segunda-feira, 28 de maio de 2012

600 palavras: Homens de Preto 3 (resenha)



Nota: 7,5

O que posso trazer de novo a uma resenha sobre o filme Homens de Preto 3, uma vez que o longa é um filme simples e não permite muitas leituras e nem interpretações, e  já teve diversas criticas espalhadas pela internet? Provavelmente nada. Isso é ao mesmo tempo bom e ruim. Isso me da liberdade para encurtar a conversa e ir direto ao assunto. 

Quando vi o primeiro filme da série em 1997, não entendia tanto de cinema, mas ainda sim tinha fica maravilhado com mistura bem dosada de ficção cientifica e humor. As criaturas eram nojentas, até ameaçadoras, tudo era uma novidade e funcionava brilhantemente. As brincadeiras com cultura pop e personalidades eram um achado. Tanto que filme vem envelhecendo muito bem nesses anos, ele continua sendo uma grande aventura, inteligente e criativa.

 O começo do novo filme não é muito animador e deixa claro que a série não sobrevivera um novo filme. Nesses primeiros minutos, que se passam nos dias atuais: não apresentam nada de novo, as piadas quase sempre se repetem, o visual e efeitos especiais já impressionam como impressionavam antes, o humor até funciona em alguns momentos, mas se é para ver tudo de novo basta baixar o primeiro filme (mesmo erro do MIB2).

Mas então 15 minutos depois o filme ganha força, e graça, quando resolve utilizar o manjado, o engraçado e inteligente (quando bem usado), recurso narrativo de viagem no tempo (De volta para futuro, Homem do futuro (nacional), até mesmo o Austin Power 2 - O Agente Bond Cama). Nesse ponto filme melhora e muito. Usando como muita inteligência brincadeiras e piadas com a cultura pop, o visual retro (inclui-se aí os alienígenas que nos anos 60 aparecem com aparência de como eram imaginados naquela época). Na verdade o filme melhora um pouquinho antes mesmo da viagem no tempo, mas não antes da inserção dos elementos de paradoxos temporais. 

A paritir daí surgem piadas afiadíssimas e hilárias como: a Mick Jaguer, com Obama (menininha bebendo leite), tamanho dos aparelhos, racismo, etc. Nesses momentos o filme se iguala em humor ao primeiro filme da série, as vezes até o supera criando as melhores piadas da série até aqui.  
 
Will Smith está seguro e engraçado (apesar de ele só fazer a mesma cara de “Que merda é essa?” o filme todo. Da até para lembrar do seu papel clássico na série “Maluco no Pedaço”). No mais é importante ressaltar também interpretação contida, mas mesmo assim impressionante do ator Josh Brolin que interpreta a versão mais jovem do personagem K (o ator Tome Lee Jones no dias presentes) de forma impecável. Assumindo cada jeito, feição e estilo do personagem. Provando mais uma vez que é um dos melhores atores da atualidade.  

Mas a sensação que fica é de um filme divertido, mas não deixa de ser mais do mesmo. Enfim em termos de viagem no tempo (em filmes recentes) eu ficaria com “O Homem do Futuro”, afinal os efeitos especiais de ambos são tão divertidos quanto, embora que em menor escala no filme nacional e o sentimentalismo é bem mais coeso e menos forçado também no filme brasileiro (vide surpresa do filme MIB3 que até funciona, mas está cheia de buracos narrativos). 

Conclusão o filme do MIB apenas fecha um ciclo e nos da uma chance de lembrar com mais gosto e nostalgia a série. Fazendo-nos esquecer do segundo e fraquíssimo filme da série, mas apenas isso. Diversão descompromissada, com qualidade e ótimas piadas! 

Obs: Senti falta também de um vilão mais carismático e ameaçador, ele parece apenas uma caricatura mal acabada de vilão. Uma Pena!

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