente apedrejando o filme, mas o fato é que como uma comédia rasgada o longa atinge seu principal objetivo fazer rir. Claro que o filme tem muitos problemas, mas isso vai ser analisado a baixo.

Tem dois pontos de vista para se analisar o filme:

1.    É o pior e mais decepcionante filme do ótimo cineasta Andrucha Waddington (Eu, Tu eles e Lupe).

2.    Dado a qualidade ínfima das comédias nacionais que tem levado o publico no cinema hoje em dia, estamos diante de uma ótima surpresa.

Prefiro o segundo ponto de vista, mas nem por isso se deve deixar de apontar os inúmeros problemas do filme. O principal problema é o roteiro que é muito preguiçoso: todas as situações de trapaça do filme são demasiadamente clichês (a cena do restaurante é o cumulo da falta de originalidade), o filme tem vários personagens que não acrescentam em nada na trama (Susana Vieira, apática ao extremo, por exemplo: a única justificativa para a sua personagem é uma piada requentada do “American Pie” que nem funciona), falta de coerência narrativa (por que personagem de Eduardo Sterblitch que anda cheio de dinheiro pega um onibus?), tramas que não levam a lugar nenhum (Andrea Beltrão tem uma ótima cena no filme, mas logo sua personagem é deixada de lado pelo roteiro), as motivações dos personagens não parecem nem de longe convincentes (vide: a paixão entre Adnet e Ximenes; a amizade entre os protagonistas);
O segundo grande problema é que o excelente comediante Marcelo Adnet não convence nem um pouco como ator. Talvez se tivessem trocado o comediante por outro ator (Selton Mello, Wagner Moura, Lazaro Ramos ou qualquer outro) que conseguisse trazer mais veracidade ao personagem o resultado poderia ser muito melhor. Isso ajudaria bastante, pois por mais clichê e apático que personagem seja, com um ator mais carismático e mais talentoso muitos desses problemas de roteiro poderiam passar despercebidos.  Uma boa ideia seria ser simplesmente tirar o Adnet e passar função deste para o personagem do ator Stepan Nercessian, o que obrigaria o filme tomar outros rumos quem sabe poderiam explorar uma relação paterna entre os personagens de Nercessian e do Sterblitch.

Mas apesar dessa penca de problemas o filme consegue fazer rir, diga de passagem que única e exclusivamente nas cenas onde tem como foco o personagem Eduardo Sterblitch (Cesar Polvilho do programa “Pânico na Band!”). Ele rouba a cena fazendo um personagem idiotizado, mas bem mais humano, divertido e carismático que seu companheiro de cena. Sterblitch se mostra a maior força do filme com seus diálogos incoerentemente hilários e abusando de expressões faciais ingraçadissimas.

E no final o resultado é uma comédia divertida, cheia de problemas, mas com uma qualidade produção e direção técnica muito acima da media para esse tipo de filme no Brasil500.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dez nomes que poderiam dirigir Star Wars episódio 7




Depois que a Lucas Films foi comprada pela Disney não se fala mais nada, nos sites relacionados a cultura e cinema, além do  "Star Wars episódio 7" que será feito. Muita gente a favor e muita gente contra, o que é normal devido o  tamanho e importancia da franquia, ter palpiteiros para elogiar e para criticar não vai faltar.
A procura por diretores que topa fazer o projeto está escaça pois os diretores conceituados estão empregados e fazendo seus projetos para o ano que vem então tentando procurar alguns diretores que encachariam no perfil da serie e poderiam fazer até melhor que o senhor George Lucas, que vamos convir nunca foi mestre Jedi em direção de atores e técnica.


10.Duncan Jones

Já provou que um bom diretor de ficção cientifica e ótimo cineasta autoral, com os excelentes "Lunar" e "Contra o Tempo" seria uma oportunidade para se firmar no cinema comercial. Imagina o que ele poderia fazer tendo um universo cheio de possibilidades como Star Wars para poder explorar .



9.Alex Proyas

Sendo um dos nomes mais promissores da década de 90 Proyas não tem um projeto grande nas mãos desde do "Eu Robô" mesmo tendo o astro Will Smith (talvez o principal problema do filme) o longa não foi bem aceito pela critica e se tornou rejeitado pelo próprio diretor que sabe que poderia ter feito bem mais, pois estava adaptando o livro de um dos mais conceituados escritores de Ficção, mas teve que aceitar o controle dos produtores e estudio sobre sua obra. Proyas ainda sabe filmar bem e tem talento de sobra seria um bom nome para o universo "Stars Wars".


8.Robert Rodriguez

 Como dizem por aí nas noticias o estúdio tentou o contato com Quentin Tarantino e o mesmo recusou o projeto, o genérico mais palpável é o diretor Roberto Rodriguez, apesar de está perdendo prestígio por causa de seus projetos infantis  e filmes de qualidade questionaveis Rodriguez consegue fazer filmes divertidos como ninguém e poderia assumir o cargo tranquilamente pois alguns dos ultimos filmes que George Lucas dirigiu nem divertidos são.




7. Brett Ratner

Esse é um nome que os fãs de alguma franquia sempre tem medo quando o nome dele está envolvido no projeto, pois sempre quando ele relacionado algum filme se sabe que o filme vai redondinho como os produtores querem. Mas particularmente não vejo problema algum em ele assumir a franquia pelo menos vai poupar notícias de possíveis brigas com estúdio, diretores abandonando projeto e problemas de produção. Por que alguém acha que em uma franquia que envolva tanto dinheiro os produtores vão deixar algum cineasta dar palpite, ser autoral ou fazer de diferente de verdade?.




6. Joss Whedon

Mostrou nesse ano um dos melhores filmes cine-pipoca dos ultimos tempos que foi os "Os Vingadores". E com a boa relação entre Marvel, Disney agora  Lucas Films poderiam passar o cargo de diretor para Joss Whedon que já mostrou que sabe fazer cinema divertido, inteligente e empolgante como poucos. Mas tem um enorme detalhe, ele que está trabalhando na continuação de "Os Vingadores". Ele poderia tocar as duas produções "Os Vingadores 2" e "Star Wars 7", afinal o primeiro está cotado para ser lançado apenas em 2015? Meio dificil, mas poderia dar certo.



5. Spike Jonze

Um dos melhores diretores da atualidade, apesar de saber que ele não pegaria esse projeto, eu tenho curiosidade em ver como seria o estilo particular de Spike Jonze a serviço de uma série desse porte. Com certeza os personagens ganhariam mais atenção e emoção, isso poderia gerar decepção para alguns fãs afinal história e personagens melhores daria menos tempo para ação, mas seria no minimo curioso ver um cara talentoso e estilosos com Jonze comando um novo Star Wars.




4.Kevin Smith 

Como Kevin Smith dentro da comédia está sendo sem graça nada e errando os projetos. Nada como mudar de estilo para poder tentar ressuscitar a carreira. Ele já provou várias vezes ser fã de Star Wars e uma vez que JJ.Abrhams que era fã de "Star Trek" e conseguiu fazer um excelente trabalho, prova disso que está pra lançar o segundo filme. Ter a visão de um fã seria interessante, quem sabe ele não se redime pelos ultimos fracassos e acerta mão. George Lucas já provou que não precisa ser um grande diretor para comandar a série mesmo, então quem sabe?



3.Brad Bird

O diretor já esteve na Disney Pixar onde fez as brilhantes animações "Os Incriveis"e "Ratatuille"  é um diretor de uma grande sensibilidade e já mostrou que da conta de extrair o que história tem de melhor exemplo o ótimo "Missão Impossível 4 - Protocolo Fantasma". O diretor deu conta de migrar da animação para o live-action com um brilhantismo de poucos é  um dos nomes que creio que daria mais certo para assumir a franquia e dar algo a mais a ela.





2.Neill Blomkamp 

Dentro da ficção-cientifica atual um dos caras que mais citados como promessa no genero, apesar de ter só um filme no curriculo "Distrito 9", é Neill Blomkamp. Talvez lidar com tal franquia cheia de fãs e interesses poderia ser um problema para o diretor ainda novo, apesar dos outros filmes dele serem produções relativamente grandes eram trabalhos mais autorais, essa falta de experiência com produções gigantescas poderia contar contra ele, mas o fato que ela já se mostrou um diretor promissor e talentoso.



1.Tomas Alfredson 

Grande talento do sueco Tomas Alfredson está em evidencia depois de dois brilhantes filmes "Deixa ela entrar" e o "Espião que sabia demais" sendo dois filmes completamente diferente em si, mas tendo evidente estilo particular e talento de direção unico.  Alfredson conseguiu mostrar uma quase perfeição no dominio da direção, poderia tranquilamente fazer o melhor Star Wars até hoje, bem que seu estilo autoral não se encaixe muito em filme de estúdio, não custa torcer por algo unico e diferente.


Vamos ver que rumo que essa produção vai tomar, tomara que seja um filme que respeite o tamanho da franquia e os seus muitos fãs que vem dedicando a vida a essa franquia, tomara que a Disney consiga cuidar conforme ela vem cuidando das suas produções da Marvel, Pixar e seus novos desenhos. Pois não custa lembrar que quando Marvel foi comprada muitos criticavam mais nada de tão terrível aconteceu, então é melhor esperar as produções serem para concluídas para se ter uma opinião incisiva. Com certeza que Stars Wars estará em melhores mãos do que com a "Lucas Films" que só tem chupado a série lançando versões modificadas, resmaterizadas, 3D e de volta e meia novos filmes dispensaveis.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

2012 um ano de boas comédias!? - Parte 3 (Anjos da Lei e Ted)

Deixei para finalizar esses post sobre as principais comédias de 2012 com as duas melhores do ano.




Anjos da Lei

Nota: 8

Quando vi o primeiro trailer desse remake da série clássica Anjos da Lei não tive uma impressão muito boa. A série original tinha um tom sério carregado de valores como amizade, dilemas juvenis e etc. Era até meio charope no estilo "lição do dia". Já o trailer desse filme tinha o linguajar sujo, humor pesado e sem pudor. Meu medo era que esse filme se torna-se em algo raso e sem qualquer criatividade tipo "American Pie" e aproveitasse do nome da série para arrancar dinheiro dos fã nostálgicos (acho que não muitos, eu mesmo não sinto tanta falta da série).


Ao ver filme tive uma surpresa apesar do começo clichê (mas necessário para entender as mudanças que houve entre as gerações dos jovens na época da série original e os jovens de hoje em dia). Enfim o filme se demonstrou muito mais antenado que eu esperava. Um exemplo disso são sacadas como: antigamente os nerds eram os coitados da escola, hoje eles são descolados e bem sociáveis; o politicamente correto ( e ambientalmente correto) predominam; 


Unindo esse ponto do humor do filme está bem sintonizado com essa geração temos também uma relação de amizade forte e desavergonhada entre os protagonistas (o tal "bromance" no estilo de filmes como Eu te amo cara, Parto de viagem), linguajar sujo e humor nonsense...unindo todos esses pontos o filme se aproxima muito mais de Superbad do que qualquer outro filme de comédia sobre adolescentes.


O filme tem um humor cínico, nonsense (alternando cenas constrangedoras com silêncio e sons desconcertantes), piadas físicas, piadas com os clichês do cinema de ação (perseguição de carro do filme é impagável), piadas verbais cheias de referencia pop e claro piadas relacionadas a amizade entre os protagonista. E todas essas piadas funcionam maravilhosamente bem, mas só funcionam por que são bem sacadas e contam com as ótimas atuações, improvisações da dupla carismática de protagonistas.

Embora o filme soe mais como uma parodia da série antiga do que que com um remake. O resultado é muito positivo. Se na série dos anos 80 tínhamos um draminha de artes marciais e aqui temos uma comédia cínica sobre amizade. Na verdade o que temos aqui é uma reimaginação inteligente e muito engraçada.

obs: o filme faz uma série de homenagens a série antiga nos figurinos, participações especiais e muitas piadinhas relacionadas a mesma.

Ted

Nota: 8.5


Ted é o melhor filme de comédia do ano. A partir de um singelo clichê, de conto de fadas, onde uma criança faz um desejo que se torna realidade, no caso aqui um urso pelúcia que ganha vida, o diretor estreante Seth MacFarlene cria uma comédia hilário e muito bem orquestrada.

Muita gente vai ao cinema porque quer ver um ursinho fofinho fazendo mil loucuras, essa quebra completa do que se esperava de um personagem infantil torna o filme engraçado e surpreende para grande publico. Assim como tem também muita gente (topeiras) que ignoram a censura do filme, o cartaz que mostra um urso no mictório de adultos segurando uma cerveja e vão no cinema sem saber nada sobre o filme (e de quebra levam as crianças achando que vão ver a novo clássico musical fofinho da Disney). Enfim tantos os que vão ver o filme errado, quanto a maioria dos que já esperam um ótimo filme na maioria das vezes gostam do filme por motivos errados, ou menos importantes, e ignoram as melhores qualidades do filmes. Muitos gostam simplesmente por causa do efeito “Nossa que urso doidão fumando maconha!”, "O ursinho ta fazendo sexo" e etc.

Mas verdade o filme só funciona com maestria devido a diálogos cheios de referencias pop (incluindo atuais, sem medo de soar datado com passar do tempo), boas interpretações cheias de carisma do trio principal (Mark Wahlberg, Mila Kunis e o urso dublado Seth MacFarlene), a direção elegante, trilha sonora super tradicional (bem escolhida) e roteiro apesar de simples na medida certa. Essa direção e texto se deve Seth MacFarlane que é criador do desenho Family Guy, que tem uma temática adulta e um humor muito critico, e aqui na sua estréia como diretor ele traz com ele esse humor na comportado. 


Enfim tudo só funciona porque: 



1. É preciso acreditar nos personagens, por mais irreais que eles sejam. E aqui isso acontece o urso é muito carismático, assim como amizade dele com dono que é bem convincente. Até romance do protagonista com a namorada soa mais verdadeiro do que em qualquer episodio da saga "Crepúsculo" por exemplo. 



2. A direção é muito bem cuidada, que aqui caminha de forma bem tradicional no melhor estilo clichê de filme de natal. Mas esse clichê muito bem dirigido e elegante (incluindo a trilha sonora) é importante para que ele seja posto em choque com os diálogos, as ações e piadas totalmente politicamente incorretas do filme.

O resultado é um filme inteligente muito engraçado. A cena da festa com Flash Gordon entrou para as poucas vezes que ri realmente alto no cinema. Sem falar em inúmeras sacadas inteligentíssimas envolvendo cinema e cultura nerd em geral. Filmaço! Muito bem feito e criativo.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

2012 um ano de boas comédias!? - Parte 2 (American Pie - O Reencontro e Projeto X)


American Pie - O Reencontro


Nota: 6






O primeiro a American Pie tem o mérito de ser uma clara homenagem ao cinema adolescente com humor físico e cheio de conotações sexuais da década de 80 como: Porky's e Picardias Estudantis. Claro que o resultado nem de longe é tão bom quanto os dos filmes citados acima e nesse mesmo período os Irmãos Farrelly já faziam comédias com esses conceitos, que apesarem de não ter adolescentes como personagens, bem mais redondas Quem vai ficar com Mary por exemplo. Pensando por esse prisma pode se entender que o maior mérito realmente do primeiro filme da franquia foi popularizar novamente para bem (os vindouros Superbad ou ótimo Show de vizinha) ou para o mal (franquia de filmecos lançados direto em vídeo: American Pie 5, 6, 18. Entre outras porqueiras) essas comédias sobre adolescentes e escolas.

Nesse quarto filme (os lançados em vídeo são desconsiderados até pelos próprios produtores) o elenco original dos 3 primeiros estão de volta. E assim como nesses 3 primeiros longas da franquia esse novo filme tem certas qualidades uma produção digna e esboço de roteiro aceitável (apesar de que todas piadas e situações serem as mesma nos quatro filmes). Nesse quarto filme temos os mesmos pequenos dilemas sobre amadurecimento, problemas relacionamento (afinal esse filme se passa 10 anos depois da formatura da faculdade e muitos personagens estão casados ou com filhos) e etc. As mesma piadas de sempre envolvendo constrangimento sexual ou a falta de noção de algum personagem.


O filme tenta ser emocional e apelar para a nostalgia dos fãs que cresceram como os personagens e como eles agora são adultos, o problema que esses personagens não são tão inesquecíveis quanto pensam os produtores. E tudo que o longa consegue ser é um filme bacaninha e bem feitinho. Talvez com roteiro melhor ou diretor mais talentoso o resultado poderia ser outro afinal se pensarmos bem "Passe Livre" já é tudo o que esse filme deveria ter sido. Então comédia por comédia prefira os irmãos Farrelly.
Projeto X

Nota: 7.5




Tem gente por aí falando que esse filme não é uma comédia...o fato é simples: Ele é uma comédia adolescente sim, no estilo American Pie e Superdad. A diferença aqui é que se trata de filme produzido por Todd Phillips logo a gente consegue sentir o suor, o sangue, a sujeira dos seus personagens. Phillips faz comédias ("Se beber não Case", "Parto de Viagem") onde ambientação, maquiagem e fotografia se aproxima muito da realidade (ou até exagera ela para ter os personagens bem palpáveis). Moral da história nos filmes de Phillips não se tem aquele desdém com comédia onde as pessoas se machucam e nada acontece (tipo: "Nossa é uma comédia o cara não pode sangrar tanto assim ou ficar sujo desse jeito) ou por aquele ar de desprezo do tipo: "é uma comédia por que vamos gastar com cenários realistas" ou "É uma comédia os moveis tem de ser coloridos e alegres" (Globo filmes! antes que alguém grite). Então invés termos tudo limpinho e arrumadinho a lá "American Pie" temos uma festa de verdade, destruição genuína e quase podemos sentir cheiro de fedor do protagonista todos suado, olhos inchados e sangrando no final do filme.



Ok, esse é o grande mérito do longa, mas como filme ele peca primeiro por ter co-protagonista, o tipico amigo falastrão, que não tem o menor carisma e demasiadamente chato e clichê. Não que o protogonista assim como todos os outros personagens não sejam apenas os mesmos esteriótipos de sempre, mas este ainda se saem bem e não prejudicam o filme. A estética tipo filmagem achada (Bruxa de Blair, Cloverfield) funciona bem aqui também. E longa também tem seus momentos engraçados, principalmente ligados aos seguranças mirins arranjados para festa, ou ao olhar do protagonista vendo que as estão fora de controle.




Enfim anos luz melhor que qualquer "American Pie", mas muito aquém de "Superbad". Tem como maior mérito o fato de retratar essa juventude americana (uma festa dessa juventude) de forma bem realista, e já em outros momentos exagerar em tudo sem medo de beirar surreal ou violento demais...É uma especie de "American Pie" com uma festa de verdade, adolescentes de verdade, sangue, suor....

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

CineBH resenhas: Tabu, Holly Motors e A Hora e a vez de Augusto Matraga


CineBH: A Hora e a vez de Augusto Matraga


Nota: 6,5


Um dos filmes que mais queria ver no CineBH era esse A Hora e vez de Augusto Matraga. O filme é baseado no livro de Guimarães Rosa meu autor favorito da literatura brasileira, o longa veio glorificado como o grande ganhador do festival do Rio, tem um ótimo elenco e etc. Talvez por causa dessa grande expectativa a sensação que tive ao acabar de ver o filme foi a de decepção.

O filme tem uma direção de arte e um senso estético muito bom, mas o diretor abusa de trilha sonoras forçadamente emotivas (em cenas que deviam evocar emoção, mas não evocam pelo simples motivo de não importamos de verdade com os personagens). As cenas de ação são bem dirigidas, mas soam muito artificial (principalmente no climax). Ou seja, o filme tem todos os elementos necessários para fazer sucesso com grande publico, mas por ter um roteiro preguiçoso (atitudes não justificadas que são tomadas pelos personagens e a de alguma relação emocional verdadeira com personagens).

A unica coisa que se salva realmente no filme são as boas atuações, prejudicadas pelo roteiro fraco citado a cima, de João Miguel, José Wilker e outros. A melhor coisa do filme é personagem do ator e comediante Chico Anisio (seu ultimo papel no cinema) que está realmente ameaçador e crível.

Uma pena! Tinha tudo para ser um ótimo filme de verdade.

CineBH: Holy Motors

Nota: 8



Esse é o primeiro filme de Leos Carax (Pola X) desde 1999, nesse período ele só tinha dirigido um dos curtas do longa Tokyo. E de cara aqui ele resolve fazer um monte de filmes em um, a impressão que fica é que ele está tentando tirar o atraso por todos esses anos parado fora do cinema. Talvez por isso o longa acaba sendo incompreensível e enlouquecido. Mas de qualquer forma o filme  tem um resultado muito incomum e intrigante para bem e para o mal.

Embora muitos detestem o filme, quase sempre por não entender a proposta principal do longa, afinal a unica proposta aqui desconstruir e satirizar o cinema convencional. Holly Motors é na verdade uma comédia surrealista (comédia mesmo, beirando uma especie “pastelão cult”. vide:quando personagem chega em casa ou cena final), enlouquecida e tecnicamente brilhante.

O único pesar é que se talvez Leos Carax quisesse fazer uma trama mais séria poderíamos ter uma obra prima absoluta (talento não lhe falta), não que humor aqui seja um grande problema pois é exatamente o que torna o filme delicioso. Mas fato é que em pequenos momentos ele perde o freio e exagera. Moral da história no momento em que sai do cinema o filme me pareceu apenas um bom filme surtado, mas agora a cada momento que lembro do filme gosto mais dele digerindo cada cena calmamente. Como disse David Lynch uma vez que perguntaram sobre a estranheza dos seus filme: “A vida não faz sentido, por que meus filmes tem que fazer!”.

CineBH: Tabu

Nota: 7,5

Tabu é o novo filme do jovem cineasta Miguel Gomes. Aqui nesse filme ele faz uma clara referencia ao clássico de mesmo nome "Tabu" dos diretores F.W. Murnau e Robert Flaherty de 1931. Isso fica claro na estética (preto e branco, etc) e na estrutura narrativa (que no filme clássico a história era divida em dois capítulos "Paraíso" e "Paraíso Perdido", e aqui nesse filme ele utiliza a ordem inversa "Paraíso Perdido" e "Paraíso").

Na primeira parte "Paraíso Perdido" vemos uma história que se passa nos dias de hoje. A história dos últimos dias de uma senhora, Aurora, que vive com ajuda de uma empregada negra e da boa vontade de sua vizinha, Pilar. Aurora é mulher solitária está sempre a espera da sua filha que nunca vem visita-la. Nessa parte o filme é sensível e cheio de humor abusando de situações relacionadas aos devaneios, o mal humor e tiradas sarcásticas de Aurora.

Na segunda metade o "Paraíso" vemos um grande flash back sobre o passado de Aurora e seu grande amor perdido. Nesse segunda metade o filme é filmado é totalmente mudo (com narração em off contando a história). Nessa segunda parte o filme mantém o humor e clima emotivo, mas se torna meio arrastado

O longa enfim é uma grande homenagem ao cinema, muito bem dirigido e organizado. Mas devido o fato de ser um filme de homenagem claro, ele corre o maior dos perigos desse tipo de longa o de deixar essa homenagem ficar na frente da própria história. Mas enfim um ótimo filme! Corajoso e muito bem dirigido! obs: A ótima fabula contada no começo do filme é um achado, que se encaixa perfeitamente com roteiro e o resto da narrativa. Uma perola!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Resenha: 007 - Operação SkyFall


Nota: 8



A ideia inicial era fazer uma crítica comum e habitual, mas como já tem tantas resenhas espalhadas pela net sobre esse novo filme do agente secreto 007 que depois de um tempo, pensando com os meus botões, resolvi adotar um novo método na hora de escrever este texto. Resolvi então apontar 5 detalhes relevantes sobre o longa de forma simples e objetiva. Tornando esse texto mais simples de ser escrito e lido.

Então vamos a resenha:


Sinopse: Em '007 - Operação Skyfall', a lealdade de Bond a M é testada quando o seu passado volta a atormetá-la. Com a MI6 sendo atacada, o 007 precisa rastrear e destruir a ameaça, não importando o quão pessoal será o custo disto.

Depois do fracasso da última e fatídica missão de Bond, quando a identidade de vários agentes secretos espalhados pelo mundo é revelada, ocorre um atentado à sede do MI6, obrigando M a transferir as instalações do seu quartel-general. Devido a esses eventos, a sua autoridade e posição se verão ameaçadas por Mallory (RALPH FIENNES), o novo presidente da Comissão de Inteligência e Segurança. Agora, com o MI6 sob ameaças tanto externas quanto internas, só resta a M um único aliado em quem ela pode confiar: Bond. O agente 007 desaparece nas sombras – auxiliado por uma única agente de campo, Eve (NAOMIE HARRIS). Juntos, eles seguirão a pista do misterioso Silva (JAVIER BARDEM), cujas motivações letais e obscuras ainda estão por se revelar.

Introdução: Esse é 23º filme do agente James Bond, o famoso 007. Sendo esse um filme especial de aniversário dos 50 anos do agente secreto. Talvez por isso os produtores resolveram fazer desse filme um grande espetáculo e tentar levar para outro nível essa franquia. Para isso não poupou esforço: temos um diretor talentoso e de respeito Sam Mendes; um elenco de alto nível Judi Dench (veterana na franquia), Javier Bardem, Ralph Fiennes e etc; E uma grande cantora que está em alta como Adele para cantar musica de abertura. 






1. Cinema de autor


Sam Mendes é um dos cineasta mais talentosos dessa nova geração: Apareceu pela primeira vez no ótimo, ganhador do Oscar, “Beleza Americana”, depois fez os subestimados e muito bons “Estrada Para Perdição”, "Soldado Anonimo", "Foi Apenas um Sonho” e "Distante nós vamos”. 

Nesse filme ele assume o novo filme da franquia 007 tentando levar a franquia a outro nível. Aqui pela primeira vez o filme do agente secreto tem uma direção cheia de classe, estilosa (cheia de jogos de sombras, uma especie marca registrada do diretor vindo do teatro) e madura. O controle do cineasta em relação ao elenco é elogiável, assim como seu domínio em criar o clima e a atmosfera das cenas. E nem de longe isso é um problema, na verdade é maior qualidade do filme.

Só para deixar claro estamos vendo um filme de autor sim! Mas dentro dos limites aceitáveis pelo cinema pipoca ou você não acha que se o Sam Mendes tivesse uma total liberdade de verdade do filme, ele não teria feito um longa ainda mais diferente e corajoso? A verdade que se tem certas obrigações quando se comanda um filme com um custo tão alto. Seja para Sam Mendes, Nolan ou Peter Jackson, não tem papo quanto a isso.

2. Bela abertura, homenagens e referencias

O filme tem todos elementos constante da filmografia do agente secreto, claro que dentro de um escopo mais realista. A começar pela bela abertura do filme que une a ótima musica interpretada pela cantora Adele e a brilhante animação em computação gráfica fazendo referencia a queda do agente secreto.


O filme também é carregado de homenagens e referencias a outros filmes e encarnações do personagem. Seja com diálogos divertidíssimos ou cenas que fazem link com outros momentos do personagem em outrora.


3. Ótimo Elenco e um vilão realmente ameaçador

Como citado acima os filme tem um elenco brilhante. Deixando claro dois pontos altos: o ótimo novo agente Q interpretado pelo jovem Ben Whishaw (Perfume) que através do ótimo diálogos da leveza e bom humor ao filme; E principalmente, o vilão Silva interpretado Javier Bardem (Onde os fracos não tem vez) que apesar de caricato da um show e cria o que é possivelmente seja o melhor vilão da série até hoje. O vilão de Bardem é ameaçador, inteligente e imprevisível. O filme realmente ganha brilho quando ele está na tela, praticamente roubando a cena. Vide: a cena onde ele se encontra com agente secreto 007 pela primeira vez.

4. Anti-climatico, mas com bons dialogos, revisavoltas e ótimas cenas

O filme abre com excelente cena de ação, que envolve um longa perseguição, muito bem filmada e cheia de tiradas visuais ótimas. Mas assim como aconteceu com Exterminador do futuro - A Salvação o filme aqui sofre do problema de entregar sua melhor cena de ação de cara e depois não conseguir repetir isso de novo durante o filme, nem mesmo no clímax. Mas aqui isso acontece devido a opção do cineasta e roteirista (no outro filme citado é devido a incompetência do diretor). Só para deixar claro não tem nada disso de corte de orçamento como alguns vem dizendo por aí, simplesmente acontece devido a escolha estilística e estrutural. Pois o filme prioriza bons diálogos, o clima de tensão (quando necessário) e reviravoltas à ação ininterrupta descerebrada


Vide: cena da luta na sombra, na bem vinda embora meio repetida cena de embate final. Em ambas cenas a emoção e clima da cena fica a frente da ação frenética propriamente dita.


5. Falta de conexão emocional

Talvez o maior problema do filme, seja a falta de conexão emocional com o publico. O filme é frio, por mais 007 e outros personagens estejam mais vulneráveis e consideravelmente humanos não sentimos nada por eles verdadeiramente. Ok, 007 é um mistério em si e talvez ele nem careça tanto de estofo dramático, mas outros personagens como M por exemplo que é o foco principal do filme necessita e muito dessa relação emocional para que filme funcione de verdade. Sem isso nada realmente justifica a trama do filme, principalmente o desfecho forte emblemático.


Devido a esse problema de aprofundar na persona dos seus personagens o filme acaba tendo um desfecho artificial e sem mesma força.





Conclusão: A sensação é de ter visto talvez o melhor filme do agente 007 até aqui. Mas no fim fica uma pontinha de pena, por que filme poderia ser realmente perfeito mas deixa de ser por causa pequenos detalhes.

A falta de outras cenas ação “Wow!” como a de abertura ou pelo menos um embate verdadeiro entre o agente e vilão brilhante criado por Bardem. E principalmente, pela falta de conexão emocional ou maior desenvolvimento dos personagens. Uma pena! Mas de qualquer forma o filme merece ser visto e apreciado. Um grande filme apesar de tudo!