sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dez nomes que poderiam dirigir Star Wars episódio 7




Depois que a Lucas Films foi comprada pela Disney não se fala mais nada, nos sites relacionados a cultura e cinema, além do  "Star Wars episódio 7" que será feito. Muita gente a favor e muita gente contra, o que é normal devido o  tamanho e importancia da franquia, ter palpiteiros para elogiar e para criticar não vai faltar.
A procura por diretores que topa fazer o projeto está escaça pois os diretores conceituados estão empregados e fazendo seus projetos para o ano que vem então tentando procurar alguns diretores que encachariam no perfil da serie e poderiam fazer até melhor que o senhor George Lucas, que vamos convir nunca foi mestre Jedi em direção de atores e técnica.


10.Duncan Jones

Já provou que um bom diretor de ficção cientifica e ótimo cineasta autoral, com os excelentes "Lunar" e "Contra o Tempo" seria uma oportunidade para se firmar no cinema comercial. Imagina o que ele poderia fazer tendo um universo cheio de possibilidades como Star Wars para poder explorar .



9.Alex Proyas

Sendo um dos nomes mais promissores da década de 90 Proyas não tem um projeto grande nas mãos desde do "Eu Robô" mesmo tendo o astro Will Smith (talvez o principal problema do filme) o longa não foi bem aceito pela critica e se tornou rejeitado pelo próprio diretor que sabe que poderia ter feito bem mais, pois estava adaptando o livro de um dos mais conceituados escritores de Ficção, mas teve que aceitar o controle dos produtores e estudio sobre sua obra. Proyas ainda sabe filmar bem e tem talento de sobra seria um bom nome para o universo "Stars Wars".


8.Robert Rodriguez

 Como dizem por aí nas noticias o estúdio tentou o contato com Quentin Tarantino e o mesmo recusou o projeto, o genérico mais palpável é o diretor Roberto Rodriguez, apesar de está perdendo prestígio por causa de seus projetos infantis  e filmes de qualidade questionaveis Rodriguez consegue fazer filmes divertidos como ninguém e poderia assumir o cargo tranquilamente pois alguns dos ultimos filmes que George Lucas dirigiu nem divertidos são.




7. Brett Ratner

Esse é um nome que os fãs de alguma franquia sempre tem medo quando o nome dele está envolvido no projeto, pois sempre quando ele relacionado algum filme se sabe que o filme vai redondinho como os produtores querem. Mas particularmente não vejo problema algum em ele assumir a franquia pelo menos vai poupar notícias de possíveis brigas com estúdio, diretores abandonando projeto e problemas de produção. Por que alguém acha que em uma franquia que envolva tanto dinheiro os produtores vão deixar algum cineasta dar palpite, ser autoral ou fazer de diferente de verdade?.




6. Joss Whedon

Mostrou nesse ano um dos melhores filmes cine-pipoca dos ultimos tempos que foi os "Os Vingadores". E com a boa relação entre Marvel, Disney agora  Lucas Films poderiam passar o cargo de diretor para Joss Whedon que já mostrou que sabe fazer cinema divertido, inteligente e empolgante como poucos. Mas tem um enorme detalhe, ele que está trabalhando na continuação de "Os Vingadores". Ele poderia tocar as duas produções "Os Vingadores 2" e "Star Wars 7", afinal o primeiro está cotado para ser lançado apenas em 2015? Meio dificil, mas poderia dar certo.



5. Spike Jonze

Um dos melhores diretores da atualidade, apesar de saber que ele não pegaria esse projeto, eu tenho curiosidade em ver como seria o estilo particular de Spike Jonze a serviço de uma série desse porte. Com certeza os personagens ganhariam mais atenção e emoção, isso poderia gerar decepção para alguns fãs afinal história e personagens melhores daria menos tempo para ação, mas seria no minimo curioso ver um cara talentoso e estilosos com Jonze comando um novo Star Wars.




4.Kevin Smith 

Como Kevin Smith dentro da comédia está sendo sem graça nada e errando os projetos. Nada como mudar de estilo para poder tentar ressuscitar a carreira. Ele já provou várias vezes ser fã de Star Wars e uma vez que JJ.Abrhams que era fã de "Star Trek" e conseguiu fazer um excelente trabalho, prova disso que está pra lançar o segundo filme. Ter a visão de um fã seria interessante, quem sabe ele não se redime pelos ultimos fracassos e acerta mão. George Lucas já provou que não precisa ser um grande diretor para comandar a série mesmo, então quem sabe?



3.Brad Bird

O diretor já esteve na Disney Pixar onde fez as brilhantes animações "Os Incriveis"e "Ratatuille"  é um diretor de uma grande sensibilidade e já mostrou que da conta de extrair o que história tem de melhor exemplo o ótimo "Missão Impossível 4 - Protocolo Fantasma". O diretor deu conta de migrar da animação para o live-action com um brilhantismo de poucos é  um dos nomes que creio que daria mais certo para assumir a franquia e dar algo a mais a ela.





2.Neill Blomkamp 

Dentro da ficção-cientifica atual um dos caras que mais citados como promessa no genero, apesar de ter só um filme no curriculo "Distrito 9", é Neill Blomkamp. Talvez lidar com tal franquia cheia de fãs e interesses poderia ser um problema para o diretor ainda novo, apesar dos outros filmes dele serem produções relativamente grandes eram trabalhos mais autorais, essa falta de experiência com produções gigantescas poderia contar contra ele, mas o fato que ela já se mostrou um diretor promissor e talentoso.



1.Tomas Alfredson 

Grande talento do sueco Tomas Alfredson está em evidencia depois de dois brilhantes filmes "Deixa ela entrar" e o "Espião que sabia demais" sendo dois filmes completamente diferente em si, mas tendo evidente estilo particular e talento de direção unico.  Alfredson conseguiu mostrar uma quase perfeição no dominio da direção, poderia tranquilamente fazer o melhor Star Wars até hoje, bem que seu estilo autoral não se encaixe muito em filme de estúdio, não custa torcer por algo unico e diferente.


Vamos ver que rumo que essa produção vai tomar, tomara que seja um filme que respeite o tamanho da franquia e os seus muitos fãs que vem dedicando a vida a essa franquia, tomara que a Disney consiga cuidar conforme ela vem cuidando das suas produções da Marvel, Pixar e seus novos desenhos. Pois não custa lembrar que quando Marvel foi comprada muitos criticavam mais nada de tão terrível aconteceu, então é melhor esperar as produções serem para concluídas para se ter uma opinião incisiva. Com certeza que Stars Wars estará em melhores mãos do que com a "Lucas Films" que só tem chupado a série lançando versões modificadas, resmaterizadas, 3D e de volta e meia novos filmes dispensaveis.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

2012 um ano de boas comédias!? - Parte 3 (Anjos da Lei e Ted)

Deixei para finalizar esses post sobre as principais comédias de 2012 com as duas melhores do ano.




Anjos da Lei

Nota: 8

Quando vi o primeiro trailer desse remake da série clássica Anjos da Lei não tive uma impressão muito boa. A série original tinha um tom sério carregado de valores como amizade, dilemas juvenis e etc. Era até meio charope no estilo "lição do dia". Já o trailer desse filme tinha o linguajar sujo, humor pesado e sem pudor. Meu medo era que esse filme se torna-se em algo raso e sem qualquer criatividade tipo "American Pie" e aproveitasse do nome da série para arrancar dinheiro dos fã nostálgicos (acho que não muitos, eu mesmo não sinto tanta falta da série).


Ao ver filme tive uma surpresa apesar do começo clichê (mas necessário para entender as mudanças que houve entre as gerações dos jovens na época da série original e os jovens de hoje em dia). Enfim o filme se demonstrou muito mais antenado que eu esperava. Um exemplo disso são sacadas como: antigamente os nerds eram os coitados da escola, hoje eles são descolados e bem sociáveis; o politicamente correto ( e ambientalmente correto) predominam; 


Unindo esse ponto do humor do filme está bem sintonizado com essa geração temos também uma relação de amizade forte e desavergonhada entre os protagonistas (o tal "bromance" no estilo de filmes como Eu te amo cara, Parto de viagem), linguajar sujo e humor nonsense...unindo todos esses pontos o filme se aproxima muito mais de Superbad do que qualquer outro filme de comédia sobre adolescentes.


O filme tem um humor cínico, nonsense (alternando cenas constrangedoras com silêncio e sons desconcertantes), piadas físicas, piadas com os clichês do cinema de ação (perseguição de carro do filme é impagável), piadas verbais cheias de referencia pop e claro piadas relacionadas a amizade entre os protagonista. E todas essas piadas funcionam maravilhosamente bem, mas só funcionam por que são bem sacadas e contam com as ótimas atuações, improvisações da dupla carismática de protagonistas.

Embora o filme soe mais como uma parodia da série antiga do que que com um remake. O resultado é muito positivo. Se na série dos anos 80 tínhamos um draminha de artes marciais e aqui temos uma comédia cínica sobre amizade. Na verdade o que temos aqui é uma reimaginação inteligente e muito engraçada.

obs: o filme faz uma série de homenagens a série antiga nos figurinos, participações especiais e muitas piadinhas relacionadas a mesma.

Ted

Nota: 8.5


Ted é o melhor filme de comédia do ano. A partir de um singelo clichê, de conto de fadas, onde uma criança faz um desejo que se torna realidade, no caso aqui um urso pelúcia que ganha vida, o diretor estreante Seth MacFarlene cria uma comédia hilário e muito bem orquestrada.

Muita gente vai ao cinema porque quer ver um ursinho fofinho fazendo mil loucuras, essa quebra completa do que se esperava de um personagem infantil torna o filme engraçado e surpreende para grande publico. Assim como tem também muita gente (topeiras) que ignoram a censura do filme, o cartaz que mostra um urso no mictório de adultos segurando uma cerveja e vão no cinema sem saber nada sobre o filme (e de quebra levam as crianças achando que vão ver a novo clássico musical fofinho da Disney). Enfim tantos os que vão ver o filme errado, quanto a maioria dos que já esperam um ótimo filme na maioria das vezes gostam do filme por motivos errados, ou menos importantes, e ignoram as melhores qualidades do filmes. Muitos gostam simplesmente por causa do efeito “Nossa que urso doidão fumando maconha!”, "O ursinho ta fazendo sexo" e etc.

Mas verdade o filme só funciona com maestria devido a diálogos cheios de referencias pop (incluindo atuais, sem medo de soar datado com passar do tempo), boas interpretações cheias de carisma do trio principal (Mark Wahlberg, Mila Kunis e o urso dublado Seth MacFarlene), a direção elegante, trilha sonora super tradicional (bem escolhida) e roteiro apesar de simples na medida certa. Essa direção e texto se deve Seth MacFarlane que é criador do desenho Family Guy, que tem uma temática adulta e um humor muito critico, e aqui na sua estréia como diretor ele traz com ele esse humor na comportado. 


Enfim tudo só funciona porque: 



1. É preciso acreditar nos personagens, por mais irreais que eles sejam. E aqui isso acontece o urso é muito carismático, assim como amizade dele com dono que é bem convincente. Até romance do protagonista com a namorada soa mais verdadeiro do que em qualquer episodio da saga "Crepúsculo" por exemplo. 



2. A direção é muito bem cuidada, que aqui caminha de forma bem tradicional no melhor estilo clichê de filme de natal. Mas esse clichê muito bem dirigido e elegante (incluindo a trilha sonora) é importante para que ele seja posto em choque com os diálogos, as ações e piadas totalmente politicamente incorretas do filme.

O resultado é um filme inteligente muito engraçado. A cena da festa com Flash Gordon entrou para as poucas vezes que ri realmente alto no cinema. Sem falar em inúmeras sacadas inteligentíssimas envolvendo cinema e cultura nerd em geral. Filmaço! Muito bem feito e criativo.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

2012 um ano de boas comédias!? - Parte 2 (American Pie - O Reencontro e Projeto X)


American Pie - O Reencontro


Nota: 6






O primeiro a American Pie tem o mérito de ser uma clara homenagem ao cinema adolescente com humor físico e cheio de conotações sexuais da década de 80 como: Porky's e Picardias Estudantis. Claro que o resultado nem de longe é tão bom quanto os dos filmes citados acima e nesse mesmo período os Irmãos Farrelly já faziam comédias com esses conceitos, que apesarem de não ter adolescentes como personagens, bem mais redondas Quem vai ficar com Mary por exemplo. Pensando por esse prisma pode se entender que o maior mérito realmente do primeiro filme da franquia foi popularizar novamente para bem (os vindouros Superbad ou ótimo Show de vizinha) ou para o mal (franquia de filmecos lançados direto em vídeo: American Pie 5, 6, 18. Entre outras porqueiras) essas comédias sobre adolescentes e escolas.

Nesse quarto filme (os lançados em vídeo são desconsiderados até pelos próprios produtores) o elenco original dos 3 primeiros estão de volta. E assim como nesses 3 primeiros longas da franquia esse novo filme tem certas qualidades uma produção digna e esboço de roteiro aceitável (apesar de que todas piadas e situações serem as mesma nos quatro filmes). Nesse quarto filme temos os mesmos pequenos dilemas sobre amadurecimento, problemas relacionamento (afinal esse filme se passa 10 anos depois da formatura da faculdade e muitos personagens estão casados ou com filhos) e etc. As mesma piadas de sempre envolvendo constrangimento sexual ou a falta de noção de algum personagem.


O filme tenta ser emocional e apelar para a nostalgia dos fãs que cresceram como os personagens e como eles agora são adultos, o problema que esses personagens não são tão inesquecíveis quanto pensam os produtores. E tudo que o longa consegue ser é um filme bacaninha e bem feitinho. Talvez com roteiro melhor ou diretor mais talentoso o resultado poderia ser outro afinal se pensarmos bem "Passe Livre" já é tudo o que esse filme deveria ter sido. Então comédia por comédia prefira os irmãos Farrelly.
Projeto X

Nota: 7.5




Tem gente por aí falando que esse filme não é uma comédia...o fato é simples: Ele é uma comédia adolescente sim, no estilo American Pie e Superdad. A diferença aqui é que se trata de filme produzido por Todd Phillips logo a gente consegue sentir o suor, o sangue, a sujeira dos seus personagens. Phillips faz comédias ("Se beber não Case", "Parto de Viagem") onde ambientação, maquiagem e fotografia se aproxima muito da realidade (ou até exagera ela para ter os personagens bem palpáveis). Moral da história nos filmes de Phillips não se tem aquele desdém com comédia onde as pessoas se machucam e nada acontece (tipo: "Nossa é uma comédia o cara não pode sangrar tanto assim ou ficar sujo desse jeito) ou por aquele ar de desprezo do tipo: "é uma comédia por que vamos gastar com cenários realistas" ou "É uma comédia os moveis tem de ser coloridos e alegres" (Globo filmes! antes que alguém grite). Então invés termos tudo limpinho e arrumadinho a lá "American Pie" temos uma festa de verdade, destruição genuína e quase podemos sentir cheiro de fedor do protagonista todos suado, olhos inchados e sangrando no final do filme.



Ok, esse é o grande mérito do longa, mas como filme ele peca primeiro por ter co-protagonista, o tipico amigo falastrão, que não tem o menor carisma e demasiadamente chato e clichê. Não que o protogonista assim como todos os outros personagens não sejam apenas os mesmos esteriótipos de sempre, mas este ainda se saem bem e não prejudicam o filme. A estética tipo filmagem achada (Bruxa de Blair, Cloverfield) funciona bem aqui também. E longa também tem seus momentos engraçados, principalmente ligados aos seguranças mirins arranjados para festa, ou ao olhar do protagonista vendo que as estão fora de controle.




Enfim anos luz melhor que qualquer "American Pie", mas muito aquém de "Superbad". Tem como maior mérito o fato de retratar essa juventude americana (uma festa dessa juventude) de forma bem realista, e já em outros momentos exagerar em tudo sem medo de beirar surreal ou violento demais...É uma especie de "American Pie" com uma festa de verdade, adolescentes de verdade, sangue, suor....

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

CineBH resenhas: Tabu, Holly Motors e A Hora e a vez de Augusto Matraga


CineBH: A Hora e a vez de Augusto Matraga


Nota: 6,5


Um dos filmes que mais queria ver no CineBH era esse A Hora e vez de Augusto Matraga. O filme é baseado no livro de Guimarães Rosa meu autor favorito da literatura brasileira, o longa veio glorificado como o grande ganhador do festival do Rio, tem um ótimo elenco e etc. Talvez por causa dessa grande expectativa a sensação que tive ao acabar de ver o filme foi a de decepção.

O filme tem uma direção de arte e um senso estético muito bom, mas o diretor abusa de trilha sonoras forçadamente emotivas (em cenas que deviam evocar emoção, mas não evocam pelo simples motivo de não importamos de verdade com os personagens). As cenas de ação são bem dirigidas, mas soam muito artificial (principalmente no climax). Ou seja, o filme tem todos os elementos necessários para fazer sucesso com grande publico, mas por ter um roteiro preguiçoso (atitudes não justificadas que são tomadas pelos personagens e a de alguma relação emocional verdadeira com personagens).

A unica coisa que se salva realmente no filme são as boas atuações, prejudicadas pelo roteiro fraco citado a cima, de João Miguel, José Wilker e outros. A melhor coisa do filme é personagem do ator e comediante Chico Anisio (seu ultimo papel no cinema) que está realmente ameaçador e crível.

Uma pena! Tinha tudo para ser um ótimo filme de verdade.

CineBH: Holy Motors

Nota: 8



Esse é o primeiro filme de Leos Carax (Pola X) desde 1999, nesse período ele só tinha dirigido um dos curtas do longa Tokyo. E de cara aqui ele resolve fazer um monte de filmes em um, a impressão que fica é que ele está tentando tirar o atraso por todos esses anos parado fora do cinema. Talvez por isso o longa acaba sendo incompreensível e enlouquecido. Mas de qualquer forma o filme  tem um resultado muito incomum e intrigante para bem e para o mal.

Embora muitos detestem o filme, quase sempre por não entender a proposta principal do longa, afinal a unica proposta aqui desconstruir e satirizar o cinema convencional. Holly Motors é na verdade uma comédia surrealista (comédia mesmo, beirando uma especie “pastelão cult”. vide:quando personagem chega em casa ou cena final), enlouquecida e tecnicamente brilhante.

O único pesar é que se talvez Leos Carax quisesse fazer uma trama mais séria poderíamos ter uma obra prima absoluta (talento não lhe falta), não que humor aqui seja um grande problema pois é exatamente o que torna o filme delicioso. Mas fato é que em pequenos momentos ele perde o freio e exagera. Moral da história no momento em que sai do cinema o filme me pareceu apenas um bom filme surtado, mas agora a cada momento que lembro do filme gosto mais dele digerindo cada cena calmamente. Como disse David Lynch uma vez que perguntaram sobre a estranheza dos seus filme: “A vida não faz sentido, por que meus filmes tem que fazer!”.

CineBH: Tabu

Nota: 7,5

Tabu é o novo filme do jovem cineasta Miguel Gomes. Aqui nesse filme ele faz uma clara referencia ao clássico de mesmo nome "Tabu" dos diretores F.W. Murnau e Robert Flaherty de 1931. Isso fica claro na estética (preto e branco, etc) e na estrutura narrativa (que no filme clássico a história era divida em dois capítulos "Paraíso" e "Paraíso Perdido", e aqui nesse filme ele utiliza a ordem inversa "Paraíso Perdido" e "Paraíso").

Na primeira parte "Paraíso Perdido" vemos uma história que se passa nos dias de hoje. A história dos últimos dias de uma senhora, Aurora, que vive com ajuda de uma empregada negra e da boa vontade de sua vizinha, Pilar. Aurora é mulher solitária está sempre a espera da sua filha que nunca vem visita-la. Nessa parte o filme é sensível e cheio de humor abusando de situações relacionadas aos devaneios, o mal humor e tiradas sarcásticas de Aurora.

Na segunda metade o "Paraíso" vemos um grande flash back sobre o passado de Aurora e seu grande amor perdido. Nesse segunda metade o filme é filmado é totalmente mudo (com narração em off contando a história). Nessa segunda parte o filme mantém o humor e clima emotivo, mas se torna meio arrastado

O longa enfim é uma grande homenagem ao cinema, muito bem dirigido e organizado. Mas devido o fato de ser um filme de homenagem claro, ele corre o maior dos perigos desse tipo de longa o de deixar essa homenagem ficar na frente da própria história. Mas enfim um ótimo filme! Corajoso e muito bem dirigido! obs: A ótima fabula contada no começo do filme é um achado, que se encaixa perfeitamente com roteiro e o resto da narrativa. Uma perola!