quinta-feira, 31 de maio de 2012

Gerações que mudaram o cinema parte 3 - A era de ouro







Essa era do cinema inicia-se no começo da década de 30 e vai até o final da década de 50.  Em 1929, com a grande depressão, o cinema foi um grande aliado para o povo se inspirar e resgatar sua alto estima perdida nesse periodo dificil, os filmes eram sempre de um carater humanista muito forte e cheio lições de moral bem definidas como pode se ver nos filmes do diretor Frank Capra ("Felicidade Não se Compra" e etc).

                                                                       Frank Capra 

Destacou-se nessa época os grandes musicais, faroeste, e começou um novo estilo de filme policial noir. Onde se tem um detetive de caráter duvidoso, uma mulher misteriosa que sempre mantem o suspense e crime a ser resolvido. Uma caracteristica muito forte nos bons filmes desse estilo é uso de técnica  de luz e sombra impecavel, caracteristica herdada do impressionismo alemão. O primeiro longa considerado noir foi "Falcão Maltes"  de John Huston, também destacou-se nesse estilo "A marca da maldade"  de Orson Welles, "Pacto de sangue" de Billy Winder, "O terceiro homem" de Carol Reed.

Em 1941 mesmo ano que filmado "Falcão Maltes" foi lançado, também o que é por muitos teoricos de cinema é considerado o melhor filme de todos os tempos "Cidadão Kane" de Orson Welles , o filme começa ser narrado a partir da morte de milionário. Então um repórter começa investigar o que significaria as ultimas palavras do magnata.

O filme e foi muito polêmico por atingir diretamente os magnatas americanos e impressa em geral. O filme inovou nas técnicas com o uso de flashbacks, profundidade de cena, edição e por usar muito bem contrastes entre claro e escuro .


                                                           Cena clássica de cidadão Kane 

Quando se fala nesse estilo, logo vem a cabeça a parceria entre John Wayne e John Ford, a parceria começou em 1939 com o filme "Nos tempos da Diligencias" o filme que alavancou a carreira tanto de Wayne como a de Ford a parceria rendeu ao todo (22 filmes) entre eles o brilhante "Rastro de Ódio".

                                                      John Wayne e John Ford na gravação de Rastros de Ódio 
                                             
O que era comum nessa época também belas atrizes que se tornavam musas instanteneas depois de estourarem em algum filme, geralmente com personagens inocentes e sensuais, que fazia qualquer homem delirar, porém as atrizes que obtinham esse titulo geralmente eram mulheres que tinham uma rivalidade e um ego muito elevado. Se tornando assim um pesadelo para os diretores, as exigência era do figurino às mudanças de roteiro pois seu personagem estava sendo prejudicado ao ver delas. Uma das estória absurdas foi da atriz, grande atriz, Bette Davis que chegou pedir uma máquina de coca-cola em seu camarim pois se desafeto Joan Crawford era recém viúva do presidente da Pepsi, quem pensa que Joan não fazia nada ela colocava pesos no figurino de Bette para poder prejudica-la.

Em 1950 diretores como Akira Kurosawa e Igmar Bergman começou a ganhar espaço mundial, Kurosawa com suas pinturas cinematográficas encantou o mundo mostrando que o cinema oriental não era apenas filmes de arte marcial, com seu bom gosto e sensibilidade sem falar em um visual deslumbrante, já o sueco Bergman foi um cineasta que destacou por melhor capturar sentimentos humanos.

                                                                         Igmar Bergman 

Por causa de grande frustrações e falta de incentivo em 1952 o Brasil começava começa uma nova era no cinema nacional. Iniciou nesse periodo um dos maiores movimentos cinematográfico nacional o chamado "Cinema Novo". Um cinema altamente influenciado pelo neo-realismo italiano onde cineastas brasileiros queria retratar os problemas que o povo. Nessa movimento além de grandes filmes trouxe também ideologias é deste periodo homonima frase que marcou o movimento " uma câmera na mão e uma ideia na cabeça". Desse cinema se destacaram os diretores Glauber Rocha (Deus e o diabo na terra do sol , Terra em transe), Nelson Pereira dos Santos (Vidas Secas), Ruy Guerra (Os Fuzis), Caca Diegues (Os herdeiros, Quando o carnaval chegar) e outros.


A proxima postagem será sobre a geração sexo, drogas e rock"in roll. Uma geração cheia de estória interessantes e cineastas que com certeza você admira.



Sobre o Autor:
Andre Camargos

Há cinco anos se dedica a sétima arte, sou membro criador do uvarau e tenho como objetivo expressar a opinião sobre produções cinematografica, series de tv , quadrinho e musica. Sou cineasta amador participante da Parangolet Pictures. Também pretendo a aprender cada vez mais nessa jornada (que vamos compartilhar) chamada o uvarau.

DOUGLAS RIBEIRO


segunda-feira, 28 de maio de 2012

600 palavras: Homens de Preto 3 (resenha)



Nota: 7,5

O que posso trazer de novo a uma resenha sobre o filme Homens de Preto 3, uma vez que o longa é um filme simples e não permite muitas leituras e nem interpretações, e  já teve diversas criticas espalhadas pela internet? Provavelmente nada. Isso é ao mesmo tempo bom e ruim. Isso me da liberdade para encurtar a conversa e ir direto ao assunto. 

Quando vi o primeiro filme da série em 1997, não entendia tanto de cinema, mas ainda sim tinha fica maravilhado com mistura bem dosada de ficção cientifica e humor. As criaturas eram nojentas, até ameaçadoras, tudo era uma novidade e funcionava brilhantemente. As brincadeiras com cultura pop e personalidades eram um achado. Tanto que filme vem envelhecendo muito bem nesses anos, ele continua sendo uma grande aventura, inteligente e criativa.

 O começo do novo filme não é muito animador e deixa claro que a série não sobrevivera um novo filme. Nesses primeiros minutos, que se passam nos dias atuais: não apresentam nada de novo, as piadas quase sempre se repetem, o visual e efeitos especiais já impressionam como impressionavam antes, o humor até funciona em alguns momentos, mas se é para ver tudo de novo basta baixar o primeiro filme (mesmo erro do MIB2).

Mas então 15 minutos depois o filme ganha força, e graça, quando resolve utilizar o manjado, o engraçado e inteligente (quando bem usado), recurso narrativo de viagem no tempo (De volta para futuro, Homem do futuro (nacional), até mesmo o Austin Power 2 - O Agente Bond Cama). Nesse ponto filme melhora e muito. Usando como muita inteligência brincadeiras e piadas com a cultura pop, o visual retro (inclui-se aí os alienígenas que nos anos 60 aparecem com aparência de como eram imaginados naquela época). Na verdade o filme melhora um pouquinho antes mesmo da viagem no tempo, mas não antes da inserção dos elementos de paradoxos temporais. 

A paritir daí surgem piadas afiadíssimas e hilárias como: a Mick Jaguer, com Obama (menininha bebendo leite), tamanho dos aparelhos, racismo, etc. Nesses momentos o filme se iguala em humor ao primeiro filme da série, as vezes até o supera criando as melhores piadas da série até aqui.  
 
Will Smith está seguro e engraçado (apesar de ele só fazer a mesma cara de “Que merda é essa?” o filme todo. Da até para lembrar do seu papel clássico na série “Maluco no Pedaço”). No mais é importante ressaltar também interpretação contida, mas mesmo assim impressionante do ator Josh Brolin que interpreta a versão mais jovem do personagem K (o ator Tome Lee Jones no dias presentes) de forma impecável. Assumindo cada jeito, feição e estilo do personagem. Provando mais uma vez que é um dos melhores atores da atualidade.  

Mas a sensação que fica é de um filme divertido, mas não deixa de ser mais do mesmo. Enfim em termos de viagem no tempo (em filmes recentes) eu ficaria com “O Homem do Futuro”, afinal os efeitos especiais de ambos são tão divertidos quanto, embora que em menor escala no filme nacional e o sentimentalismo é bem mais coeso e menos forçado também no filme brasileiro (vide surpresa do filme MIB3 que até funciona, mas está cheia de buracos narrativos). 

Conclusão o filme do MIB apenas fecha um ciclo e nos da uma chance de lembrar com mais gosto e nostalgia a série. Fazendo-nos esquecer do segundo e fraquíssimo filme da série, mas apenas isso. Diversão descompromissada, com qualidade e ótimas piadas! 

Obs: Senti falta também de um vilão mais carismático e ameaçador, ele parece apenas uma caricatura mal acabada de vilão. Uma Pena!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Da turnê dos Los Hermanos, Show em BH e os 15 anos de carreira



Agora em 2012 Los Hermanos comemora 15 anos, e em comemoração a essa data a trupe de barbudos se reuniram novamente, afinal haviam parado com as atividades da banda em 2007 para cuidarem de projetos solos fazendo nesse período apenas algumas raras apresentações avulsas, para uma Turnê de 2 meses em diversas capitais do pais. Entre essas capitais, inclui-se aqui em Belo Horizonte onde estou morando agora. O texto a seguir é uma mistura de resenha do show apresentado dia 29 de abril aqui em BH e uma crônica sobre a relevância e importância da banda no cenário musical brasileiro.

Da banda


Los Hermanos é a banda símbolo de toda uma geração. Los Hermanos é talvez a banda mais importante da ultima década no rock e pop nacional. Mas ainda sim Los Hermanos é uma banda subestimada, pelo menos pelo grande publico (que prefere o mais do mesmo e os jabás da radio. Mas isso é outra discussão). Enfim todas essas afirmações são incontestáveis, mesmo aqueles mais radicais que vivem de um único gênero ou os saudosistas exagerados e afins, tendem pelo menos respeitar a importância e qualidade do quarteto carioca (se estes entenderem pelo menos um pouco de musica e não forem só fachada). 

Ok, é compreensível certo receito de muitos em a dar uma chance aos Hermanos. Afinal, dar uma chance inicial a uma banda que surgiu no enfadonho programa da Xuxa e que teve, uma boa musica que diga de passagem, esgotada e tocada incansavelmente na radio e engolida pela mídia. Afinal qualquer um que goste de boa musica sabe que melhor fugir de sucessos de verão sempre que possível. Mas aqueles que deram uma chance maior tiveram o privilegio de ouvir musicas divertidas e criativas como “Piorrot”,”Quem Sabe” e muito mais ainda nesse primeiro cd da banda. E principalmente puderam conhecer álbuns tão espetaculares e coesos (e diferentes entre si) como “Bloco do eu sozinho” e “Ventura” ambos que hoje figuram qualquer lista que exista, ou venha existir, entre um dos melhores álbuns da musica brasileira. Além do ainda fenomenal , e subestimado, “4”. 

Enfim com letras muito acima da media, talvez melhores desde a década de 80 (Cazuza e Renato Russo e só) e 70, cheias de sentimento, poesia, brincadeiras, temas incomuns como relação pais e filhos (Um Par), gerações (Velho e o moço), amor na terceira idade (Ultimo Romance), etc. Letras essas que se tornaram hinos e a voz de uma geração, pregando simplicidade, amor, existencialismo e poesia. Qualidade musical e instrumental indiscutível misturando estilos dos mais diversificados, passando por: valsas, boleros, marchinhas de carnaval, hardcore, rock’n roll, ska, samba, jazz e muito mais; tudo isso com unidade e inventividade assustadora.
Logo nada mais justo que Los Hermanos seja de fato reconhecida como a banda mais importante da sua época. Afinal, hinos como “Cara Estranho”, “Todo Carnaval tem seu fim”, ”Ultimo Romance”, “Velho e o Moço” e “O Vencedor” ultrapassaram a barreira entre ser musicas boas e inteligentes para se confundirem com a vida e forma de pensar de muitas pessoas. Inclui-se aí eu, que não só me identifiquei com essas musicas, mas como reformulei em muito minha personalidade cultural, pessoal e artística em unidade com essas musicas e a banda. 

Para mim Los Hermanos está para essa geração em relação a musica assim como “Clube da luta”, “Rushmore”, “Brilho eterno de uma mente sem lembrança” está para cinema. Mais do que apenas arte bem feita, mas obras capazes definir alma de toda uma geração. 

   O Show em BH 29/05


As impressões que tive do show apresentado na capital mineira dia 29/05 foi que a banda parece ter posto de lado qualquer diferença, se é que essas de fatos existiram, e demonstraram uma unidade e complexidade como no começo de carreira (Pois é já havia assistido um show deles na minha cidade Patrocinio em 1999 e na época os coitados sofreram tentando tocar para um bando que só queria ouvir “Ana Julia”). O clima de brincadeira e festividade seguiu o show inteiro desde o começo climático com um dos grandes sucessos da banda “O Vencedor” e passando por perolas como “O Vento”, “Conversa de Botas Batidas”, “Velho e moço”, etc.
No final fiquei com sensação que o show foi muito mais rock’n roll e estridente do que eu pensava ou já havia visto em apresentações gravadas. Entre guitarras barulhentas com hiffs e acordes ainda mais pegados, um Amarante surtado dançando suas danças esquisitas e correndo no meio do publico, Camelo e restante da banda mostrando o por que de tanto reconhecimento e por aí vai. Showzaço!
Na verdade o show foi uma reunião de fãs brindada com um espetáculo musical de energia e sonoridade inigualável. Todos cantavam juntos cada pedaço das musicas, vibravam a cada acorde. Foi um agradecimento multo: entre o publico mostrando toda a gratidão pelo prazer de ter conhecido e ouvido canções e discos como os citados acima; e banda que presenteou tanta fidelidade com um show vibrante e empolgante.
Muito bom de verdade! No mais é história. Só vendo e ouvindo para crer. Se não tiver oportunidade, de pelo menos de uma chance para seus ouvidos e coração. Compre, ou baixe, rápido a discografia da banda. E descubra, ou redescubra, o por que Los Hermanos é a banda mais criativa e espetacular que surgiu no Brasil nas ultimas décadas.

Obs:
Sobre o Autor:
Douglas Ribeiro
Desde 1999 quando tive uma iluminação cultural comecei a levar devidamente a sério, e estudar, sobre cinema, quadrinhos, litaratura, musica e etc. Hoje sou membro fundador (editor) do uvarau. Trabalho como Web design para empresa Plansis em BH(blog pessoal com portifolio). E nas horas vagas sou cineasta amador, o co-criador, da Parangolet Pictures
DOUGLAS RIBEIRO

terça-feira, 15 de maio de 2012

Retrospectiva: Melhores filmes de 2011



Finalmente venho aqui para finalizar as listas dos melhores e piores de 2011. Fechando assim esse ciclo. Sem mais delongas vamos à lista:

Observação: A lista tinha 20 filmes, mas mudei para deixar 15 para e não destoar das outras listas feitas aqui. Então tive que fazer uma menção honrosa onde 5 em destaque estavam na lista e outros são aqueles que merecem uma olhada com atenção.

Menções honrosas: Tudo pelo Poder, Toda Forma de amor, Harry Potter, Super 8, A Invenção de Hugo Cabrett, 50%, Flores da Guerra, Attack the Block, Homem do Futuro, Mais um ano, Habemus Papam, Contra o tempo, 13 assassinos, O espião que sabia demais, Kung Fu Panda 2.

15. Biultiful
 
Alguns acusam o filme de ser melancólico e forte demais. Mas não é bem assim, o filme tem sim uma premissa forte. Mostra o submundo dos imigrantes, o personagem interpretado por Javier Bardem (que esta genial no filme) esta muito doente, tem uma filha pequena e trabalha explorando outros imigrantes, estes trabalham em condições sub-humanas para ele e seus chefes. Enfim o diretor González Iñárritu (Babel, 21 Gramas, Amores Brutos) fez seu primeiro filme sem a parceria com roteirista Guilhermo Arriaga. E acabou criando um filme sem as múltiplas historias ou narrativas quebradas habituais, mas não menos poderoso e bonito. Apesar de toda obscuridade e tristeza o filme consegue ser tocante como poucos no cinema. E consegue tudo isso, por incrível que pareça, sem cair no “dramão” barato e gratuito.

14. Rango
 
Rango foi o ganhador do Oscar de melhor animação em 2011. A computação gráfica interpretada por Johnny Depp e dirigida pelo criativo e versátil Gore Verbinski (Piratas do Caribe, O chamado, Ratinho Encrenqueiro e O Sol de Cada Manha) é uma homenagem aos Westerns. Na verdade é um faroeste só que tendo como personagem um largato da cidade (criado dentro de uma caixa de vidro) que cai no deserto, o Rango do titulo, e outras criaturazinhas desse habitar hostil. Entre esses largatos, morcegos, cobras e etc. O que chama atenção nesse ponto é que as criaturas da animação são feias e sujas, o que faz contra ponto ao senso comum deste tipo de produção, onde as criaturas são quase sempre fofinhas e bonitinhas. Mas voltando ao filme ele tem o clima, a trilha sonora e o jeitão de faroeste. Um filme muito bem feito: desde a computação gráfica detalhadíssima ao roteiro muito bem amarrado e divertido. 

Observação: Atente para alucinação do Rango onde ele encontra um humano com as feições bem próximas as de Clint Eastwood. Ou no vilão que é uma cobra que usa o mesmo chapéu e bigode do personagem clássico imortalizado pelo Lee Van Cliff. Ambas referenciam a personagens da “trilogia dos dólares” do espetacular Sergio Leoni.  

13. Precisamos falar sobre kelvin
 
O filme tem uma premissa simples, conta a historia da relação entre uma mãe e seu filho, onde este caminha para ser torna um monstro. Algo parecido com mal feito Ônibus 174 do Bruno Barreto (e eu adoro cinema nacional). O filme questiona a natureza do mal, chegando a ser meio gratuito em algumas cenas. O filme é um suspense brilhantemente interpretado pela sempre ótima, e subestimada, Tilda Swinton. O filme também conta com uma direção segura e firme, apoiada em uma edição fragmentada, que só aumenta o clima de tensão do filme. Ao lado de “O Abrigo” esse é sem duvida o melhor suspense do ano. Com clima arrastado e sufocante o filme deixa em evidencia a cada quadro a dor e o desespero da personagem central perante a tamanha tragédia.

12. Conto Chinês
 
Eis um filme pouco falado nas listas vizinhas. Mas que sem a menor sombra de duvida é o filme mais delicioso de ser visto no ano. Esse filme argentino é uma comedia com toques de drama que mostra a história de um dono de uma loja de parafusos, rabugento e mal humorado, interpretado pelo sempre genial Ricardo Darín, que acaba encontrando, por acaso, um chinês perdido no meio Buenos Aires. E a partir daí eles acabam tendo que ficar juntos por um tempo, mesmo sem falarem nenhuma palavra do idioma um do outro, e com isso eles criam uma relação de amizade forçada pela situação. Com essa premissa simples (apesar do acontecimento que da inicio a essa situação seja é surreal e incomum) o filme é ótimo carregado de cenas engraçadas e emocionantes na dose certa. O roteiro apesar de simples é praticamente perfeito, sem nenhuma falha ou deslize. Filmaço! Com F maiúsculo, já vi no mínimo 3 vezes. Não deixe de ver de forma nenhuma!

Observação: A cena do clímax é dar um nó na garganta. A ultima cena é belíssima. A cara de coitado do chinês é impagável e faz contraponto perfeito a atuação de mal humorado de Darín. 

11. X-men: Primeira Classe
 
X-men: Primeira Classe é um dos melhores filmes de heróis da historia do cinema. Sem medo de usar os poderes e as cores no filme o diretor Matthew Vaughn (dos ótimos Kick-ass e Nem tudo é o que parece) deu sua visão dos mutantes da Marvel e acabou fazendo um filme divertido, inteligente e estiloso. O diretor não teve medo de brincar com o estilo, cafona, da década de 60 nas roubas, nos designs e vilões caricatos e etc. E acabou fazendo uma bela homenagem. Homenagem essa que vai diretamente oposta ao estilo moderno e cool de direção do diretor. E a com ajuda de elenco de um primeiríssima Michael Fassbender (Magneto), James McAvoy (Professo Xavier), Kevin Bacon e companhia o resultado não podia ser outro. Espetacular!

10. Melancholia
O diretor Lars Von Trier é um babaca, egocêntrico, metido a besta. Fato. Mas não há como não aceitar o seu talento. O cara já fez obras espetaculares como Dogville, Ondas do destino, O Reino (a macabra serie), etc. Mas também se excedeu e fez os mais ou menos Anti-Cristo e Os idiotas. O fato é que o cara ainda não fez nada que não merecesse pelo menos uma olhada. Voltando a Melancholia o filme não é uma obra-prima, mas é sem sombra de duvida um dos melhores filmes do ano. O filme se divide em duas partes: na primeira construida a partir do drama familiar, humor e sarcasmos (algo parecido com humor da serie “O Reino” do próprio Trier; ou com humor do clássico moderno “Festa de Familia” do diretor Thomas Vinterberg); a segunda metade faz jus ao titulo do filme e ao nome do planeta que está vindo de encontro com a terra no longa. Nessa parte o filme mostra um processo de aceitação, medo e melancolia em relação a um fim praticamente inevitável. De fato arrastado e triste, mas não menos belo. Pelo menos agora sabemos como seria se Lars Von Trier fosse escalado para dirigir “2012”.

Observação: Nesse filme o diretor exorciza suas próprias lembranças, ele esteve com depressão recentemente. A interpretação brilhantemente de Kirsten Dunst valeu a ela o premio de melhor atriz no Festival de Cannes em 2011.

9. O Abrigo
 
O Abrigo é um suspense psicológico apoiado em um drama familiar. É um filme muito bem orquestrado pelo seu diretor Jeff Nichols que sabe como poucos ir criando um clima de suspense crescente em cada cena. A dupla, de atores principais, Michael Shannon e Jessica Chastain estão impecáveis, o que da maior veracidade a situações. O longa questiona a paranoia, loucura e obsessão; e nos faz pensar até que ponto a fé deve ser seguida de fato. Embora os excessos de alucinações do personagem central torne algo meio repetitivo durante o filme, elas são fundamentais para construção do clima de suspense desesperador que vai só aumentando a cada minuto. Ate chegar a um dos clímax mais sufocantes da historia do cinema e a um final belíssimo. 

8. Separação
 
Esse ano teve um filme Iraniano que se tornou a grande sensação do Oscar ganhando o premio de melhor filme estrangeiro e conseguindo uma indicação de melhor roteiro original. O filme Separação. Com méritos diga se de passagem, um filme com premissa simples e cotidiana, mas que vai se desdobrando e crescendo em tensão durante o longa, ganhando quase um clima de suspense, sem utilizar qualquer recurso de estilização gratuita ou ações bruscas. Tudo no filme é baseado simplesmente nos diálogos e nos pequenos detalhes, o que torna o filme ainda mais inesquecível. Apesar de não ser um suspense, e sim drama, o filme com seu roteiro brilhante deixa qualquer um com a pulga atrás da orelha e agoniado ate a ultima cena.

7. A Pele que habito
 
Meus filmes favoritos do Almodóvar são dessa fase atual, onde ele parece ter encontrado equilíbrio perfeito entre seu estilo gritante e extravagante e um cinema mais cometido, tocante e sensível (vide Fale com Ela, Tudo Sobre a minha mãe e etc). Nesse filme não é diferente, na tentativa de criar seu primeiro filme de horror ele acabou fazendo um longa de suspense psicológico pintado com cores fortes, bem ao seu estilo, mas com sensibilidade única.

 Observação: Tentem para a grande surpresa do filme, que não podia ter vindo de um diretor diferente. Surpreendente e imprevisível!   

6. O Palhaço
 
Demorei ver “O Palhaço” só vi recentemente em DVD, mas espera valeu a pena. O filme do ator e diretor Selton Mello é uma ótima homenagem aos artistas itinerantes do circo e companhia. O filme conta a historia de Benjamim, um palhaço melancólico e perdido, tentando encontrar sua vocação e um sentido para sua vida. Enfim um longa sensível e inteligente, mas com influências populares como Mazzaropi, Didi e etc. Podendo ser definido como “um filme sofisticado com uma alma popular”.

Observação: A fotagrafia, enquadramentos, tempo de humor e cenários (retratos sempre com fotos de animais) são claramente influenciados pelo cineasta Wes Anderson. Assim como as influencias de Fellini visivelmente vistas desde na temática até a execução.

 5. Meia Noite em Paris
 
Os filmes que mais gosto de Woody Allen são suas comedias com tom fantástico como: Rosa Púrpura do Cairo, Desconstruindo Harry e companhia. No ano passado ele veio com um filme nesse estilo: Meia Noite em Paris. O longa faz uma fantasiosa declaração de amor a gerações passadas, grandes escritores, pintores, etc. No filme um escritor entediado com seus problemas pessoais, vivido por Owen Wilson, a meia noite volta no tempo e vai parar na Paris de 1920 onde ele encontra vários artista que povoavam aquelas ruas naquela epoca como F.Scott Fitzgerald, Gertrude Stein, Ernest Hemingway, Picasso, Dali, Bunel, etc. Filmaço! Deixa sua mensagem de forma sutil, cheio de diálogos afiadíssimos (como de costume afinal estamos falando de Allen), e carregado de nostalgia.
 Observação: Atentem para hilária cena com Dali e Bunel falam sobre rinocerontes e na cena onde o personagem central tem a saca principal do filme (dica tem a ver com dentistas). 

4. O Artista
 
Muitos falam que o filme não merecia todos os prêmios recebidos (o filme foi o grande ganhador do Oscar de 2011). Falam que filme só ganhou por causa do recurso estilístico utilizado (narrativa muda e preto e branco). E que na sua estrutura o filme é convencional e sem grandes surpresas. Mas o fato é que o filme é uma bela e bem vinda homenagem ao cinema, mais precisamente a transição dos filmes mudos para os falados, como não ser convencional ao tentar homenagear tempos como esses. Enfim um filme belíssimo que paga um belo tributo ao cinema de autora. Um longa que não faria feio se fosse lançado na década de 20 ou 30, com ótimas interpretações (incluindo ai um cachorrinho que rouba cena), direção, fotografia, mixagem de som, trilha sonora impecáveis.
 
3. Os descendentes
 
Sete anos após seu ultimo filme o diretor Alex Payne, mestre em comédias dramáticas com viés sarcástico (vide A Eleição, Confissões de Schimit, Sideways – Entre umas e outras), voltou com esse Os descendentes. O filme segue o mesmo estilo consagrado do diretor que cria uma obra perfeitamente dosada entre humor e as emoções de seus personagens. E com esse recurso acabou conseguindo, o quase impossível, tornou personagem extremamente rico e incomum em ser humano normal e cheio de qualidades e defeitos como qualquer outro. Nesse ponto deve se ressaltar também atuação perfeita de Cloney e resto da equipe. Um filme brilhante desde o emocionante clímax no hospital até a antológica e hilária cena com George Cloney correndo desengonçadamente de chinelos pelas ruas do Havaí (cena que com toda certeza vai  entra para história do cinema). 

2.  Driver
 
O cineasta dinamarquês Nicolas Winding Refn depois dos estilosos e alternativos Bronson e O Guerreiro Silencioso, fez seu primeiro filme em Hollywood ano passado. E ao contrario do que todos esperavam o filme é uma antítese do cinema de ação convencional. Apesar da premissa que conta a história de um dublê de Hollywood de poucas palavras (Ryan Gosling), que à noite trabalha como motorista de fugas para criminosos. E que ao conhecer sua vizinha (Carey Mulligan) e seu filho cria uma empatia com ambos criando assim uma relação familiar e de amizade com eles. E termina tendo que enfrentar perigosos criminosos para defender a mulher e sua família. O filme seria comum senão fosse à direção criativa, que merecidamente saiu campeã no Festival de Cannes ano passado, trilha sonora oitentista incomum, atuações acima da média e um roteiro que privilegia os sentimentos e relações a tiros e explosões. Um clássico moderno por excelência!

Observação: O filme tem cenas ação bastante violentas, cruas e sanguinolenta (mesmo!). O personagem de Ryan Gosling já é desde então um dos maiores ícone pop do cinema moderno: com sua jaqueta com desenho de escorpião nas costas, palito no canto da boca, poucas palavras e mistérios.
  
1. A Arvoré da Vida
 
Já fiz uma resenha sobre esse filme aqui no blog quando o vi no cinema. Na época ressaltei que filme por um fio não é perfeito em todas as suas vertentes. E que o diretor, o genial, Terrence Mallick (Além da Linha Vermelha, Terra de Ninguém) só escorrega na sua paixão excessiva pela imagem e pelas palavras (excesso de narrativa em primeira pessoa). Afinal, só assim para explicar o final que poderia ter um terço do tamanho que teve, uso de imagens fora de contexto (mascara de carnaval caindo no fundo do mar) e etc. Mas em tudo mais, essa paixão pela imagem acabou criando uma obra-prima de beleza única. O filme é extremamente sensorial e carregado de sentimento onde a edição e ordem cronológica não fazem a menor falta, por que filme podia ser muito bem mudo que mesmo assim ele continuaria, ou talvez se torna-se ainda mais, poderoso. Afinal as melhores sequencias são sem falas, inclui-se aí: o surgimento do mundo, os dinossauros, a infância, etc. Mais que um filme, uma experiência cinematográfica incomum e única. Cinema da imagem na sua mais bela forma. Filmaço! Não é o melhor de todos os tempos, mas com certeza é um dos melhores!

sábado, 12 de maio de 2012

Blockbusters 2012 - primeira parte







Esse ano de 2012 começou bem na questão de Blockbuster , o primeiro do ano foi Jogo Vorazes  que tras um filme com uma linguagem diferente , como se fosse um reality show de combate , elogiado por publico e crítica vale a pena conferir 
Em seguida veio o supergrupo de super herois  da marvel  veio arrebentando  cidade e bilheteria , o filme conseguiu  bater recordes de estreia que pertencia o ultimo  Harry Potter  no  Estados Unidos .
Esse verão americano promete com grandes filmes conferi o que vem ai .

Batlleship - A batalha dos mares  , o filme e baseado no jogo de tabuleiro  batalha naval porem para ficar mais divertido colocaram alienigenas (que estão na moda ) , o filme vem na direção de Peter Berg  (Hancok , O reino )  . Pode-se esperar um filme divertido e muita explosão .

Piratas Pirados  , uma animação em stop motion do copetente estudio de (Fuga das Galinhas  , Wallace Gromit a batalha dos vegetais ) inclusive é o mesmo diretor de ambos os filmes Peter Lord , Piratas Pirados  acompanha uma batalha de piratas para competir quem é o melhor com certeza  o personagem principal é um personagem comico  certeza que tem boas piadas para poder divertir .


MIB Homens de Preto 3  , como escrito antes alienigena está na moda nada melhor fechar a trilogia  MIB que traz Will Smith , Tommy Lee Jones  e Josh Brolin a trama passa em 1969 onde a dupla protagonista terá que voltar ao passado para poder salva um jovem agente k  para poder salvar o presente , o filme tem como expectativa piadas , ação , baratas viciadas em cafeína  e  cão informante que uma atração necessária para todas as tramas dos dois outros MIBS


Madagascar Os Procurados , Dreamworks vem esse ano com um filme garantido que terá uma boa bilheteria a conhecida franquia Madagascar , o filme trazerá os animais fugitivos do zoologico fará parte da famosisma compania de circo Intinerante , o filme aposta na genialidade dos pinguins , as patologias da girafa e muito me remecho muito  , uma franquia que ate agora valeu apena acompanhar  .

Branca de Neve e o caçador , um candidato forte para ser a bomba do ano um filme que traz a nova moda em fazer filmes de conto de fadas , o diretor é um estreiante torcemos que seja um cara inovador porém tem tudo para ser uns dos mais fracos dos grandes filmes de verão americano .

Prometheus , um dos filmes mais aguardado do ano é  um preludio da saga Alien  que traz Ridley Scot na direção pelas imagens e trailer parece que ficou um filme muito interessante  , segundo Scot  o filme dele é um 2011 uma odisseia no espaço com anabolizante , os filmes de Scot ultimamente ou são bons ou são um saco , acredito que Prometheus será aqueles filmes que não esqueceram tão facil .

Sombras da Noite , mais um filme da parceria entre Tim Burton e Jonny Deep o visual está impecavel  vamos ver se o filme não repete o chato Alice no país das maravilhas , o filme acompanha o vampiro Barnabás (Deep) que preso em caixão e acorda depoide de dois anos em tempo totalmente desconhecido e poucos dos familiares que o prederam conhece o segredo , o filme está lembrando muito quando Burton tinha a sua melhor forma para fazer filmes em os Fantasma se diverte  então parece que Burton vai voltar a fazer belos filmes , será uma boa para o cinema .
Aguarde semana que vem tem mais ....


Sobre o Autor:
Andre Camargos

Há cinco anos dedicado a sétima arte, sou membro criador do uvarau que tenho como objetivo expressar opinião sobre produções cinematografica, series de tv , quadrinho e musica. Sou cineasta amador participante da Parangolet Pictures. Também pretendo a aprender cada vez mais nessa jornada (que vamos compartilhar) chamada o uvarau.

DOUGLAS RIBEIRO

quarta-feira, 2 de maio de 2012

600 palavras (resenha): Os vingadores



Nota: 9,5


O que falar sobre filme dos heróis da Marvel que ainda não foi dito? Que é o filme mais divertido do ano? Que é o melhor filme da Marvel Estúdio até agora? Não sei o que dizer exatamente. Muito já foi dito, então não sei em que ponto essa resenha pode ser útil. Mas você já saiu do cinema com aquela vontade de contar para todo mundo sobre o filme que você viu? Foi o que aconteceu comigo depois de sair do cinema, então aqui estou eu. O filme é de fato muito divertido, não só por realizar o sonho nerd de juntar todos os super-heróis Marvel no mesmo filme, mas sim por que o filme é mesmo uma grande aula de como se fazer cinema pipoca de alta qualidade.

O filme é uma obra matemática onde não se tem uma cena perdida embora a trama bem construída, tenha de fato todos os clichês do gênero, a história é formada em cima de diálogos afiadíssimos, hilários, cheios de cultura pop e piadas com fama dos próprios personagens dos quadrinhos. Não seria exagero dizer que o filme é o filme mais engraçado do ano ate agora, todos os atores dos grandes astros aos de papeis secundários, incluindo ai nessa o hilário fazendeiro que encontra doutor Banner nu e desacordado em determinada cena do filme, todos estão no “time” perfeito, criando assim cenas muito engraçadas (seja através dos citados diálogos ou tiradas visuais).
Quanto a cenas de ação: Elas são grandiosas e surtadas, dirigidas com uma segurança surpreendente pelo diretor e roteirista Joss Whedon (Buffy - A Caça-Vampiros, Angel e Firefly). Essas cenas de ação conseguem ir aumentado em escala, emoção e perigo a cada novo arco do filme. Ate chegar ao seu ápice, o grandioso embate no meio da cidade no final do longa. Onde todos os heróis mostram suas maiores habilidades, se sacrificam e lutam juntos para combater o inimigo comum. Nesse ponto o filme explode em ação e humor como poucas vezes feitas no cinema. São vários elementos e personagens em cena, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e nem por isso o filme se torna chato ou causa dor de cabeça como nos Transformers 2 e 3, por exemplo. Importante dizer que mesmo nesse clímax o filme não deixa de lado o humor ou para de surpreender o publico, surpreender de verdade mesmo. Por exemplo, as ações do Hulk nesse momento do filme beiram o surrealismo. E pela primeira vez o personagem se torna uma figura realmente ameaçadora ou um ícone da cultura pop como deveria desde sempre.
 
Sobre os personagens: Hulk foi o principal responsável pelos urros e aplausos que ouvi no cinema; Homem de ferro, e sua esposa, foram donos das melhores tiradas; Thor e Capitão América encontram suas vocações e tem ótimas cenas; Enfim sem mais delongas todos estão impecáveis.

Enfim o filme superou todas as minhas expectativas, o longa é n vezes superior a qualquer outro filme da Marvel Studios até este momento. Além disso tudo, ainda sobra tempo para realizar “os fetiches nerds” mais aguardados como ter chance de ver os heróis se enfrentando, nesse ponto os fãs podem matar a curiosidade de ver como seria uma luta entre: A tecnologia do homem de ferro contra a força ancestral do deus do trovão? Qual é mais forte escudo do Capitão América ou martelo de Thor? Quem mais forte o incrível Hulk ou Thor?
 
Mas o ponto chave é que o filme consegue driblar os clichês, na maioria vezes usando o humor, e se acaba se tornando imprevisível! Filmaço! Cinema Pipoca de primeiríssima qulaidade!