Nota: 7,5
O que posso trazer de novo a uma
resenha sobre o filme Homens de Preto 3, uma vez que o longa é um filme simples
e não permite muitas leituras e nem interpretações, e já teve diversas criticas espalhadas pela
internet? Provavelmente nada. Isso é ao mesmo tempo bom e ruim. Isso me da
liberdade para encurtar a conversa e ir direto ao assunto.
Quando vi o primeiro filme da
série em 1997, não entendia tanto de cinema, mas ainda sim tinha fica
maravilhado com mistura bem dosada de ficção cientifica e humor. As criaturas
eram nojentas, até ameaçadoras, tudo era uma novidade e funcionava
brilhantemente. As brincadeiras com cultura pop e personalidades eram um achado.
Tanto que filme vem envelhecendo muito bem nesses anos, ele continua sendo uma
grande aventura, inteligente e criativa.
O começo do novo filme não é muito animador e deixa
claro que a série não sobrevivera um novo filme. Nesses primeiros minutos, que
se passam nos dias atuais: não apresentam nada de novo, as piadas quase sempre
se repetem, o visual e efeitos especiais já impressionam como impressionavam
antes, o humor até funciona em alguns momentos, mas se é para ver tudo de novo
basta baixar o primeiro filme (mesmo erro do MIB2).
Mas então 15 minutos depois o filme
ganha força, e graça, quando resolve utilizar o manjado, o engraçado e
inteligente (quando bem usado), recurso narrativo de viagem no tempo (De volta
para futuro, Homem do futuro (nacional), até mesmo o Austin Power 2 - O Agente Bond Cama). Nesse ponto filme melhora e muito. Usando
como muita inteligência brincadeiras e piadas com a cultura pop, o visual retro
(inclui-se aí os alienígenas que nos anos 60 aparecem com aparência de como eram
imaginados naquela época). Na verdade o filme melhora um pouquinho antes mesmo da
viagem no tempo, mas não antes da inserção dos elementos de paradoxos
temporais.
A paritir daí surgem piadas afiadíssimas
e hilárias como: a Mick Jaguer, com Obama (menininha bebendo leite), tamanho
dos aparelhos, racismo, etc. Nesses momentos o filme se iguala em humor ao primeiro
filme da série, as vezes até o supera criando as melhores piadas da série até
aqui.
Will Smith está seguro e
engraçado (apesar de ele só fazer a mesma cara de “Que merda é essa?” o filme
todo. Da até para lembrar do seu papel clássico na série “Maluco no Pedaço”).
No mais é importante ressaltar também interpretação contida, mas mesmo assim
impressionante do ator Josh Brolin que interpreta a
versão mais jovem do personagem K (o ator Tome Lee Jones no dias presentes) de
forma impecável. Assumindo cada jeito, feição e estilo do personagem. Provando
mais uma vez que é um dos melhores atores da atualidade.
Mas a sensação que fica é de um
filme divertido, mas não deixa de ser mais do mesmo. Enfim em termos de viagem
no tempo (em filmes recentes) eu ficaria com “O Homem do Futuro”, afinal os
efeitos especiais de ambos são tão divertidos quanto, embora que em menor
escala no filme nacional e o sentimentalismo é bem mais coeso e menos forçado também
no filme brasileiro (vide surpresa do filme MIB3 que até funciona, mas está
cheia de buracos narrativos).
Conclusão o filme do MIB apenas
fecha um ciclo e nos da uma chance de lembrar com mais gosto e nostalgia a
série. Fazendo-nos esquecer do segundo e fraquíssimo filme da série, mas apenas
isso. Diversão descompromissada, com qualidade e ótimas piadas!
Obs: Senti falta também de um
vilão mais carismático e ameaçador, ele parece apenas uma caricatura mal acabada
de vilão. Uma Pena!
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