Estava aqui pensando o que postar como recomendação umas das coisas mais interessantes que vi ultimamente foi um jogo chamado Limbo.
Ele é um jogo de quebra cabeças e é um game independente e umas das maiores caraceristicas o jogador nao consegue ver nitidamente o personagem que controla fica atras de uma sombra que lembra filmes de horror do expressionismo alemão.Vejam o trialer
Estava navegando pelas ondas da internet ate que achei um fã vídeo nele fizeram como se Wes Anderson tivesse dirigido o filme do aracnídeo.
Pra quem não sabe Wes Anderson é um dos diretores mais renomados e inovadores dessa decada ,as suas maiores características são os personagens secos e as cores vivas.
Elenco: Robert Downey Jr. (Homem de Ferro), Chris Evans (Capitão América), Chris Hemsworth (Thor), Jeremy Renner (Gavião Arqueiro), Mark Ruffalo (Hulk), Scarlett Johansson (Viúva Negra), Samuel L. Jackson (Nick Fury), Clark Gregg (Agente Coulson), Cobie Smulders (Maria Hill), Tom Hiddleston (Loki), Stellan Skarsgard (Dr. Selvig) e Amanda Righetti (agente da SHIELD).
Joss Whedon escreveu o roteiro e dirige o filme. A estreia está marcada para 4 de maio de 2012.
O que esperar: O filme evento do ano, por mais que o filme não dê certo, não há aquele nerd que vai deixar de está no cinema no dia 4 de maio de 2012. O sonho de cada nerd e fã de quadrinho vai se torna realidade (na verdade todo mundo queria ver mesmo o Liga da Justiça, mas quem não tem cão caça com gato). O filme faz parte de uma iniciativa da Marvel Estudios que vem criando uma série de filmes de sucesso a partir da adaptação dos quadrinhos de seus super- heróis como: Homem de Ferro, Thor, Capitão America e Hulk (só para constar homem-aranha, demolidor, motoqueiro fantasma e X-man são de outros estúdios como Fox e Sony. E não da Marvel Estudios). A Marvel vem fazendo essas adaptações de forma que esses filmes tivessem ligações narrativas entre si e caminhasse para uma aventura onde todos se reuniriam, no caso: Os Vingadores. Muito embora essas ligações venham sendo criticadas, eu particularmente defendo e acho muito criativa a ideia da Marvel de criar um universo de quadrinhos no cinema.
Nos filmes da Marvel o vinculo comum entre os longas pode ser notado na presença da organização misteriosa Shield representadas pelo papeis de Scarlett Johansson (Viúva Negra), Samuel L. Jackson (Nick Fury) e Clark Gregg (Agente Coulson). E nos flashes após créditos dos filmes onde há sempre um prequel do que está por vim.
O que esperar do filme em fim? Um diretor sem histórico como cineasta, mas velho conhecido dos quadrinhos e da TV, onde criou seriados cultuados como Buff – A caça vampiro (não muito animador né!) e ótimo Firely. Nesse ponto é difícil de saber o sucesso da empreitada, o que resta é esperar.
Já em relação ao elenco o filme possui os atores dos filmes solos da Marvel o que é algo excepcional. Vide: Robert Downey Jr. (Homem de Ferro – sempre ótimo), Chris Evans (Capitão América – se saiu muito bem), Chris Hemsworth (Thor – segura as pontas com louvor), Jeremy Renner (Gavião Arqueiro – em alta no cinema de ação e é ótimo ator), Mark Ruffalo (Hulk – grande ator), Scarlett Johansson (Viúva Negra – sem comentários), Samuel L. Jackson (Nick Fury – sempre eficiente) e Tom Hiddleston (Loki).
No fim das contas o filme tem 50% de chance de dar errado e ser uma droga uma vez que é um filme muito arriscado e diferente de tudo já feito no cinema baseado em quadrinhos. Mas pode ser um sucesso muito grande, e o filme de quadrinho mais divertido da história do cinema. É esperar e para ver.
Primeira Impressão: O trailer é muito rápido, mas deu para notar o clima realista com tiradas cômicas na medida certa como de costume nos filmes da Marvel. A direção técnica de Joss Whedon me pareceu bem satisfatória. É um bom micro trailer!
Elenco: Henry Cavill (Superman), Amy Adams (Lois Lane), Michael Shannon (General Zod), Antje Traue (Faora), Diane Lane (Martha Kent), Kevin Costner (Jonathan Kent), Julia Ormond (Lara), Russell Crowe (Jor-El), Harry Lennix (General Swanwick), Laurence Fishburne (Perry White) e Christopher Meloni.
Superman - O Homem de Aço foi escrito por David Goyer baseado em uma história que ele criou com Christopher Nolan, produtor do filme. E é dirigido por Zack Snider. O filme estreia em 14 de junho de 2013.
O que esperar: Zack Snider é o diretor que melhor representa a classe nerd e fãs de quadrinhos da atualidade. É um mestre do cinema de fantasia e aventura. Ele fez duas das melhores adaptações de quadrinhos da história (300 e subestimado Wathmen), tem um estilo visual único e é um bom diretor de ator, não há como negar.
Contra Snider temos dois filmes lindos visualmente, mas irregulares: A lenda dos Guardiões (tudo bem afinal filme infantil não é praia dele mesmo! Dá para perdoar.) e Sucker Punch (que é um exercício de estilo, algo meio olha como eu sou foda!).
Mas tem uma chance melhor de se redimir se não dirigindo o maior ícone dos quadrinhos? Superman. Só de imaginar um filme do Superman com todo estilo e beleza técnica dos filmes do diretor é muito animador (socos em câmera super lenta no céu! Pode dizer um mais afoito!). A presença de vilões realmente ameaçadores: como Zod e Ursula, ambos vilões vindos do espaço e com ligações com passado do homem de aço, também contam a favor do filme.(obs: Principal defeito do Superman –Retorno não é falta de ação, pois filme é bom como uma homenagem aos filmes antigos do diretor Richard Donner. O problema é que nessa homenagem Lex Luthor foi diminuido há um personagem cômico e caricatural! Uma pena pois ele é um vilão espetacular).
Você pode perguntar só estilo visual consegue segurar o filme. A resposta é: o roteiro foi escrito por David Goyer (Batman – Begins, Batman – O cavaleiro das trevas) baseado em uma história que ele criou com Christopher Nolan (não precisa nem apresentar no fim das contas Goyer e os Nolan foram responsáveis pela série de novos filmes do Batman), produtor do filme. É só esperar a estreia, uma pena que é só em 2013.
Primeira Impressão: Pela o clima de destruição, a roupa com tom escuro e ar de quem tá no meio de uma encrenca do Superman! Parece que vamos ver um filme de verdade do maior ícone dos quadrinhos mundial.
1 – O cavaleiro da Trevas: Ressurge
O terceiro e último filme de Batman dirigido por Christopher Nolan estreia no Brasil em 27 de julho de 2012, uma semana após o lançamento nos EUA.
O que esperar: Amnésia, Batman – Begins, Grande Truque, Batman – Cavaleiro das Trevas e A Origem. Não precisaria nem continuar depois postar o currículo do diretor, ainda que soltando alguns filmes.
Alguns acham que sem Heath Ledger como coringa o filme perde força, concordo. A atuação Ledger como coringa é espantosa, mas o personagem é daquela forma em grande parte devido a roteiro que descreve o personagem como força da natureza. Senão temos o nosso vilão favorito, temos pelo menos um roteiro que se continuar no mesmo caminho dos outros trabalhos diretor, pode nos surpreender muito e pode radicalizar a estrutura dos filmes baseados em quadrinhos.
O diretor já deixou claro que não vai deixar espaços para continuações e que esse será o fim de saga (com esses atores e com ele na direção). Apesar da trama, sugerir ligações com vilão primeiro filme (vivido por Liam Nelson, como uma forma de amarrar história da trilogia) e a adição da mulher gato vivida pela atriz Anne Hathaway, o vilão principal do filme é o Bane personagem que nos quadrinhos deixou Batman na cadeira de rodas. Bane nos quadrinhos não é só mais forte como mais astuto que homem morcego (bem diferente da versão do filme da década 90 onde ele era é só mula musculosa). O ator escolhido para ser o vilão é Tom Hardy (ator perfeito para papel de brutamontes, inteligente e excêntrico vide sua atuação no curioso: Bronson). Hardy já havia trabalhado com diretor em A Origem e repete a dose agora.
Pois é expectativa está muito alta, talvez esse seja o único revés para filme que encerra trilogia do homem morcego.Fazer o que? Se depois de dirigir o melhor filme de quadrinhos da história ele fez em seguida uma das melhores ficções cientificas da década (com pouco de exagero uma das melhores da história).
Só para constar, pois ninguém fala dele: Christian Bale vem de um Oscar, o que o confirma como um dos maiores atores da atualidade. É uma pena ter se despedir dele como Homem Morcego.
Primeira Impressão: Trailer é emblemático! Remete A Origem na cena com os prédios se desfazendo e na trilha sonora impactante. Tenente Gordon no hospital da entender que coisa tá feia. Vultos do Bane deixa salivando para ver o quebra pau. Chega 2012!
Aproveitando o lançamento do filme do Lanterna Verde na ultima sexta resolvi postar uma lista com os 5 filmes de super-heróis a serem lançados no cinema (em 2012). Esses próximos filmes não só prometem superar os filmes desse ano, (vide os medianos Lanterna Verde e Thor; O bom Capitão américa – Primeiro Vingador; e quem sabe superar o espetacular X-men: Primeira Classe?!) como podem vim ser verdadeiras obras primas. Chance de vermos os melhores filmes super heróis da história do cinema são altas com filmes de diretores visionários com Zack Snider e Cristopher Nolan (trabalhando junto em SuperMan, Nolan produtor e Snider diretor e separados no filme do Homem Morcego, do Nolan). Com Motoqueiro Fantasma dos diretores malucos responsáveis pelas insanidades Adrenalina 1 e 2 e Gamer. E o novo homem-aranha do diretor Marc Webb, responsável por um dos melhores filmes da década 500 dias com ela.
Sem um comandante inexperiente, mas um excelente escritor Joss Whedon, está Os Vingadores que tem do seu lado ser primeiro filme a reunir todos super-heróis da Marvel em um filme só. É isso vamos a lista:
5 – Motoqueiro Fantasma 2
Johnny Blaze (Nicolas Cage) é encontrado por um culto, que o recruta para enfrentar o diabo (Ciaran Hinds), que pretende encarnar no corpo de um garoto, Danny Ketch, no dia do aniversário do menino. Johnny Whitworth fará o vilão Blecaute (Blackout).Christopher Lambert e Violante Placido também estão no elenco. O roteiro é de Scott M. Gimple e Seth Hoffman, a partir do argumento de David S. Goyer.
Motoqueiro Fantasma: O Espírito da Vingança estreia em 17 de fevereiro de 2012, em 3D e 2D, com direção de Brian Taylor e Mark Neveldine (Adrenalina, Gamer).
O que esperar: O filme tenta corrigir as falhas do filme antecessor visto pelo estúdio e elenco como uma abordagem errado do personagem. Mas invés de fazer um recomeço seguiram o caminho da continuação com clima e tom totalmente diferente do original. Para essa função escolheram os diretores malucos Brian Taylor e Mark Neveldine (Adrenalina e Gamer) os dois ficaram conhecidos com seus filmes que emulam estilo de vídeo game, cheios de ação absurda, roteiros que vão do mau gosto extremo às tiradas inteligentes e edição para lá de eficiente, beirando a loucura (exemplo do mau gosto pode se ver na cena da corrida de cavalo no filme Adrenalina 2 e exemplo da edição criativa pode ser vista no mesmo filme quando personagens se torna bonecos lutando como nos seriados do Jaspion!?). Na minha humilde opinião é uma escolha acertada para personagem, pois uma versão hardcore do personagem é que todo mundo que fã motoqueiro que ver no cinema. Os dois diretores são insanos (vide histórias sobre eles controlando as câmeras em alta velocidade, sobre patins e outras peripécias).
Primeira impressão: É só olhar trailer que da para notar que clima vai ser bem punk. Nicolas Cage se sai muito bem como louco e agora com diretores certos pode vim puta filma. Repare no fim do trailer o motoqueiro mijando fogo. É boa ideia do que esperar do novo filme do motoqueiro.
4 – O espetacular Homem-Aranha
No elenco estão Andrew Garfield (Peter Parker), Emma Stone (Gwen Stacy), Rhys Ifans (Curt Connors), Sally Field (Tia May), Martin Sheen (Tio Ben), Denis Leary (George Stacy), Campbell Scott (pai de Peter), Julianne Nicholson (mãe de Peter), Irrfan Khan (o vilão Van Atten), entre outros.
O longa, dirigido em 3-D por Marc Webb, estreia em 3 de julho de 2012.
O que esperar: Já estava tudo pronto para começar as filmagens do Homem-Aranha 4 com direção de Sam Raimi e elenco dos filmes anteriores. Sam Raimi já havia notado a besteira que havia feito no 3º filme da série e pretendia se redimir. Por isso havia pedido liberdade artística total ao estúdio. Mas alguns desentendimentos com Sony em relação a qual vilão a ser escolhido, para Raimi o vilão seria o abutre já para Sony o vilão não tinha apelo junto ao publico. Com orçamento para lá de inflado, para manter todo elenco original, o diretor e elenco pularam fora. Daí então surgiu a idéia reboot na série com novo estilo, novo diretor, novo elenco e menos custos. Tudo mundo ficou com pé atrás, pois estúdio parecia querer o controle total (o que sempre é mau sinal), a idéia de se inspirar na fase Ultimate do personagem parecia uma tentativa de emular sucessos teens como a série malfada: Crépusculo.
As coisas começaram melhorar com escolha do diretor Marc Webb que vinha de um dos filmes mais sensíveis, inteligentes e pop da ultima década “500 dias com ela”. Logo veio a escolha do elenco com linda e talentosa Emma Stone como Gwen Stacy (o filme não vai ter a Mary Jane?) e para papel do aracnídeo veio uma excelente e surpreende escolha do talentoso e carismático Andrew Garfield que havia vindo uma série de grandes atuações. O vilão foi escolhido: “O largato” que é bom vilão para se ver no cinema.
Em minha opinião o filme pode criar um clima mais humano à história do aracnídeo, imagina o Homem-Aranha com tom pop e sensível no estilo 500 dias com ela. Em fim pode dar muito certo! Os únicos reveses são até onde vai à liberdade artística do diretor Marc Webb (é segundo filme dele) e por que recontar a origem do Homem-Aranha de novo no cinema.
Primeira Impressão: O trailer tem clima muito bem instalado, muito mais sombrio e opressor do que esperava, focando os conflitos internos do personagem em relação aos seus pais e seu isolamento diante os colegas. As cenas de descoberta demonstram mesmo em flashs que Garfield conseguiu uma grande atuação. Para mim o filme pode ir muito além do que os filmes primeira trilogia. Afinal Marc Webb é melhor escolha para essa evolução natural do personagem. Saí o cinema de diversão flertando com trash do Sam Raimi e entra o cinema de personagens, conflitos internos e verniz pop do diretor Marc Webb. Mas isso tudo é só especulação pode sair também um merda! Só no lançamento para se ter certeza.
No próximo post o 3 filmes quadrinhos mas aguardados.
95% por cento de rejeição. Isso mesmo na sala de cinema onde assiste ao aclamado filme do genial Terrence Mallick o publico saiu puto da vida. Tá certo que eles não estão acostumados com ritmo contemplativo e hippie do maluco do Mallick e que publico de hoje em dia é extremamente imediatista e preguiçoso tudo que quer desligar o cérebro e comer pipoca. Mas não tem como dar um pouco de razão ao povão, afinal senão basta-se toda pretensão do cineasta em fazer um filme sobre os mistérios do universo e ritmo contemplativo o filme é demasiadamente visual, a edição proposta por Mallick não se importa com cronologia, linearidade ou ambiente dos personagens se encontram, ou mesmo com a realidade e os sonhos.
No fim das contas Mallick para quem não conhece se despontou nos anos 70 como um dos maiores gênios do cinema moderno com filmes: Cinzas do Paraiso e Terra de Ninguém. Nesses filmes, apesar do clima de celebração com a natureza como de costume na obra do diretor, eram cronologicamente bem comportados e lineares. O resultado são duas obras geniais com beleza única que se apoiava em atuações, situações e imagens naturalistas.
Só quase 20 anos depois o cineasta voltou à ativa, com que para mim é seu melhor filme, Além da linha vermelha um filme de guerra que questiona de forma sublime a loucura da terra e do papel do homem em relação com a natureza e seu meio. O filme tinha um elenco gigantesco e era narrado por vários personagens ao mesmo tempo, e bem diferente do irmão cinematográfico lançado no mesmo ano Resgate do Soldado Ryan do Steven Spielberg, o clima era naturalista e contemplativo (sem deixar de ser realismo de fora).
Cinco anos mais tarde veio Novo Mundo uma versão naturalista e sensível do conto da Pocahontas. O filme apesar dos cenários e imagens belíssimas, atuações perfeitas o filme se perde na edição (bem próxima do derradeiro Arvore da Vida) o problema é que nesse Mallick não respeita nem os diálogos ou cenas ação. Fazendo cortes brutos no meio diálogos e cenas importantes, apesar de ser de proposito não há como não se pergunta se aquele corte foi um erro besta edição. Então veio Arvore da vida filme que ele levou 5 anos para finalizar, foi aclamado no festival de Cannes onde levou o premio de melhor filme do festival.
Sobre arvore da vida o filme tem atuações impecáveis e talvez as imagens mais belas que já vi no cinema. No começo a edição não linear confunde um pouco telespectador. Mas não demora o cineasta entender que uma narrativa linear seria melhor forma de contar a história (mas sem abandonar os cortes de edição brutos). Daí então começamos do começo, bem, bem do começo, no surgimento do universo, formação das galáxias, terra formação do planeta, os primeiros organismos vivos, dinossauros (sequencia dos dinossauros é genial, apesar de todas expectativas não tem cara de documentário sobre pré-história, a cena questiona o comportamento animal de forma inteligentíssima. Sensacional!). Essa sequencia inteira é assombrosa.
Daí então partimos para cenas do crescimento do personagem principal desde bebê até adolescência, quase sem diálogos, é tão bela e natural que não há como não emocionar ou abrir um sorriso de orelha a orelha (pude ouvir risadas e sorrisos no cinema nessa parte). Então filme estaciona na adolescência dos personagens onde vemos Brad Bitt com um pai autoritário, mas ainda sim amoroso. Uma mãe cumplice e carinhosa de seus filhos. E por fim os adolescentes descobrindo o melhor e pior da vida. Até voltarmos um final filosófico e abstrato cheio de simbolismo e aí que filme perde força. Pois com corte mais enxuto filme poderia ser perfeito. Pois nesse ponto muitas cenas não tem sentido, como se diretor tivesse com dó de desperdiçar aqueles frames filmados, que são realmente belos mas totalmente dispensável para narrativa (vide “mascara de carnaval” afundando no mar?). Com edição menos bruta e menos apaixonada pelas imagens (sim pelos personagens) principalmente no terço final do filme poderia resultar na perfeição absoluta do cinema.
Só para constar os diálogos e narrativas (na maioria das vezes sussurradas pelos personagens) são belíssimos e muito bem colocados: ora questionando a natureza do ser humano, questionando a vida, o sentido de tudo isso, pregando o amor, questionando ou abraçando Deus, contemplando a natureza, expressando ódio dos seus personagens. (Vide, dialogo sobre a perda do filho casal. Onde uma personagem amiga do casal fala: “Ele agora está na mão de Deus!” e mãe responde: “Mas ele não esteve sempre nas mães dele!”). Espetacular! Mas ainda sim espero para Mallick encontre uma nova forma de edição que não fique a frente ou chame tanta atenção em relação a sua obra que é por si só genial!
Elenco:
Joel Courtney, Elle Fanning, Kyle Chandler, Riley Griffiths, Ryan Lee, Joel McKinnon Miller, Noah Emmerich, Glynn Turman, David Gallagher, Ron Eldard
Resenha
Super 8 é melhor aventura da temporada e ponto final. Dirigido pelo cara por trás dos melhores projetos de aventura e ficção dos últimos anos no cinema e tv: J. J. Abrams; E produzido pelo consagrado mestre do cinema pipoca Steven Spielberg. Super 8 é uma aventura nostálgica que remete aos bons tempos do cinema de aventura onde o desenvolvimento dos personagens, na sua maioria adolescentes passando por conflitos e transformações, vinham à frente dos efeitos especiais e explosões. E com essa idéia o filme se torna uma aventura sensível e inteligente como clássicos dos produzidos pelo próprio Spielberg, no final da década de 70 e começo de 80, e outras aventuras clássicas da “sessão da tarde” (Conta Comigo, Garotos Perdidos e etc).
O publico atual pode ficar desapontado uma vez que estão acostumados com ritmo frenético, com o fiapo de história e com os personagens rasos que só existem como desculpa para se ver robôs gigantes na tela se destruindo.
A trama do filme se passa em 1979 em uma cidade industrial de Ohio e acompanha um grupo de seis garotos na faixa dos 14 anos que estão tentando fazer um filme de zumbi com uma câmera Super-8. Eles saem à noite para filmar, e acabam registrando a colisão de um caminhão com um trem de carga - de onde sai algo que definitivamente não é humano. Não tarda para que eles comecem a desconfiar que aqui não fosse um acidente, quando misteriosos desaparecimentos começam a acontecer e o exército tenta encobrir a verdade - algo muito mais terrível do que eles poderiam imaginar.
No começo o filme se apoia nos relacionamento dos seus personagens: demonstrando os laços de amizade e paixão pelo cinema amador (Cinema Trash) que move os garotos da pequena cidade de Ohio, nesse ponto filme parece uma mistura de Conta Comigo com Rebobine, por Favor. O relacionamento de amizade entre os jovens é espontâneo e verdadeiro bem diferente do que estamos acostamos a ver no filão do cinema pipoca ultimamente (mérito do excelente e “super carismático” elenco mirim).
Na cena do acidente de trem temos o primeiro contato com cinema pipoca realmente explosões e efeitos especiais espetaculares jogam pedaços de trem e fogo por toda parte. Daí então filme se divide entre as relações e conflitos dos seus personagens e o clima de mistério começa tomar conta aos poucos. O ataque da criatura remete a outros clássicos do gênero do suspense como Tubarão e Sinais com clima intrigante e sem revelar a criatura. Perto do final as cenas de ação e aventura começam tomar conta do filme. Todas as cenas são muito bem construídas e empolgantes, sempre deixando espaço para desenvolvimento dos personagens e tiradas cômicas na hora certa. O final emocionante pode não funcionar espetacularmente, mas ainda sim consegue ser muito satisfatório.
Mas o fato é que Super 8 é nostálgico na medida certa, tem um enorme paixão pelo cinema e como é de esperar do J. J. Abrams tem muita aventura, mistério e suspense. Filmaço! Tem o melhor do Spieberg (um clima a lá Contatos Emediatos de terceiro Grau, E.T., Gonnies) com pé no suspense J. J. Abrams (Cloverfield, Star Trek e Lost).
Obs: Nos créditos tem o filme produzido pelos garotos do filme. O que é um extra muito divertido e que demonstra toda afeição do diretor pela arte que representa.
