segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Resenha: Attack the Block


Nota: 8
 
É impressionante como o filmes mais divertidos do ano na maioria das vezes aparecem do nada. Por mais super produções que sejam lançadas todos os anos, já trazendo um alarde só pelo nome ou pelos efeitos especiais (vide: Transformers, Cowboys e Aliens, etc), o posto de filme mais divertido do ano quase sempre acaba com produções menos  badaladas (pelo menos pelos não nerds) exemplo ano passado: Kick Ass e Zumbilândia. Esse ano o posto de filme mais divertido do ano muito dificilmente sairá das mãos de um legitimo filme B que mostra alienígenas em combate com trombadinhas do subúrbio de Londres no caso: Attack the block.
O filme dirigido e escrito pelo estreante na cadeira de diretor Joe Cornish responsável pelo roteiro do divertido Chumbo Grosso dirigido por Edgar Wright e pelo roteiro do vindouro As aventuras de Tintin que será dirigido por Steven Spielberg. A produção conta história de um grupo de jovens rebeldes e pobres de uma pequena gangue que vivem procurando confusão, um exemplo disso é que na primeira aparição do grupo eles assaltam uma mulher indefesa. Logo em seguida vem primeiro confronto com seres de outro planeta, afinal não há tempo para firula o filme é pequeno tem mais ou menos 1 hora e 24 minutos. Os jovens demonstram uma inocência digna de jovens em pré-adolescência e não demonstram espanto nem medo em relação aos seres alienígenas e os enfrentam como forma de provar que são donos do pedaço. Daí para frente o filme se divide entre muita correria, diversão, sangue (como nos melhores filmes B), criaturas (com designer simples, monstros peludos com presas florescentes, e muitas vezes no escuro, mas nada que comprometa o espetáculo), diálogos de cultura pop (sobre vídeo games, etc) e cheios de gírias (palavrões) que ajudam situar o filme nos dias atuais e no subúrbio londrino.
O filme parece muito com Super 8 (que é sensacional!) só que em vez de homenagear ao pé da letra o filme atualiza os filmes de aventura adolescentes em contato com desconhecido. Nesse ponto o filme lembra muito Gonnies, Garotos perdidos e companhia. Sobre ótica de filme que mistura gêneros no caso filme de gueto, gangue, droga e violência com sci-fi, quase um Cidade de Deus londrino com Alien, o filme a se aproxima da mistura louca a lá Drink no inferno do diretor Robert Rodrigues e escrito por Tarantino (no caso do filme de Rodrigues filme gangster e sequestro com vampiro). Outro ponto que aproxima esses dois filmes é produção pequena que deixa um gosto de filme B com sangue e ação muito bem orquestrada. 
Nesse caso de filme B me obriga até fazer lista de alguns exemplares muito divertidos (no próximo post).
Em fim o filme é divertido para c......! Se quer uma mistura boa de verdade prefira galera do gueto contra Aliens invés de Cowboy vs Aliens! Só para constar tem participação do ator Nick Frost (Paul, Quase todo mundo Morto, Chumbo Grosso) como maconheiro muito engraçada.



Por: Douglas Ribeiro

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