sábado, 1 de outubro de 2011

Resenha: Contra o tempo


Nota: 8
 
Dirigido por Duncan Jones. Com: Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga, Jeffrey Wright, Russell Peters, Michael Arden, Cas Anvar e a voz de Scott Bakula.

Contra o tempo é segundo filme do diretor Duncan Jones, conhecido também por ser filho de David Bowie, mas não se engane ele tem talento próprio. O que ficou evidente no espetacular Lunar nesse primeiro filme ele criou um suspense de ficção cientifica de baixo orçamento utilizando poucos ambientes e epenas um ator Sam Rockwell (Confissões de uma mente perigosa, Homem de ferro 2), que da um show de intepretação. O filme era sobre isolamento, loucura, ganancia e tecnologia. E como todo bom filme de ficção tinha uma trama intricada e cheia de surpresas. O clima era mais arrastado e lento algo meio como a segunda metade do 2001- uma odisseia no espaço do Kubrick. Se não viu esta esperando o que?

Mas voltando ao segundo filme do diretor que estreia agora: Contra o tempo é filme de ficção cientifica com uma trama inteligente e complexa que envolve um jovem soldado interpretado por Jake Gyllehaal (Donnie Darko, O príncipe da Percia) que acorda em um corpo estranho,  que não é seu, em um trem em movimento que está preste a explodir. Usando um recurso narrativo como os utilizados nos filmes Feitiço do Tempo e Corra Lola Corra o filme mostra o personagem tendo que permanecer vivendo os mesmos 8 minutos que antecedem a explosão na esperança de impedir o acontecimento durante quase toda projeção. Exceto nos momentos após a explosão em que o personagem acorda num futuro onde está preso e monitorado por um militares e cientista que tentam lhe auxiliar na missão de encontrar o culpado pela bomba, pois este voltaria atacar novamente.
Falar mais é estragar um pouco da surpresa, mas basta dizer que filme tem uma trama inteligentíssima o que é raro para cinema pipoca de ultimamente, em uma comparação grosseira ele estaria para 2011 como A Origem para 2010. No filme à medida que se vai explicando o que de fato é o código fonte do titulo e os seus mistérios o filme vai ficando cada vez mais complexo e ligado a gênero de si-fi. Se em outra resenha ou sinopse leu o que é código fonte não tem problema tem muito mais coisa a vir, mas senão sabe o filme fica ainda mais interessante a experiência.
 
O ponto forte do filme é de fato o roteiro que vai mudando pequenos detalhes e com eles mudando completamente as situações. Além do fato do roteiro conseguir explorar muito bem os sentimentos dos personagens, temas filosóficos, questões éticas, viagens no tempo e o clima de correria e a ação dentro desse ambiente e tempo limitado de ação (vide: dentro do trem e em seus arredores no tempo que antecede a explosão) etc. O final grandioso e emocional se encaixa como uma cereja em cima do bolo depois muita correria (correria: leia se muito suspense e ação) e informações de todos os lados em velocidade alucinante. 

O que fica provado no final do filme é que Duncan Jones é um diretor para se ficar de olho, nesse filme ele provou que com mais verba ele não estraga brincadeira só a torna mais cool. Ou seja apesar de todos os ótimos efeitos em computação do filme, ele se firma nas excelentes atuações, no roteiro eficiente e numa direção criativa e energética para conduzir a história. 

Sobre elenco não há que comentar Michele Monaghan (O casamento da minha melhor amiga) é sempre linda e carismática. Vera Formiga e Jeffrey Wright já mostraram que tem talento em diversas oportunidades. E Jake Gyllenhaal prova mais uma vez que um ótimo e carismático ator, não há como não torcer por ele dentro dessa aspiral de agonia e desespero que passa seu personagem durante a projeção. Assista e comente aí em baixo!



Por: Douglas Ribeiro

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