sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Resenha: Motoqueiro Fantasma: O Espírito de Vingança

 Por: Douglas Ribeiro
Nota: 7
Existem duas formas de fazer uma leitura sobre o filme novo do personagem flamejante da Marvel. A primeira é aquela de critico chato, afinal o filme é uma grande baboseira.

A segunda é: O filme é uma bela e bem vinda besteira divertida. Claro que sem um pingo de roteiro, diálogos infames e emoções genéricas, mas absurdamente rock’n roll, divertido e insano. Os críticos que desceram a lenha no filme simplesmente não entendem nada sobre o personagem (dos quadrinhos) ou sobre o que é ir ao cinema pela diversão e só, sem se preocupar com mais nada. Afinal vindo dos irmãos Mark Neveldine e Brian Taylor ninguém em sã consciência esperava algo diferente de uma grande baboseira absurda e enlouquecida. Assim como em seus filmes anteriores os “sofisticadamente trash’s” Adrenalina 1 e 2 e a ficção cientifica obscena e explosiva Gamer o filme novo do personagem Marvel tem uma edição caótica, muitas explosões, insanidades, momentos de vergonha alheia e imaturidade como nunca visto em filme de super heróis. A história tenta seguir um padrão de clichê de filmes de quadrinho e de filmes sobre demônio (quase a mesma coisa do trash Fúria Sobre Rodas também com Nicolas Cage), mas mão pesada e fora de controle dos diretores cria um filme tão sem noção que nós faz pensar sobre o que realmente é bom ou ruim. O filme pega o espírito, sem trocadilho, do personagem cavernoso de uma forma nunca vista no cinema. O personagem se move e age como um demônio incontrolável dançando, rindo, falando frases de efeito como “Bicho morto na estrada” (ao matar um personagem), cuspindo fogo, girando no ar em uma das cenas mais “que merda essa?” do filme e claro mijando fogo como se fosse um lança chamas. Nessa cena do xixi de fogo fica claro o espírito anárquico dos diretores, dar para imaginar os diretores falando: “Nicolas faz como se tivesse fazendo xixi e seu “peru” fosse um lança chamas, fazendo careta e barulho com a boca. Bem astro do rock!” e depois todos rindo: “Isso, mesmo espetacular! Kkkkkk!” 
 
Nicolas Cage vai do canastrão vergonhoso a momentos de loucura que parecem saídos de Vicio Frenético (outro momento que se nota que a mão dos diretores que devem ter dito: “A Nicolas faz o que quiser! Fica doido, se solta não importa se ficar sem sentido.”). Nesses momentos poucos e nos momentos onde surge de fato a figura do motoqueiro transformado o filme funciona da forma desejada “saindo do clichê proposto pelo roteiro” tudo é muito hardcore com guitarras explodindo no ultimo volume, as imagens e atitudes parecem realmente saídas de um filme de terror B no melhor estilo humor com comédia algo meio Uma noite alucinante (me lembrou os devaneios de Sam Raimi com Ash colocando uma serra elétrica no pulso) misturado com clipe de banda metal. 
O único pesar que fico olhando o filme por esse ótica é censura 12 anos. Afinal o estúdio não podia arriscar perder seu publico principal: os adolescentes, mas mesmo assim parece não ter dado tão certo uma vez que esse nicho de publico não parece ter gostado tanto da transgressão e desvirtuação de valores do longa, afinal esse publico parece hoje mais interessado em “vampiros com alma de fadas no estilos Crepúsculo” do que em um “demônio metaleiro surtado mijando fogo”. 
Moral da história, talvez sem intervenção do estúdio tivéssemos um filme melhor, mas não há como não se contentar com que foi entregue. Afinal como nos outros filmes dos diretores esse é um “ótimo péssimo filme”, “trash sofisticado”. Mas vamos falar a verdade o primeiro filme não tinha história nenhuma também, as atuações eram infames a diferença é que nesse o personagem é realmente um demônio (motoqueiro fantasma de verdade) e o filme é de fato rock n’ roll e sem noção. Logo temos um filme n vezes superiores o primeiro, mas inferior do que personagem pode render.

Mas vale torcer por uma versão do diretor censura 18 anos com prostitutas flamejantes e monjes de 3 cabeça como queriam os diretores, se é que eles chegaram a filmar tais tipo coisa. Ou pelo menos torcer pela adaptação do clássico dos games do super nintendo Twister Metal que os diretores vão dirigir em seguida, alguém imagina um diretor melhor para adaptar esse loucura? Não, né mas que seja censura 18 e que os diretores não estejam atados pelo estúdio. Por que pode ser a primeira adaptação de gamer a dar certo, afinal ninguém faz vídeo cinema com estética e espírito de game como os irmãos Mark Neveldine e Brian Taylor.

Obs: Talvez antes eles façam Adrenalina 3 (é sério) segundo eles agora caçando Bin Laden (não é brincadeira).

Trailer:

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